A diferença de preço entre uma TV HD (720p) e uma 3D Full HD, no Brasil, é de R$ 1.641 – ou 96% a mais. O dado, divulgado hoje pelo instituto GFK na não-prévia da PhotoImage Brazil 2011, mostra que quem quer ter o topo da tecnologia em TV ainda paga muito, muito caro.
Na prática, de acordo com o GFK, dá na mesma comprar uma TV LCD HD ou LCD Full HD no Brasil: a diferença do preço médio sugerido é de R$ 90 entre as duas tecnologias. Se quiser conectividade (no que o GFK chama de “smart”), adicione R$ 325. Se quiser Full HD, mais R$ 65. LED + Smart = R$ 325 e, finalmente, o salto para 3D adiciona R$ 840 à brincadeira – os números valem para telas de 40″ a 42″, e excluem TVs de Plasma (que é considerada “inexpressiva” aqui e no resto do mundo pela GFK).
De qualquer modo, mesmo com o alto preço ainda das TVs 3D e “smart”, essas são as categorias que mais crescem. O gráfico abaixo mostra bem isso, no período de janeiro a junho deste ano: apenas 30% das TVs tela plana são Full HD, apenas 33% são LED, 17% já estão conectadas e só 4% têm 3D.
Os dados do GFK também envolvem câmeras digitais e são, pra mim, surpreendentes: apenas 10% do total de imagens capturadas no mundo vem de câmeras digitais. Apenas 1% é capturado com filmadoras e o resto dos 89% vai para os celulares e smartphones (!).
No Brasil, o número é ainda menor: 8,7% com câmeras digitais (janeiro a junho de 2011), 0,4% de filmadoras e 90,8% de celulares. De qualquer modo, o mercado brasileiro de câmeras vendidas no período no país é de 24,6 milhões de unidades, mas é o dado oficial de câmeras com nota fiscal. O resto, que inclui mercado cinza e câmeras que chegam no bolso do casaco no vôo de Miami, pode até dobrar esse número.
O GFK falou também do mercado de PCs no Brasil. Vale registro que os notebooks já passaram a metade do total (51%, de janeiro a junho/2011) e se, somados com os netbooks (8,5%), chegam quase a 60% do mercado. O preço médio de um notebook caiu 54% desde 2007 (em torno de R$ 3.000 para uma média hoje de R$ 1.274).
A faixa amarela no gráfico abaixo representa os desktops all-in-one, com menos de 3% de mercado, e o GFK estima que este ano os tablets (que começaram a ser medidos no final do ano passado e não aparecem nos resultados ainda) devem ficar nessa mesma faixa (3%, algo em torno de 17 mil unidades vendidas por mês).
Outros números enormes do GFK:
- o preço médio de um player Blu-Ray é de R$ 523
- aparelhos de DVD devem morrer em breve, mas o que segura ainda é a diferença no preço da mídia (DVD custa R$ 19, Blu-Ray, R$ 52)
- Ainda se vende TV de tubo na América Latina (10% do faturamento dos fabricantes) e no Brasil (4% do faturamento)
- Nas câmeras digitais, são 38 marcas que vendem 430 modelos no Brasil. Mas (e mas mesmo) três marcas dominam 67% do mercado.
- E a região Nordeste do Brasil é onde se vendem mais câmeras digitais em todo o país (20% do total)
Por isso que preferi um bom camera-phone do que um ótimo smartphone – agora é hora de trocar o satio pelo N8 com Anna!
Agora, minha opinião sobre a extinção dos DVDs, só vai ocorrer qdo tiver mais midia pirata, pois enquanto tiver apenas DVD piratas vendendo, o povo não vai querer mudar… ¬¬'
E basta esperar que os BD Players vão baratear, os dvds já custaram >1.000!!!
O problema das TVs 3D é o conteúdo. Se nem o simples sinal digital, com todas as suas possibilidades (grade de programação, interatividade, etc) emplacou de vez, o que falar do conteúdo 3D? Um ou outro filme, que nem no cinema vale a pena ser visto. Sem contar os inúmeros pontos negativos da tecnologia 3D, ressaltados no comercial da "nova" geração 3D da LG… A parada vai funcionar um dia, porque estão nos empurrando goela abaixo as TVs, mas eu ainda acho que vai demorar. Infelizmente 🙁
Eu já ouvi um argumento muito interessante de porque a indústria do cinema pode abraçar o 3D independente do conteúdo do filme.
Com essa tecnologia eles acabam com o Cam-RIP, aqueles caras que vão pra sala de cinema com uma camcorder, filmam tudo que vêem na tela e depois espalham pelas redes de torrent.
🙂
É verdade, já tinha até pensado nesse sentido. Cada vez mais vezes os grandes blockbusters entram numa de só enviar cópias 3D pros cinemas 🙁 Ingresso mais caro, e menos conforto (aqueles óculos, aff!) pra assistir um filme que nem utiliza todas as oportunidades que esta tecnologia oferece.