A viagem na gravidade zero

Em breves 12 minutos, o vídeo acima é o meu “resumo oficial” de um vôo de mais ou menos 1h30 sob o céu de Las Vegas feito no sábado (13). Antes de embarcar, me avisaram: você vai se divertir pra burro ou passar muito mal – e, óbvio, a segunda opção despencou (ou flutuou?) sobre a minha cabeça.

Sim, a câmera balança, não tem estabilização de imagem e em certos momentos eu soltei a filmadora pra girar aleatoriamente. Tudo pra mostrar que a coisa enjoa pra valer (e que, sei lá por qual motivo, fiquei com a boca torta no final).

Nagano dor-de-cotovela: Ok, estamos quites de novo: você ficou verde de enjôo e eu fiquei verde de inveja. E eu que achava que evento de segurança fosse algo monótono.

O avião da Zero-G (um Boeing 727 adaptado) tem apenas 35 assentos para o vôo. Usado em treinamentos de astronautas da NASA, é o único vôo oficial (pelo menos nos EUA) que faz esse tipo de manobra. Para conseguir a simulação da falta de gravidade, o avião faz parábolas no ar – e a física faz o resto. Dependendo do ângulo da parábola, uma gravidade distinta. A primeira foi marciana (1/3 do peso da Terra), as duas seguintes lunares (1/6 do peso na Terra) e as demais 12 em gravidade zero.

É divertido? Pra burro. Ainda bem que eu comi muito pouco naquele dia – fiquei enjoado da metade pro fim do vôo, com as mãos formigando e uma ânsia enorme de vômito (não é à toa que o apelido da brincadeira é “cometa vômito”). Entre outros ‘feridos’ (um italiano vomitou, um americano quebrou a haste dos óculos, eu tomei um chute nas partes baixas…), sobrevivi. Faria de novo? Sim, com certeza…

Uma outra versão paralela do meu vídeo acima foi feita pelo blogueiro norte-americano Chris Pirillo – ele simplesmente não desligou a câmera a partir do primeiro momento de zero-g (e, sim, lá pros 11 minutos eu apareço com uma cara nada amigável…):

Zumo viajou a Las Vegas (e no cometa-vômito) a convite da Symantec.