A plataforma Fusion, depois de anos em desenvolvimento, vai chegar ao mercado, inclusive ao Brasil, nos primeiros meses de 2011. E Fusion foi o tema de uma longa conversa que este Zumo teve com Roberto Brandão e Greg Poole, chefões de engenharia da AMD no Brasil e nas Américas.
Depois que comprou a ATI, das placas Radeon, a AMD conseguiu acesso a várias tecnologias e engenheiros que possibilitaram a criação de um processador que reúne GPU e CPU em um novo componente, a APU.
Não o Apu, personagem dos Simpsons, mas sim Accelerated Proccessing Unit, ou unidade acelerada de processamento. Trocando em miúdos, não importa o tipo de trabalho que você joga para a APU, ela mastiga os números usando os núcleos que mais se adaptarem à tarefa, sejam games, planilhas ou vídeos de alta definição. E tudo vai acontecer sem que o usuário precise pensar em como isso acontece.
Basicamente, a AMD vai começar a bombardear a concorrência nos netbooks. A ideia é oferecer, a preços muito agressivos, performance de notebooks parrudos em netbooks. E em tablets. Notebooks com poder de desktops custando pouco. Por conta disso, uma frase que foi dita ficou marcada: “É melhor esperar uns 6 meses para comprar notebook, porque vai tudo mudar.” Na CES 2011 serão mostrados os primeiros produtos comerciais com Fusion, e logo em seguida, entre março e abril, eles chegam ao consumidor.
Pelo que Brandão e Poole contaram, em uma plaquinha praticamente do tamanho de um disquetinho ancião, vai ser só espetar um pente de memória de notebook, as interfaces e pronto, PC completo e capaz. E que consome pouca energia.
É bom lembrar que a Intel fez uma promessa parecida nos primeiros dias do projeto do Larrabee. E no final, a única coisa que veio foi a GPU, simples de tudo, feita em uma camada do processador. Nada de aceleração em computação geral, só gráficos mais baratos meio que “colados” à CPU, sem dividir tarefas computacionais, só fazendo o que o chipset já fazia.
O que a AMD propõe é uma mudança no paradigma do PC. Com menor consumo de energia, menos uso de matéria prima e mais flexibilidade de uso. E como a AMD faz isso? Ficando na dela, gastando mais em pesquisa do que em marketing. É uma estratégia boa, mas por causa disso, o povão não conhece a AMD. E é aí que a Intel, em um campo de batalha igual, leva vantagem. Mas em um cenário em que tudo muda, não há campanha publicitária que faça o consumidor pagar mais caro para levar menos.
Se realmente vier do jeito que eles prometeram, teremos a primeira grande virada tecnológica nos PCs do século. Até agora, tudo o que vemos de processadores e PCs é derivado da tecnologia desenvolvida na segunda metade do século 20.
Parece exagero? Até pouco tempo atrás, a noção de um escritório sem máquina de escrever era inconcebível. O simples fato de que andamos quase todos com um telefone, que pode também ser um PC compacto, no bolso era maluquice há 30 anos. Os aparelhos de Bip eram a febre no começo dos anos 1990, e de uma hora para outra viraram peças de museu. Essas coisas acontecem…
Se o Fusion for tudo isso mesmo, vai virar o jogo de uma forma que pode afetar o cenário mundial de tecnologia de maneira irreversível. A Intel, que surfou praticamente sozinha na onda dos netbooks, pode ver esse cenário mudar uma hora para outra.
Se entregar o que promete, a AMD pode dominar o cenário dos tablets também, dando munição para que Dell, HP, Lenovo e outras empresas gigantes possam fazer com que os tablets se popularizem. A Apple provou que o consumidor quer o aparelho. Só falta o mundo PC entregar uma versão mais barata, mais flexível e poderosa que enfrente o hype retroalimentado da Apple.
Vamos esperar para ver. Especialmente porque a Intel não vai deixar um avanço desses sair barato. E essa é a beleza da competição: é dela que as maiores inovações surgem.
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AMD… To contigo!!!!!
Kra, q post animador, espero que se concretize. Afinal, quem nao quer um tablet barato e tao funcional quanto o "Ipad"?
Parabens pelo blog, acompanho vcs sempre!
Hahahaha, verdade! Que post animador rapaz! Faz tempo que não vejo uma ação de "Espere, não compre agora…" que valesse a pena… Vou botar fé, até porque não iria comprar notebooks agora mesmo 😛 Que venha a "revolução"!
O Larrabee era bem diferente do Fusion. Praticamente o caminho inverso do que a AMD fez com a ATI.
Ao invés de integrar um núcleo de vídeo na CPU, o Larrabee usava um (monte de, na verdade) núcleo x86 pra processar APIs gráficas.
Os vídeos integrados da Intel (incluindo os do Core i, que são bem melhores que os GMA antigos) ainda são baseados no conceito tradicional de "chips de vídeo" (derivados do trabalho da Real 3D/Lockheed Martin, que apareceram inclusive nos primeiros fliperamas com gráficos poligonais da Sega na década de 1990).
E no fundo, Fusion é uma marca/nome, igual o Centrino.
O "produto" mesmo vai ser a arquitetura Bobcat, que não deve tomar conhecimento dos Atoms, mas vai precisar enfrentar as CPUs ULV da Intel…
Talvez mais interessante (especialmente para quem lê o [re]monte) seja a arquitetura nova para desktops, que deve sair daqui um ano.
O calcanhar de aquiles é o consumo de energia. Intel, pelo menos nos net e notebooks levou vantagem até agora neste quesito, que é essencial para quem procura estes aparelhos. Se consumir pouco e gerar muito processamento (gráfico também), u-lá-lá. Vamos esperar.
Bom, eu me recuso a pagar por um Atom (principalmente os mil e tantos reais que se praticam por aqui). O negócio é lento demais!! E muito simples! Antes dele ser lançado pela Intel eu fiquei super animado com as boas consequencias que seriam bem vindas, assim como estou agora com a plataforma Fusion da AMD. Agora só me resta essa duvida; sem misturar as maças com as laranjas, o que vai acontecer com a eficiencia e principalmente os preços dessa nova geração de netbooks de verdade.
Zumo é profecia, espero que ser se realize tudo, oh oráculo.
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E eu que tava quase comprando um CORE I5!!! Vou esperar pra ver isso aí…
Se a AMD resolver a questão de superaquecimento que assolou os notebooks com Turion 64 X2 e ainda é presente nos Athlons e Turions II acredito que deslancha.
Isso eh verdade, escrevo de um Turion II e da pra fritar um ovo embaixo dele. (Imagina quando estou jogando "Dragon Age", entao!)
Seu note eh "HP", Joao? Pois todo mundo q conheco e tem HP + Turion II, sofre do mesmo probleminha com superaquecimento da CPU.
Eu tive um notebook HP tx…com turion 64 X2…esquentava demaaaaais…
Deu ate problema, por conta disso.
Estava pensando em comprar um netbook da asus com intel n330 dual core, 1 mb d cache…placa d 256 dedicada…
agora fiquei na duvida…
Ia comprar um netbook para ler o zumo antes de dormir.
MAs depois dessa, vou esperar o tablet da HP com webos e Fusion!
Se usar WebOS provavelmente vai ter OMAP da TI, ou algum outro SOC ARM.
Rapaz… animador este post!
Ainda mais pelo lado de "preços agressivos" Hj ter o Top de linha é gastar… será que muda?
Muda nao, cara, eh assim q os fabricantes lucram, quem quiser ter o top vai ter sempre q pagar e muito.
pois é eu prometi pra mim mesmo que só compraria um notebook quando ele fosse equivalente ao poder de um pc e fosse o mesmo preço se isso ai acontecer vai ser a primeira vez que terei um notebook, mas conhecendo esse nosso país como eu conheço mesmo sendo barato aqui vai sobretaxado um 200% e eu não preciso de nem perguntar se alguém quer pagar pra ver é só vcs terem como exemplo as tvs de lcd de 42 polegadas full hd que a muitos anos não é nenhuma novidade e ja esta até ultrapassada em alguns países mas aqui ainda um tv de lcd de 32 pol por mais simples que seja ainda é novidade na casa de muitos eu mesmo não tenho lcd sómente por causa do preço que considero abusivo levando em conta que certas tecnologias ja tem anos de uso
Estenio: Já mudou bastante, acredite. O windows 7 ficou muito bom e você encontra sim notebook que tem desempenho equivalente a desktops normais. Mas é lógico que você deve esperar o fusion. =) Um abraço, Luciano.
Go AMD!!!
Quero ver o circo pegar fogo.!!!
Eu estava pesquisando preços de notebooks quando achei essa matéria. Acho bom não demorarem muito para lançarem esses processadores, porque estou doido para descobrir se eles realmente são tudo isso que a AMD promete.
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