A AMD, conforme adiantou este Zumo, anunciou ontem à noite o lançamento de sua linha de chips Phenom com três cores. Depois da disputa pelo maior clock do processador, que tomou conta do mercado de chips nos anos 90 e até recentemente, agora é a vez de quem coloca mais núcleos em um chip, aumentando o poder de processamento.
Conversei alguns minutos atrás com Roberto Brandão, gerente de tecnologia da AMD Brasil, para entender exatamente as razões de investir em um chip de três cores, em um mercado acostumado a múltiplos de dois.
Curiosamente, a notícia chega na mesma semana do Intel Developer Forum, foco dos principais anúncios da fabricante de Santa Clara para o próximo ano. Leia a seguir um resumo da conversa.
Zumo: Qual a mudança na AMD para chegar a três cores?
Roberto Brandão: Matematicamente falando, três é mais que dois. No nosso roadmap antigo, estavam apenas os chips Phenom com dois ou quatro cores, até então denominados Phenom X2 ou X4. A primeira mudança é que não vai ter mais o “X” no nome, e muda toda a nomenclatura da linha de processadores. A linha Sempron fica com chips single core, a linha Athlon, com single e dual core. Já o Phenom terá três ou quatro cores, com nomes que começam com 7000 (três núcleos) e 8000 e 9000 (quatro núcleos). Por consequência, a linha Athlon terá números a partir de 6000.
Usar três núcleos não soa estranho em um mercado acostumado com múltiplos de dois?
Não são múltiplos, mas potências de dois também. Quero deixar claro que o nosso triple core não vai ser um chip quad-core “quebrado”. Seu processo de fabricação terá wafers específicos para triple core, e o desempenho para o usuário final será 50% maior que um chip dual core, mas com um preço inferior ao quad-core.
Será um produto de desktop apenas? Ou segue para servidores e notebooks também?
Inicialmente, apenas desktops terão chips triple-core. O processo de fabricação será ainda em 65 nanômetros, na fábrica de Dresden, na Alemanha. Devemos migrar para 45 nanômetros na metade de 2008, quando o processo estiver maduro para a AMD.
Quem é o público-alvo do Phenom triple-core?
A idéia é atingir um público high-end que precisa de performance, mas quer um preço intermediário entre o dual e o quad-core. Os preços não estão definidos ainda, mas o lançamento está programado para o primeiro trimestre de 2008. Creio que vamos conseguir brigar com chips dual-core na questão do preço.
Qual a evolução de um chip de três núcleos? Seis?
Já se pensa, dentro da AMD, em chips de seis núcleos (hexa-core). Mas um de cinco cores fica difícil, teria que unir dois chips, um dual-core e outro triple-core, seria complicado
Rigues diz: processadores de três núcleos (ou qualquer outro número ímpar diferente de um) são uma raridade no mercado. De cabeça, o único caso de que consigo me lembrar é o Xenon, do XBox 360 (nome similar, hmmm), produzido pela IBM, que tem três núcleos PowerPC no mesmo chip.
A dúvida é: A AMD vai habilitar SMP nestes chips pra deixar o povo fazer uma máquina “six core” usando dois processadores? Ou isso vai ser recurso exclusivo dos quad-core topo de linha?
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[…] que muitos diziam ser um processador quad-core com um núcleo desativado, informação esta inicialmente negada pelo fabricante, mas que com o passar do tempo ela mudou seu discurso afirmando que este (e outros modelos) […]