Semana retrasada tive um problemão: ao participar do Autodesk University 2015, minha câmera comeu meu cartão de memória. Por conta da minha mania errada de trocar de cartão entre câmeras, o SD de 16 GB simplesmente ficou vazio. Para o resgate, o incrível CardRescue.
O aplicativo pago (US$ 39,95; a versão para Windows se chama CardRecovery) faz exatamente o que promete: recupera fotos, vídeos e áudios de um cartão SD corrompido. O download é gratuito para verificação de arquivos, mas o CardRescue somente recupera dados na versão paga.
Usei a versão para Mac. Em pouco mais de 50 minutos (em um Macbook Pro 2015 com leitor SD integrado) o utilitário varreu mais de 5.500 itens no cartão – que aparentemente estava vazio. A formatação pela câmera apagou todos os metadados, por isso parece que não tem nada ali.
Durante a varredura, o app ainda indica qual câmera tirou a foto (a anta aqui usou o mesmo cartão Toshiba FlashAir de 16GB em umas três câmeras distintas, por isso deu problema):
Após a varredura, o CardRescue pergunta onde você quer salvar as imagens. Salvei numa pasta no meu desktop, com 5.514 fotos recuperadas (e umas duas corrompidas pra valer: nada importante). Como os arquivos perderam os metadados, foram todos salvos com a data da recuperação.
O CardRescue também funciona para vídeos gravados e, se for o caso, arquivos de áudio também. No caso dos vídeos, vale observar que os arquivos com extensão .MTS funcionaram direitinho. Os com extensão .MOV foram corrompidos de algum modo.
[CardRescue para Mac / CardRecovery para Windows]Moral da história: ao trocar de câmera digital, não use um cartão SD antigo – economiza quase R$ 160 em um app (que pelo menos fez o que prometeu).
Moral da história 2: se você quer formatar seu cartão SD com estilo, a SD Association, responsável pelo padrão dos cartões SD, tem seus utilitários oficiais também.
Moral da história 3: usei – e paguei – por essa opção porque ela indicou que poderia recuperar minhas imagens – e o recuperou, o que era minha prioridade. Existem, porém, outras opções no mercado, incluindo freeware.
Nagano comenta: Esse “causo” do Henrique é a confirmação daquela velha história de que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta (ou fotos no mesmo SD). O problema é que a medida que a capacidade desses cartões de memória Flash aumenta geometricamente, a facilidade de tirar um zilhão de fotos sem ter que se preocupar em trocar o cartão é muito bacana — até que algo de ruim aconteça, é claro.
De minha parte, o que faço normalmente é investir em cartões de menor capacidade — digamos comprar dois de 16 GB ao invés de um de 32 GB — e vou alternando o seu uso, o que permite distribuir seus ovos em mais de uma cesta. Fora isso, sempre guardo os cartões avulsos (dentro das suas capinhas) em diversos lugares, como na mochila, na correia da câmera e até um na carteira, o que já salvou a minha pele muitas vezes que sai de casa/hotel para um evento e esqueci o cartão SD espetado no computador.
Me lembrou do TestDisk. Esse nunca me deixou na mão. Mas a interface é a lá DOS.
Já tive cartão perdido (memory stick) – usei um programa grátis alemão (com versão enUs)
Desde então, passei a baixar as fotos com cabo USB e nunca mais tirar o cartão da máquina.