A Joox, de Curitiba, adaptou um modelo de negócios já adotado no exterior para a realidade brasileira. A startup imprime cartões, mini-cartões e adesivos usando dados variáveis (leia-se suas fotos do Facebook ou do Flickr, por exemplo) e está cheia de novas ideias tecnológicas para incrementar seus serviços oferecidos.
Desde que o ZTOP era Zumo, no seu início lá em 2007 (completamos 5 anos no mês que vem, por sinal), eu mando fazer meus cartões de visita na Moo Cards (primeiro na Inglaterra, depois nos Estados Unidos) por dois simples motivos: preço (US$ 19,99 + entrega para 100 cartões) e qualidade do serviço.
Tente, como pessoa física, fazer uma centena de cartões em qualquer gráfica profissional sem deixar um bom dinheiro por lá. E gráficas rápidas, pela minha experiência, são mais baratas, mas também não oferecem o melhor serviço.
A Moo foi a pioneira em fazer os mini-cartões pela internet, e eu gosto desse formato. Dá uma ideia de “olha, eu tenho um cartão de visitas que gasta menos papel” e se destaca na mão de uma fonte ou potencial cliente. Fiz apenas uma vez com algumas imagens diferentes, depois migrei para o logo do site atrás e as informações na frente. Simples e básico, e na hora de encomendar de novo, a Moo grava seu pedido online.
O papel é bom, a impressão é boa e os cartões chegam em uma caixinha de papelão.
E o que a Joox faz? Exatamente a mesma coisa. Como disse no começo, copiar um modelo de negócios, nesse caso, não significa algo ruim: a cobrança é feita em reais, não existe IOF pela operação internacional no cartão de crédito, a entrega é feita por Sedex e o tempo de imprimir e chegar até suas mãos é relativamente menor que comprar nos Estados Unidos, esperar imprimir e chegar aqui (por ser material impresso, nunca tive problemas de alfândega ou impostos com a Moo, vale comentar). Cai de 1 mês e meio para menos de 15 dias. Isso que é acelerar o processo.
Para se diferenciar do Moo, a Joox planeja alguns serviços adicionais, como os “cloud cards”: a companhia vai inserir informações nas figuras dos cartões que, ao serem lidos por um aplicativo para Android e iOS, podem trazer informações adicionais, como abrir um site ou baixar o Vcard para o celular.
A questão da entrega também é pensada de forma “ecológica”: em Curitiba, é feita por portadores em bicicletas (e não pelos Correios) e por distribuição em espaços de coworking (tanto a bicicleta quanto o coworking virão para outras cidades também).
Em números, a Joox diz que teve investimentos de R$ 1,2 milhão e, em quatro meses no ar, teve 1,6 mil projetos entregues de cartões, mini-cartões e adesivos. A impressão é feita com uma máquina de grande porte da Xerox.
Joox na prática:
Mandei fazer 100 mini-cartões Joox em 30 de julho, pelo valor de R$ 29,90, e usei um cupom de desconto que a Joox me enviou – paguei somente o frete (uns R$ 14). O processamento e impressão foram rápidos, de acordo com as notificações do site, e a entrega demorou mais – pacote postado em Curitiba no dia 08 de agosto e entregue hoje, dia 13.
A primeira coisa que a Joox pode cortar é a caixa gigante de entrega, que tem outra caixinha dentro. Poderia vir apenas a caixinha dos cartões.
E dentro dela, a caixinha de plástico que contém os cartões.
Vale lembrar que, no começo, a Moo também enviava seus cartões em caixinhas plásticas similares. Provavelmente por uma questão de custos, trocou pelo papelão e hoje vende as embalagens plásticas à parte.
Abrindo a caixa e removendo o lacre de papel que envolve os cartões, você vê isso aqui: tudo organizado e em ordem. O papel é bom e bastante parecido com o usado pela Moo.
O cartão: a parte traseira, com o logo do ZTOP novo, ficou perfeita. Talvez a cor tenha saído um pouco mais escura do que eu imaginava, mas não tenho o que reclamar.
A parte da frente, porém, ficou bastante a desejar. Tem falhas de impressão, como se tivesse faltado tinta na hora de preparar o produto.
Vendo de perto, é isso mesmo: a impressão tem pontos falhos. A única parte boa é o meu nome, que estava em negrito.
Comparando com um Moo Card meu perdido da penúltima leva (2011). Infelizmente, a cor é diferente do texto, mas a fonte, pelo que me lembro, é a mesma Helvetica (só toda em CAPS LOCK).
No detalhe, dá para ver a retícula do fundo, mas a olho nu isso não é visível – a cor é uniforme e coesa.
Mas acredito que, no fim das contas, parte do problema do meu cartão Joox foi do layout que escolhi: fonte que não é o padrão da casa (mas isso não deveria ser uma questão, certo?) e a cor laranja. Olha só dois dos cartões de apresentação que vieram na caixa, perfeitos, com uma fonte distinta e com o texto em preto:
Prova dos 9? Vou mandar fazer mais um lote na Joox e um na Moo e comparar as duas – depois publico aqui quando tudo chegar (vai demorar, porque vou sair de férias logo mais…). A Joox parece bastante promissora – e indica que sabe fazer a coisa direito -, mas ainda tem que melhorar um tanto a qualidade final do produto impresso.
Vai lá: Joox