A Dell segue firme em sua iniciativa de vender desktops com Linux no exterior, que começou em maio deste ano. Ontem, a companhia informou que vai vender máquinas com Ubuntu 7.10 nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. O sistema foi refinado com alguns aplicativos a mais para simplificar a experiência do usuário.
Um deles é o software LinDVD, da Corel (ex-Intervideo), que permite rodar DVDs de filme (protegidos com CSS) no Linux. Esse software, diz a Dell, não virá com o disco do Ubuntu, por ser proprietário. As máquinas com Ubuntu vão rodar os efeitos 3D do Compiz Fusion, terão uma versão do Adobe Flash Player pré-instalada e virão com drivers OpenGL da nVidia (nas máquinas com placas nVidia, claro). Além da partição de recuperação de sistema no disco rígido, a Dell facilitou a criação de discos de recuperação de sistema, para dar mais uma opção de restauração do computador em caso de pane.
O mais interessante, por parte da Dell, foi se preocupar com o usuário e já deixar a máquina com todos seus recursos de hardware prontos para uso assim que tirar o computador da caixa – como webcams nos notebooks, as já citadas placas da nVidia e aceleradoras de vídeo da Intel, além de algumas impressoras da própria Dell. A fabricante diz querer que toda distribuição Linux (Ubuntu, Fedora, openSUSE e qualquer outra) funcione perfeitamente em seu hardware.
Seria muito interessante se a Dell ampliasse esse programa de instalação do Ubuntu para o Brasil. Quem iria ganhar? A maioria dos usuários que compram computadores populares e acabam migrando para instalações ilegais do Windows XP, pois se perdem em suas máquinas. O Brasil já está no radar da Canonical, falta entrar no da Dell também – pelo menos no Ubuntu.
Em tempo: falando em pinguim, a Dell brasileira passa a vender modelos da sua linha Inspiron nas lojas do Ponto Frio.
Rigues comenta: a estratégia da Dell, de entregar um Ubuntu totalmente configurado e pronto para uso contrasta fortemente com a da maioria dos integradores e fabricantes brasileiros que comercializam notebooks e desktops com Linux. Aqui, a regra é colocar a distribuição mais barata que encontrar, configurar apenas o necessário para o micro funcionar e rezar para o usuário colocar logo um Windows pirata e não gerar chamadas sobre Linux no suporte técnico. Afirmo que nenhuma máquina com Linux comercializada localmente passa em um teste básico de recursos e “amigabilidade”. O famoso “teste da vovó”.
Reprodução de DVDs, MP3 e DiVX? Modems 56K? Webcams? Ha, boa sorte meu amigo, você comprou a máquina e agora o problema é teu. Sem falar em janelas com terminologia confusa, prompts de senhas que não são informadas de forma clara, menus absurdamente mal-organizados, tipos de arquivos associados a programas errados (ou simplesmente não associados), atualizações que í s vezes quebram o sistema… Onde diabos está a famosa (e barulhenta) comunidade Linux brasileira quando ela é mais necessária? É muito fácil condenar uma empresa por não vender máquinas com Linux, mas na hora de “cortar na própria carne” e criticar quem o faz mal e porcamente, pressionando as empresas (e o governo) por uma solução, o “grosso” da massa se cala. Mistério…
PS) Acabei de achar o excelente editorial do Augusto Campos (do BR-Linux) sobre a situação do computador para todos. Notem que, apesar de ter sido publicado originalmente há um ano, nada mudou, salvo a configuração dos micros (que agora vem com 256 MB de RAM, em vez de 128 MB). Leitura mais do que recomendada.
Nagano Complementa: passei agora pouco por uma loja da rede Ponto Frio aqui de Sampa e, realmente, já havia dois desktops Inspiron expostos. Segundo o gerente da loja, eles estão í venda desde o domingo passado, mas nenhum negócio já foi fechado. Aparentemente, o público está mais interessado nas ofertas de notebooks, uma das vedetes desse final de ano.
Rigues informa: fazendo umas compras de fim de ano aqui em Curitiba, me deparo com um Dell Dimension E521 por R$ 1.699 (com LCD de 15″) numa loja do Mercadorama (uma rede local de supermercados, dos mesmos donos dos Hipermercados Big). Configuração decente (Athlon 64 se não me engano, 160 GB de HD, video nVidia onboard, gravador de DVD, 512 MB de RAM) e escolheram o sistema operacional certo: Windows XP Home (com 512 MB vai decentemente, um Vista não rodaria direito). Fica a dica pra quem anda procurando o “primeiro computador” e quer ir com uma marca conhecida sem gastar muito.
Windows Vista é grife, é como ter um IPod ou um IPhone e se gabar por ai. O Linux é uma ferramenta muito util para que se compromete em estudar computação em todas as suas ramificações. O Ubuntu é um sistema que se tornou muito agradavel aos “leigos” no assunto e não perdeu suas caracteristicas linux. Agora voces acham que aquele neandetal de computador que só usa MSN(é por isso que computador com Linux tem seu sistema trocado pelo XP, CADE O MSN!!!!!!!!) e orkut
vai se importar com senha ou logins que ele nunca vai usar? me desculpe mas o S.O da M$ tem funções acessos que esse caras nunca vão usar e tem gente que se preocupa com as funções do Linux. Comprei um notebook com o Windows Vista e não fiquei tres dias com ele coloquei o SUSE 10.3 e logo em seguida o Ubuntu 7.10 e garanto, este não deve nada para o XP. Para os que usam MSN e Orkut fiquem a vontade com o XP ou Vista e calculem o tempo gasto com essas porcarias, vão estudar cambada.
O Windows é muito bom mas sofre de um problema crônico. Os cavalos de tróia e os vÃrus encontram nele um ambiente de fácil proliferação. Usei o Windows desde a versão 3.1 passando por todas as demais versões até conhecer o Linux. Recuso-me voltar a usar Windows Vista. Tive que usar o Windows XP porque o Vista só trouxe dor de cabeça. Estou muito satisfeito com o UBUNTU. Roda tudo. Agora o usuário tem que aprender, tem que estudar o sistema. Virus no Linux? Não existe. Virus no Windows? Ah! Esse está infestado deles. Comprei lap top com Windows XP logo acrescentei um dual boot e o Ubuntu mora ao lado. É o sistema preferido.