Vários blogs desde cedo vieram com o boatão de que a E3, a gigantesca feira anual de games em Los Angeles, seria cancelada em 2007. Agora í tarde, uma confirmação de que a feira continua a existir, mas em novo formato, mais intimista e sem muita bagunça para o público.
Não sou especialista em games – meu único recorde pessoal é ter chegado ao fim do Bounce no celular – mas a experiência no mundo de tecnologia mostra que, sim, a E3 deve estar realmente no fundo do poço. E, sem pessimismo (e realismo), os games finalmente atingiram o mesmo nível das empresas de tecnologia.
Explico: que grandes feiras/exposições sobraram no mundo de TI? A CES não é exatamente de tecnologia, mas de eletrônicos de consumo. A CeBIT alemã é um exemplo isolado, também focado em eletrônicos e não em tecnologia da informação propriamente dita. Aos poucos, os grandes fabricantes de games estão descobrindo que vale mais investir em novos meios de comunicação com o consumidor (e, por tabela, com a imprensa).
Dinheiro para divulgação e eventos, por mais curto que seja, sempre está na verba de qualquer grande player do mercado – seja de games ou TI. Só que qualquer alteração no mercado (novos consoles, menos vendas, saturação do mercado) reflete nisso. Uma E3 menor é consequência de um número menor de expositores previsto para 2007, basicamente. Foi assim que a Fenasoft morreu, foi assim que a Comdex morreu. Espero que não seja esse o futuro da E3.
Não pode ser a E3 é muito fodona, não pode acabar. Ainda mais agora que a cobertura esta ficando excelente: podcasts, videos além dos textos.
Bom, vamos torcer para que isso não aconteça.