Volta í tona a discussão entre o Ministério Público Federal e o Google/Orkut. Alô MPF, vocês têm toda a razão de ir atrás da baixaria que rola no Orkut. Todo mundo sabe que aquilo virou terra de ninguém, com gente sem noção exaltando o racismo, a pedofilia e a pornografia (sem moralismos) acessível a dois cliques do mouse, para qualquer um ver. Em um lugar, claro, que não foi projetado para esse tipo de coisa.
Só que eu sinto que há uma discrepância entre o que o Ministério Público quer (que é o fim da baixaria) e o que o Google Brasil diz, exatamente porque o Google Brasil, como a maioria das empresas norte-americanas (ou de qualquer outro país) de tecnologia no Brasil, é um escritório de vendas, aberto apenas para emitir notas fiscais.
Talvez o Google Brasil precise aumentar sua equipe e se estabelecer como responsável pelo Orkut no Brasil – mas isso envolve tempo e dinheiro. Ou ainda vai ter muita dor de cabeça por conta do popularíssimo serviço de comunidades hospedado lá fora.
Uma boa estratégia de comunicação corporativa pode ajudar (que tal o Orkut filtrar os potenciais criminosos e mandar uma intimação, mesmo por e-mail? Não respondeu, tira do ar o profile do cara, oras. É assim que deveria funcionar.), assim como tentar colaborar ao máximo com o MPF – que é o que eles dizem que já estão fazendo.
Fica no ar uma questão: e as outras comunidades online, como ficam? UOL K, MySpace, Link (essa eu sempre me assusto/divirto quando vejo o site do jornal, com comunidades do tipo “eu adoro bunda” em destaque na home do caderno). Ou é só o Orkut que tem baixaria?