Mesmo sendo macaco velho de tecnologia, nunca tinha impresso nada sem usar fios até agora. Provavelmente foi o preço salgado ou a complicação do uso. O fato é que minha casa era virgem de impressoras Wi-Fi – até agora.
Eu tenho uma laser, das mais baratinhas, que funciona com o bom e velho cabo USB. O problema é que os drivers dela para Mac são horrendos. Como o MacBook acabou virando o principal computador de casa, era chato precisar fazer transferência de arquivos toda vez que alguém precisava imprimir algo. Até que o toner acabou – e como esses trecos são caros, me senti compelido a comprar uma impressora nova.
Foi aí que caiu a ficha: os preços dos modelos Wi-Fi baixaram consideravelmente nos últimos três anos. Com cerca de R$ 100 a mais, dá para pegar uma impressora honesta preparada para funcionar sem fios. Eu comprei a HP Deskjet 4625 que, por um preço médio sugerido de R$ 400, me pareceu um bom custo-benefício.
Diferente do que imaginava, a configuração foi muito menos traumática na prática. Pluga um cabinho aqui, instala um driver ali, em menos de 20 minutos o equipamento já estava na minha rede, compartilhada com os computadores. Lendo o manual, descobri um serviço adicional: pedir impressões por um e-mail da impressora, que é único e você mesmo cria.
Configurar esse e-mail foi relativamente simples pelo site indicado pelo fabricante. Depois de definir os remetentes autorizados a conversar com ela, foi hora de mandar bala. Descobri que posso enviar anexos de Word, Excel e PowerPoint e fotos.
Não é instantâneo, leva uns vinte minutos para o serviço processar o pedido, mas funciona bem. Mandar arquivos do meu smartphone para a impressora foi bem fácil, e não falhou nenhuma vez. Valeu o pequeno acréscimo no preço para ter essas facilidades.
A questão que ficou foi sobre a privacidade. Será que eu quero que um fabricante acesse tudo o que vou imprimir? Sim, porque é necessário dar acesso total ao que é enviado para a impressora por e-mail, mesmo que a marca não faça uso disso. Para algumas pessoas, é desconcertante. Como eu já entreguei minha vida para o Google (e até pago por isso), não vejo problemas. Mas será que quem faz uso corporativo tem o mesmo desprendimento?