Desde ano passado a Intel vem martelando o conceito da computação perceptual, com o PC (ops, ultrabook) começando a entender movimentos naturais para uso de aplicativos e interação com a máquina.
Os primeiros resultados começam a aparecer: um concurso recente de desenvolvedores no Brasil atraiu mais de 100 inscrições, e agora 30 selecionados vão receber uma câmera com sensor para começar a criar seus projetos baseado no SDK da nova plataforma.
Os escolhidos vão levar a câmera da Creative (que lembra bastante o Asus Xtion, um sensor de movimento para PC) abaixo:
Fato é que essa ‘computação perceptual’ abre portas para um monte de novas possibilidades. Esses 30 desenvolvedores, de acordo com a Intel, estão criando não apenas games (Kinect vem logo à cabeça, mas aqui o foco maior é no uso das mãos como fonte de gestos), mas aplicativos e utilitários que ampliem o uso do PC.
Um deles é o de criar um intérprete de Libras para o computador (imagino que uma evolução de apps que já existem para smartphone) ou programas para a área de saúde.
Os resultados devem ser apresentados em meados de outubro. E a Intel precisa combinar com a Microsoft para inserir esses recursos de forma nativa com o Windows 8.
Enquanto os apps brasileiros não ficam prontos, a Intel usa seus apps baseados no kit de desenvolvimento de software para inspirar novos projetos. Entre eles, o reconhecimento de gestos na tela:
… que pode levar a jogar Tetris com as mãos (meio lento ainda, mas a ideia é bem interessante)…
Ou pegar bolinhas e jogá-las pela tela:
Em vídeo, dá nisso aqui:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=dWKF7buDvoI&feature=youtu.be]E tem joguinho também (modelo de mãos: Flávio Xandó)
[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=p_9gST4LSaE]Aqui, o mesmo game em uma versão oficial:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=catt5ZHCnl4]Mais demos lá na Intel.
Diz a turma de Santa Clara que o projeto da câmera desenvolvido em parceria com a Creative pode vir a ser utilizado por outros fabricantes, e que dentro da própria Intel já existem alguns protótipos de ultrabooks com câmeras e sensores. Produto final, pro consumidor, em 2014 (se der sorte) ou 2015 mesmo.
Em tempo: você sabia que um ultrabook não precisa necessariamente rodar Windows? O hardware é referência da Intel para os fabricantes, o software pode ser… Android (!).