O mundo virtual está ficando cada vez mais parecido com o mundo real. A Linden Labs, desenvolvedora do Second Life, baixou ontem uma nova diretiva banindo todas as formas de jogos de azar na “segunda vida”, incluindo cassinos, máquinas caça-níqueis e sistemas de apostas.
A ordem parece uma resposta a uma investigação conduzida pelo FBI contra a Linden Labs: jogo online é proibido nos EUA (e em vários outros países), e a agência federal de investigação queria saber se a empresa estava violando alguma lei ao permitir esta atividade dentro de seu mundo virtual. O problema todo está centrado no fato de que é fácil trocar o dinheiro virtual ganho no jogo por dólares de verdade. Alguns operadores de mesas de poker, por exemplo, vinham obtendo lucros de até US$ 1.500 por mês.
Em vez de bolar um meio para determinar se, e sob quais condições, o jogo no Second Life seria legal, a Linden Labs preferiu acabar de vez com a festa.Curiosamente, quem perde com a decisão é a própria Linden Labs. Cassinos geram lucro para a empresa (afinal, os donos pagam aluguel pelos terrenos) e movimentam a economia virtual. Os residentes, claro, também não gostaram nada da mudança, que “deixa a segunda vida sem graça”.