O novo MacBook Pro com Retina Display, anunciado hoje pela Apple, traz novas possibilidades para o hardware de computadores pessoais com sua tela de altíssima resolução (ultrabooks, vocês ficaram pra trás um pouquinho), mas o resto do mundo (aplicativos e principalmente a internet) precisa se adaptar para isso.
O Pro Retina Display traz uma espessura fina (1,8 cm) e leve (2,02 kg), em um corpo único em alumínio, com especificações técnicas impressionantes para um notebook com preço sugerido de US$ 2.199 em sua configuração mais básica, com Intel Core i7 quad-core de 2,3 GHz, placa de vídeo Nvidia GeForce GT650M (Kepler!), 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento SSD, com duração de bateria estimada em sete horas.
E tem ainda duas portas USB 2.0/3.0, leitor de cartões SD (yay!), duas portas Thunderbolt e uma HDMI (algo inédito para a Apple). Começa a ser vendido hoje nos Estados Unidos. No Brasil, seu preço sugerido é de R$ 9.999, com entrega prevista para até um mês.
Mas o mais impressionante mesmo – e que justifica os números enormes deste título – é a tela de 15,6 polegadas e 2880 x 1800 pixels de resolução. Lembre que uma TV Full HD tem 1920 x 1080 pontos de resolução, e que essa tela Retina é bem maior (mais até que a do novo iPad, com 2048 x 1536 em 9,7 polegadas). Na prática, a tela tem 5 milhões de pixels, contra 3 milhões de pixels de uma TV Full HD.
Incrível para os novos apps desenvolvidos pela Apple (Mail, Aperture, Safari, iMovie, iPhoto, Final Cut Pro) e parceiros (Adobe e seu Photoshop, Blizzard e Diablo 3). Para quem edita vídeos e fotos, é a supermáquina, uma workstation portátil.
Por esse lado de alguns parceiros de software e dos próprios apps da Apple, ótimo. Agora quero ver rodar um vídeo 1080p do iTunes (taí uma boa dúvida para o futuro da loja online da Apple) ou ver sites que vão bem em telas de 1280 x 800, 1366 x 768 ou menos: webmasters, a Apple criou seu problema do amanhã.
Update: Harry McCracken, do Technologizer (e meu ex-chefe indireto na PCW gringa), está com um MacBook Pro Retina e disse que:
- sites “comuns” em 1024 colunas ou menos “têm a mesma proporção de uma tela normal, e o texto fica lindo no Safari. Mas fotos podem parecer fora de lugar”.
- “se você usa um navegador que não é o Safari, vai precisar de uma atualização que faça o texto aparecer decente no Retina”
Logo, o problema mesmo é do Chrome, Firefox e Opera.