Tenho certa fixação em TVs 4K: elas são grandes, lindas e com imagens arrebatadoras. Ainda têm custo proibitivo para a maioria da humanidade, mas já são mais acessíveis que na época do seu lançamento quase três anos atrás.
Fui até a LG conhecer um dos seus modelos de 55″ (preço sugerido: R$ 5.999) e, bem, me apaixonei não pela TV (que é incrível!), mas pelo sistema operacional usado nela, o Web OS. Por que fui até lá? Simples: não tenho espaço na sala para um gigante desses.
Com o WebOS, a LG simplificou a Smart TV – e vou falar mais sobre isso adiante. Tanto que o controle remoto é minimalista:
E, no hardware, é um modelo com câmera superior (retrátil) para videochamadas no Skype:
E um monte de entradas HDMI e portas USB atrás:
O design, com acabamento metálico, esconde os alto-falantes nas laterais em pequenas “asas”. E veja como a borda entre tela e moldura é bem pequena também.
E por que o WebOS é legal? Porque a LG conseguiu adaptar um sistema operacional de smartphones pré-histórico (vindo da Palm e, depois, da HP).
É um sistema fácílimo de usar, tem multitarefa e deixa a TV com um jeitão de espertofone. E isso é muito importante, já que a maioria dos donos de novas televisões nem querem se importar muito com configurar/mexer/ajustar. Querem ligar na tomada, na antena/TV a cabo e pronto.
O exemplo mais interessante disso é o processo de configuração inicial: tudo que você precisa é do controle remoto para seguir os passos:
(acompanhado por um personagem animado que dá dicas)
Outro item importante: já pede a conexão antes de sintonizar canais.
E aí depois você escolhe quais são as fontes de entrada da televisão:
E ainda dá um resumo do que foi feito no final.
(como não amar um sistema que diz EBA?”)
Clicar no controle remoto ativa o menu de aplicações, o que inclui vários conhecidos – Netflix, Saraiva, YouTube, entre tantos outros –
E ativar a multitarefa – os apps recentes usados – ao encostar no canto da tela. Isso tudo sem interromper o que está passando (seja um Blu-Ray, TV, Netflix etc).
Claro que um navegador web está presente (dá para usar comandos de voz com o controle remoto também, evitando digitar).
E, por ser algo-que-era-de-smartphone, até notificações estão lá.
O acesso direto a serviços da própria LG misturados com outros provedores de conteúdo está a um clique (com pagamento à parte):
Incluindo filmes 3D (a TV é compatível com sistema passivo):
Apps e jogos:
E conteúdo premium
Tá, tudo muito bonito, mas e a qualidade da imagem? Na falta de vídeos 4K, o pessoal da LG me emprestou um pen drive com alguns vídeos de demo (óbvio que melhorados para aparecer numa TV da marca).
E a riqueza de detalhes é monstruosa. Diferente da maioria das TVs LED (mesmo com um painel IPS), o modelo 4K da LG tem um contraste impressionante, com tons de preto realmente pretos (e não acinzentados).
A TV LG 4K também faz upscaling de conteúdo em resolução menor. Levei um DVD e fiquei também impressionado com a qualidade de imagem.
Dá para perceber a queda na qualidade, mas não é uma experiência estilo “liguei um videocassete de 1991 numa TV moderna”.
No fim das contas, o WebOS é um grande upgrade nas TVs da LG – e segundo a companhia, mais de 5 milhões de unidades com o sistema já foram vendidas no mundo todo. Não é algo restrito aos nos modelos topo de linha (até telas de 32″ mais simples têm), e ajuda muito o consumidor na hora de ligar, configurar e usar seu televisor.
O modelo 4K, claro, ainda é um sonho de consumo (ou até mesmo o… 5K, para vencedores da mega-sena da virada), mas a tendência com o tempo é esse valor ser cada vez menor e mais acessível. Meu sonho de consumo mesmo é uma TV OLED, mas isso é outra história.
Em tempo: A LG já anunciou que mostra na CES 2015, agora em janeiro, uma atualização para o WebOS, chamada… WebOS 2.0. A conferir de perto em Las Vegas a partir do dia 5!
Como o WebOS ficou bonito nessas TVs!
Se a LG estragar a elegância do sistema na nova versão vou ficar “Platinum 200% MAD” com ela. Não tem o que inventar ali.
acho q não vão mudar nada, só adicionar recursos 🙂
Tava esperando as TVs de OLED baixarem os preços e melhorarem a tecnologia.
Mas pelo andar das coisas temos menos TVs de OLEDs que eu achei que teríamos em 2015. Parece meio tecnologia conceito ainda. E o maior problema é a durabilidade da TV com a tecnologia atual.
Agora estou esperando as Sony’s com Android ano que vem.
Minha próxima TV, vai ter que obrigatoriamente rodar o XBMC. (Kodi)
so faltou dizer qual o modelo da tv…
tem um link ao lado do preço, segundo parágrafo 🙂
O que mais gostei foi das quatro entradas HDMI. As novas LG tem saído com apenas três (pelo menos nos modelos até 42 polegadas. Espero que quatro volte a ser padrão, três é muito pouco. Não compro TV com apenas três portas HDMI.
Henrique, as specs dessa TV foram liberadas? Qual a versão do HDMI dela? (edit: vi no link, bom saber que estão começando a colocar HDMI 2.0 nas TVs 4K!)
E essa versão do WebOS 2.0 vai ser disponibilizada para os modelos já lançados?
Henrique, à sua época, o WebOs era o sistema mais avançado, com multi-tarefa real (com esse novo acordo, tem hífen?), agend integrada com diversos serviços (google, facebook, etc) e uma boa base de desenvolvedores.
O que acabou com o sistema foi uma sequencia de más ações:
– A Palm (empresa) lançou o Palm Pre (smartphone) apenas na Verizon (operadora 3ª colocada nos EEUU) e sem dinheiro pra produzir muitas unidades – queriam comprar mas não tinha aparelho.
– Com a falência da empresa, a HP compra o sistema e os hardwares já feitos (incluindo o tablet touchpad que tinha uma excelente integração com o Smartphone), MAS, o pior CEO da década, aka Leo Apotheker conseguiu acabar com a viabilidade do sistema, 2 meses depois de um keynote da HP apresentando novos dispositivos com WebOs, só pq resolveu acabar com a divisão de produtos domésticos da companhia e focar apenas no mercado corporativo – durou apenas 11 meses.
Dito isto, eu não duvido que a LG possa usar o WebOs em smartphones, e não vejo a hora de comprar uma TV 4K 3D de 47″ com WebOs.
E acho MUITO difícil atualizarem as atuais para o WebOS TV 2.0… vide “obsolescencia programada”.