A Microsoft apresentou hoje durante a quinta edição da conferência D: All Things Digital em San Diego, na Califórnia, um produto que pode representar o futuro da interação entre o homem e a máquina. Chamado Surface, ele pode ser descrito como uma “mesa interativa”, o que certamente não faz juz í tecnologia utilizada.
A princípio, Surface parece uma mesa comum. Mas sua superfície sensível ao toque atua ao mesmo tempo como monitor de 30 polegadas e dispositivo de entrada. Assim como o a tela do iPhone, da Apple, ela é capaz de registrar múltiplos toques simultâneos, possibilitando o uso de nada mais do que simples gestos para manipular imagens e itens na “tela”. Além disso, é capaz de detectar objetos reais colocados sobre ela e exibir informações relevantes. Por exemplo, se uma garrafa de vinho contém uma etiqueta (tag) RFID, a mesa é capaz de ler esta tag e mostrar informações como origem, safra e características do vinho. Coloque dois celulares lado a lado, e ela mostra a ficha técnica de cada aparelho. Um vídeo de 18 minutos no blog On10 mostra, com mais detalhes, o funcionamento do Surface.
Outro exemplo de interação é com aparelhos eletrônicos. Basta colocá-los sobre a mesa para que ela coordene, de forma visual e muito simples, a transferência de dados entre eles. Em uma das demonstrações, uma câmera e um celular são colocados sobre a mesa. Em alguns instantes uma pilha de fotos (armazenadas na câmera) aparece abaixo dela. Para transferir as fotos, basta arrastá-las de um aparelho para o outro. Há várias outras possibilidades de uso para esta tecnologia. Como mesa de luz virtual para escolher as melhores fotos antes de mandá-las para impressão, como espaço criativo para “pintura com os dedos” sem sujar as mãos, como menu para fazer pedidos em um bar, como quiosque de informação para consulta de mapas e muito mais.
A idéia inicial surgiu em 2001, durante uma sessão de “brainstorming” entre dois funcionários da Microsoft, e o primeiro protótipo ficou pronto em 2003. Tudo é feito usando uma combinação de múltiplas tecnologias: um computador, leitor de RFID, projetor, câmeras para rastrear objetos, superfícies sensíveis ao toque, e uma boa quantidade de software (rodando sobre o Windows Vista) para juntar tudo isso. Com um custo estimado entre US$ 5.000 e US$ 10.000, a Microsoft não pensa em vender o Surface para o consumidor final. Entretanto, a empresa espera colocar as primeiras unidades em funcionamento em hotéis da rede Starwood e lojas da operadora de telefonia norte-americana T-Mobile, entre outros locais, até o fim deste ano.
Bem, o melhor uso seria mesmo em quiosques localizados em bares e/ou hotéis, não aparenta ser para o trabalho duro, pois ficar inclinado sobre esta mesa seria problemático, a menos que pensem em alguma solução para afixá-la numa parede, numa altura que nos desse a chance de sentarmos numa cadeira e… O que estou dizendo, por US$10.000,00, creio que jamais a usarei…