Microsoft Build foi o primeiro grande evento apenas online, com apresentações pré-gravadas – seja na casa dos executivos ou em cenários cheios de coisas escondidas – e um monte de sessões técnicas, muitas delas com a sala lotada, como se fosse no mundo real.
Satya Nadella, CEO da Microsoft, disse mais de uma vez que é um momento global em que a comunidade de desenvolvedores precisa se manter unida. “Foram dois anos de transformação digital em duas semanas, reimaginando como o mundo vai prosseguir”, reafirmou.
Nadella falou ainda sobre a importância da nuvem (95% das empresas Fortune 500 usam Azure, “o computador do mundo”) e reforçou os esforços da Microsoft em inteligência artificial, computação edge (e da nuvem para edge).
Teve ainda novidades para Windows e para Microsoft 365, incluindo Teams. E um monte de anúncios para desenvolvedores se esbaldarem, até mesmo um novo terminal para Linux dentro do Windows. E, sim, a Microsoft hoje entende e admite que errou em relação ao software livre no passado. Um dos principais anúncios para devs foi o Project Reunion, que unifica APIs de desenvolvimento para Windows.
Kevin Scott, CTO da Microsoft, fez uma apresentação cheia de animações e efeitos divertidos para falar de inteligência artificial e supercomputadores, passando por uso em saúde e ciência. “IA e supercomputadores são que nem supercarros de corrida. Parecem inacessíveis, mas sua tecnologia chega aos carros que usamos”, afirmou.
Apesar de 100% virtual (com direito a “brindes digitais” aos participantes – não tem como ser diferente nesse sentido em um evento para desenvolvedores), deu para entender a diferença da Microsoft em relação aos concorrentes (AWS e Oracle, estou falando de vocês). Anos de experiência com o consumidor final deram à Microsoft um didatismo e uma facilidade enorme em explicar as coisas.
[esse texto foi publicado originalmente na newsletter Interfaces
de 22/05/20 e republicada com autorização]