A Microsoft confirma aquilo que a gente já sabia: vídeo-chamadas deixam a gente estressado. Mas novos recursos para o Teams anunciados hoje querem reduzir esse cansaço.
Os dados
- Pesquisa feita pela Microsoft (pela divisão Human Factors Labs) comparando reuniões presenciais x reuniões online mostra que a fadiga do digital existe. Eles acompanharam 13 equipes (com duas pessoas) realizando tarefas similares juntas – uma vez de forma remota e outra de forma pessoa, medindo ondas cerebrais com um aparelho de eletroencefalograma.
- Resultado inicial: colaboração remota traz mais desafios mentais do que pessoalmente, com padrões de ondas cerebrais associadas a stress maiores no remoto do que no presencial.
- Mas outro resultado saiu dessa avaliação. Se o par trabalhou primeiro online, ficou mais difícil trabalhar presencialmente depois, mas não o contrário. Segundo a Microsoft, são dois aprendizados desse estudo. O primeiro é que nesse mundo cada vez mais remoto, as pessoas tendem a acreditar que a colaboração a distância é mais desafiadora. O segundo é que voltar ao escritório e ver gente pode ser complicado em comparação ao mundo pré-COVID-19.
- Um segundo estudo mostra que os mesmos marcadores das ondas cerebrais ligados a stress e trabalho exagerado são mais altos nas videocalls do que em tarefas cotidianas, como escrever um e-mail. O horário de pico da fadiga ocorre entre 30 a 40 minutos da reunião.
- Motivos encontrados para a fadiga das reuniões: prestar atenção constante na tela para se manter engajado na reunião, redução de dicas não-verbais para “ler a sala” ou saber quem é o próximo a falar e compartilhamento de tela com pouca visão das pessoas com quem você está interagindo.
- A Microsoft recomenda tirar pequenas pausas a cada duas horas para “recarregar” o cérebro, limitar reuniões a 30 minutos ou fazer reuniões longas com pequenos intervalos.
Visualmente, é algo assim:
Novos recursos no Teams
A Microsoft anuncia hoje algumas novidades no Teams que pretendem ajudar a reduzir o stress e fadiga causados pelas vídeo-chamadas. Isso se baseia em um conceito de “trabalho fluido” desse mundo pandêmico que se preocupa com o que, quando e onde trabalhamos (resposta: horários de escritório acabaram de vez).
O mais importante, a saber:
- Modo Juntos: usa IA para colocar todos os participantes no mesmo plano de fundo compartilhado, como uma sala de aula. Diz a Microsoft que ajuda a reduzir distrações de fundo, torna a conversa mais natural e deixa mais fácil entender as mensagens não-verbais.
- Visualização Dinâmica: modo que também usa inteligência artificial para otimizar o conteúdo compartilhado nas telas e a participação por vídeo.
- Novos filtros de vídeo com ajustes de iluminação e foco.
- Extensão Reflect: para ser instalada pelo pessoal de TI, pretende ajudar a medir o bem-estar dos funcionários no ambiente remoto.
- Reações: agora pode mandar coraçãozinho e emojis pra galera na call, dando feedback instantâneo para o apresentador.
- Chat: distribuição das mensagens do chat para todos na reunião de forma mais simples
- Para escolas, universidades e corporações gigantes: o Teams terá uma opção de suporte para até 1.000 participantes (!) podendo chegar a 20 mil (!!).
- Atribuição do orador: legendas ao vivo mostram quem está falando.
- Transcrições ao vivo: para acompanhar em texto quem disse o que durante a call. A Microsoft diz que uma possibilidade de tradução estará disponível ainda este ano.
Alguns dos recursos começam a ser oferecidos no Teams ainda este mês, alguns durante o resto do ano, de acordo com a Microsoft.
[Microsoft]