MySpace corta, muda e sangra em 10 países
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MySpace corta, muda e sangra em 10 países

RESUMO

Funcionários da rede social MySpace na Argentina, Brasil, Canadá, Espanha, França, Índia, Itália, México, Rússia e Suécia descobriram ontem que seus escritórios estão sendo “reestruturados”, com pelo menos quatro deles fechados (o fim da operação brasileira já foi confirmada).

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Funcionários da rede social MySpace na Argentina, Brasil, Canadá, Espanha, França, Índia, Itália, México, Rússia e Suécia descobriram ontem que seus escritórios estão sendo “reestruturados”, com pelo menos quatro deles fechados (o fim da operação brasileira já foi confirmado).

Na prática, dos 450 empregados globais da companhia, vão restar apenas 150, de acordo com um comunicado oficial do MySpace.

Segundo o MySpace, é um processo de “reestruturação” proposto para todas as divisões internacionais. Assim que a transição for completa, os escritórios de Londres, Berlim e Sydney serão “centrais” regionais das operações fora dos EUA. Os dez países citados acima entram numa lista de “revisão para possível reestruturação”. No MySpace China e Japão, nada muda: a versão chinesa é cuidada por uma empresa local, e a japonesa existe em parceria com outras companhias.

A explicação oficial é bastante, digamos, lógica: pouco mais da metade de usuários do MySpace vem de fora dos Estados Unidos. “Ficou claro que, internacionalmente, a equipe do MySpace ficou muito grande para se manter nas condições atuais de mercado. Essas mudanças são propostas para transformar e refinar nossa estratégia de crescimento internacional”, afirmou o executivo-chefe Owen Van Natta, no comunicado.

Acredito que, para usuários brasileiros, nada muda – em vez de acessar o MySpace Brasil, vão voltar a acessar o MySpace dos EUA, de Portugal, sei lá. O fim de uma operação local não significa o fim da existência do site e de sua base de usuários.

E essa reestruturação do MySpace só confirma a velha teoria: sucessos nos EUA nem sempre significam sucessos no resto do mundo. Pena que, às vezes, é o próprio CEO que tem que perceber isso.

Escrito por
Henrique Martin
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