Como previsto ontem por este Zumo, o estúdio de design a ser aberto no Rio de Janeiro será o segundo satélite da empresa no mundo. Satélites? Sim, pois não são localizados dentro de escritórios da Nokia, como ocorre com os “grandes” localizados em Londres e Helsinki.
O primeiro foi em inaugurado em Bangalore, na índia, no ano passado. Segundo William Yau, um dos chefes de design do “studio satellite” do Rio, a cidade foi escolhida por ser “fascinante para designers e um lugar quente para o design, onde surgem novas tendências e inovação”. “Os estúdios satélite são modos de pensar de um modo diferente”, conta Anna Valtonen, diretora de pesquisas e tendências de design da Nokia.
O estúdio será montado em parceria com a Escola de Design da UniverCidade (Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro), parceira da Nokia em projetos de design desde 2005.
Serão usadas as instalações da própria escola de design e será criada uma sala de 100 metros quadrados equipada pela Nokia para uso no projeto. A Nokia investe em projetos de design na América Latina desde 2003, quando iniciou um estudo em Buenos Aires.
Vai funcionar, diz Yau, como um local para observar, explorar e entender melhor o mercado brasileiro (considerado importante em termos de negócios pela matriz) – além de ser um novo meio de trabalhar com “talentos locais”, além dos alunos da UniverCidade. “É uma relação simbiótica”, afirma. Nos próximos dois anos, os projetos de extensão vão explorar “influências culturais, sociais e de design por todo o Brasil”.
O design na Nokia, de acordo com Yau, se baseia na filosofia de “primeiro observar, depois projetar”. Foi o que aconteceu no projeto de Bangalore: alguns meses de observação na índia já ensinaram que usar materiais resistentes ao suor, capas de aparelhos que os protegem da poeira e ter uma lanterna no telefone são bons exemplos a serem adotados.
Zumo viajou ao Rio a convite da Nokia