Números enormes: F-1 dobra dados a cada 2 anos
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Números enormes: F-1 dobra dados a cada 2 anos

RESUMO

Uma média de 100 sensores instalados em um carro da F-1 gera cerca de 6 a 8 GB de dados por final de semana de grande prêmio. Some a isso dois carros por equipe, sistemas de redundância e o número coletado na telemetria pula para 24, 25 GB sem maiores problemas.

Asfalto

Uma média de 100 sensores instalados em apenas um carro da F-1 gera cerca de 6 a 8 GB de dados por final de semana de grande prêmio. Some a isso dois carros por equipe, alguns sistemas auxiliares a e o número coletado na telemetria pula para 24, 25 GB sem maiores problemas. “Um GP como Mônaco, mais lento, gera menos que Monza, que tem voltas mais longas”, explica Rod Nelson, engenheiro-chefe da AT&T Williams, que falou com este Zumo na tarde de ontem em Interlagos.

Fato é que as equipes de F-1 são megadependentes de tecnologia da informação (não é à toa que a AMD tirou o patrocínio, mas continua a mover a garagem da Ferrari, por exemplo). No caso da simbiose AT&T Williams, a troca envolve envio de dados minutos após cada treino via VPN usando a infra-estrutura da AT&T para a sede da Williams, na Inglaterra. Quanto mais rápido analisar as informações, mais rápido os engenheiros na pista ajustam o carro e, bem, os pilotos podem ter mais chances, explica Nelson.

Só que a temporada de 2010 da F-1 vai fazer as equipes correrem ainda mais atrás de infra de TI. Os porta-vozes da equipe (marketing, marketing esportivo, comunicação) fazem questão de, aham, comentar a redução imposta pela FIA no número de pessoas por time que poderão estar nas pistas no ano que vem. Se hoje a AT&T Williams traz, por GP, uns 55 profissionais, a partir do ano que vem serão, no máximo, 45. Pra uma equipe como essa, tudo bem, a redução não é das piores – mas imagine uma Ferrari que vai pra lá e pra cá com uns 100 membros?

“Aí vamos ter que melhorar a dinâmica do processso e passar ainda mais informações para o controle da missão. E, sim, vai aumentar o número de dados transmitidos, e isso precisa ocorrer no menor tempo possível. Em 2007, um final de semana gerava menos de 12 GB por carro. Em 2008, foram 16 GB, hoje estamos com 24. Acredito que esse número vai dobrar a cada dois anos, sem dúvidas”, diz o engenheiro.

Em tempo: Nico Rosberg, piloto da AT&T Williams, falou com a gente também. Estava tossindo bastante, por sinal. Fiz uma pergunta sobre uso pessoal de tecnologia e, bem, ele respondeu que usa muito e-mail no celular e Facebook, de modo um tanto lacônico.

Ah, sim, não tem fotos do paddock nem dos carros porque não era fotógrafo credenciado e só poderia tirar fotos de uso pessoal, e algumas delas estão no meu Flickr.

Escrito por
Henrique Martin
9 comentários
  • Sensacional Henrique! Dados técnicos quantitativos sempre despertaram exclamações!!!

    Parabéns pela matéria!

    Álvaro
    Mobile Engineer

  • Muito bom! Números são sempre bem vindos.
    E a ponta do pé na imagem do chão – clássico :p
    Organização e limpeza é o que não falta nos paddocks. Até o crachá VIP cromado, “(uia!)”

    • @rafael o diabo esta nos detalhes, não? eu ainda cortei a imagem pra colocar no post! e o cracha vip, bem, precisou ser devolvido na saída 🙁

  • Henrique, parabéns pela matéria.

    Imagino que os backups sejam feitos em storages exclusivos para análise e modelagem de dados.

    Ou eles usam um Blu-Ray por corrida e guardam na estante?

    • nao entraram em detalhe de hardware, mas com certeza blu-ray não é a midia exata pra isso – ainda mais pq. os dados vao quase que em real time pra sede da williams…

  • “[…] um carro da F-1 gera cerca de 6 a 8 GB de dados por final de semana de grande prêmio.”

    “Em 2007, um final de semana gerava menos de 12 GB por carro. Em 2008, foram 16 GB, hoje estamos com 24.”

    Os dados não batem nessas duas frases.