A briga está boa. Depois da Texas Instruments e Qualcomm anunciarem seus projetos de novos processadores para dispositivos móveis, a Nvidia correu atrás e decidiu revelar o que estava escondido em seus laboratórios. E o codinome é no mínimo curioso: Kal-El. Mas será que ele será tão super quanto o nome sugere?
O novo processador, além dos 4 nucleos centrais, segundo a Nvidia, também tem GPU de 12 núcleos, capaz de dar conta de um fluxo de vídeo com resolução de 2560 x 1440 (redimensionados para 1366 x 768, a tela nativa do protótipo apresentado) e reproduzido via HDMI em um monitor de 30 polegadas e resolução de 2560 x 1600. Isso é resolução maior que as 1080 linhas de Blu-rays, games e vídeos em full HD. Em português claro, uma ignorância absurda em largura de banda…
Nesse teste, o objetivo foi mostrar a velocidade com que o chip lida com a web. Bacana, mas de verdade, alguém navega desse jeito, esquizofrenicamente passando pelas páginas? Maldades à parte, o bichinho parece esperto.
O Kal-El, que terá o nome comercial de Tegra 3, terá aproximadamente o dobro do processamento do já agressivo Tegra 2.
Notem que em uma tela do anúncio oficial está escrito 5x mais, mas o benchmark mostrado mostra o dobro. Tudo bem que não dá para confiar muito em benchmarks sintéticos… vamos ficar com o dobro mesmo, até que provem o contrário.
Viram os nomes dos projetos dos próximos processadores Tegra? Wayne, Logan, e Stark. Alguém na Nvidia é fã de quadrinhos, como todo geek que se preza.
E quanto essa belezinha vai usar de energia? Bem, o senso comum diz algo mais ou menos em torno disso:
A Nvidia disse que o Kal-El segura algo em torno de 12 horas de reprodução de vídeo HD com a bateria padrão dos tablets de hoje. Bom, vamos ver isso na prática com monitor, interfaces e comunicação rolando…
Notem a frequência do Tegra 3: 1,5 Ghz máximos nos 4 núcleos. Aí diz que a CPU tem um modo de baixíssimo consumo de energia. Se a Nvidia conseguiu mesmo isso, colocou o ovo em pé. A Texas Instruments contornou o problema potencial da bateria usando 2 núcleos mais modestos, pois essa conta de desempenho versus autonomia é dura de fechar.
Com os Tegra 2 chegando ao mercado ainda esse ano, em vários gadgets como o novo Galaxy Tab 10.1, Motorola Xoom e o LG Optimus 2x, será interessante ver se o consumidor terá a percepção que essa diferença de tempo pequena entre as gerações de chips é um ciclo de inevitável obsolescência, e vai deixar os gadgets encalhados nas lojas, à espera de algo mais poderoso. Ou provavelmente não vai ligar para isso, de tão feliz com novo tablet ou smartphone que comprou.
Após ler tudo isso,ufa !, vc me deixa a refletir em cima do último parágrafo: vamos ficar contentes com nossos brinquedinhos recém adquridos ou entrar em "nóia" e ficar aguardando o "proximo do próximo" lançamento?
Maluquicelina pura !
rs
Lei de Moore pura, caro Gerson (quase escrevi "lei de gerson", putz)
E qual a definição de dispositivo móvel.
O NGP não se qualifica?
Claro que o do NGP não estará no mercado, mas não deixa de caber na definição :p
[…] (8,3 mm de espessura, contra 8,8 mm do iPad 2) e a velocidade do aparelho, graças ao processador NVidia Tegra 3, com quatro […]