É, eu sei que pode parecer notícia velha – segurança e empresas sempre andam em passos distintos, com a proteção quase sempre deixada de lado na hora de planejar os investimentos em tecnologia nas pequenas e médias companhias. Agora, a Symantec conseguiu comprovar em alguns números essa teoria, com um estudo realizado na América Latina chamado “Pesquisa regional sobre a Integridade da Informação para Pequenas e Médias Empresas”.
Primeiro: para a Symantec, PMEs se dividem pelo número de máquinas. Até 30 PCs, é pequena. Acima de 30 e até 200, é média. “As pequenas e médias não têm CIO, mas sim ‘dono do CPD’. CIO é um conceito que não se encaixa”, afirma Sergio Basilio, country manager da Symantec no Brasil. Não é í toa que a companhia fez a pesquisa. Quer entender como funciona melhor um dos seus principais mercados, responsável por 67% das vendas de produtos corporativos (ponto pra eles, já que gigantes de TI vivem tentando entender o que é o mercado de SMB e não consegue).
Foram feitas entrevistas (qualitativas e quantitativas) com 100 empresas de diversos segmentos em todo o Brasil – Argentina, Chile, Colômbia e México também foram analisados. Para o Brasil, os principais resultados são:
– Conectividade: quase 100% dos computadores das PMEs têm acesso í internet e 93% deste acesso é em banda larga. Em média, esse mercado tem 42,7 PCs por empresa.
– Backup: é ainda pouco disseminado. 42% fazem diariamente, 32% semanalmente e 23% apenas uma vez por mês.
– O que é ameaça: os empresários brasileiros tendem a achar que “tudo é vírus”. Por isso, 83% dos entrevistados consideram como “ameaças” os vírus, worms e códigos maliciosos. Mas nenhum considera spyware, adware ou fraudes eletrônicas um problema a ser considerado. Phishing, spam e PCs zumbis são considerados (52%, 79% e 24%, respectivamente).
– Como combater ameaças: dinheiro ainda é uma questão importante – 89% das empresas têm barreiras econômicas para implementar soluções.
Com esses (e mais alguns dados) nas mãos, o próximo passo da Symantec será investir em educação e treinamento para o mercado – via canal de distribuição, provavelmente. Um dos prováveis passos será uma parceria com o Sebrae e com a Fiesp para divulgar os riscos de segurança que as pequenas e médias empresas estão expostas.