A partir da próxima segunda (19), a Escola Estadual Luciano de Abreu, no centro de Porto Alegre, começa a usar no dia-a-dia os laptops educacionais XO (ou o velho e bom OLPC, de Nicholas Negroponte). Parte do projeto UCA (Um Computador por Aluno), do Governo Federal, 85 alunos de duas classes da quarta série e outras duas clases da sexta série da escola e 15 professores começam a aprender (e educar com o XO). A informação foi dada por Juliano Bittencourt, pesquisador do Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Ao longo do semestre, 400 XOs estarão em uso na escola, atendendo a todos os alunos”, disse o pesquisador.
Os professores já vêm se “adaptando” ao XO desde fevereiro. Inicialmente, os alunos não poderão levar os XOs para casa – a maioria dos alunos mora na Vila Planetário, comunidade de classe baixa/média-baixa distante cerca de 1 km da escola. Serão feitos testes para medir a intensidade do sinal das redes Mesh e, se necessário, em um futuro passo, pode ser instalado um access point na região das casas dos estudantes.
Mas o que o XO está fazendo em um congresso de mobilidade? Sandro Alves, do Instituto Nokia de Tecnologia, responde: “Há uma grande sinergia de trabalho entre as plataformas XO e Maemo (usada nos internet tablets da Nokia). Questões como interface gráfica, gerenciamento de memória, consumo de energia, os interesses são comuns”, afirma. Quem sabe não sai samba dessa história, hein?