Há algumas semanas, enquanto experimentava o AjaxWindows, parei um momento para examinar o conceito de um “sistema operacional” online e cheguei à conclusão de que uma interface bonitinha, por mais similar a um desktop tradicional que seja, não importa. O que importa mesmo são os aplicativos, onde fazemos nosso trabalho do dia-a-dia e a quem nas horas vagas confiamos nosso entretenimento.
Desde que a “onda” da Web 2.0 começou, já vi vários tipos de aplicativos online. O Google tem um ótimo conjunto de programas de escritório (com editor de texto, planilha e ferramenta de apresentação) e e-mail, e a turma do Meebo faz um excelente cliente para mensagens instantâneas. O Flickr é um álbum de fotos sem igual, e o MP3Tunes dá um “armário” de graça onde você pode colocar quantas músicas quiser, sem limitação de espaço, para depois ouvir via streaming em qualquer outro computador conectado à internet.
O único tipo de aplicativo que ainda não tinha visto “online” era um editor de imagens. Havia algumas tentativas, mas todas bastante limitadas em termos de recursos e com interfaces terríveis. Isto até eu encontrar o Picnik, um editor de fotos online que me deixou bastante impressionado.
Contrariando as tendências da Web 2.0, ele não é beta (foi inaugurado oficialmente há alguns dias), nem escrito em AJAX: o site tem uma interface toda em Flash surpreendentemente leve, e torna muito fácil corrigir as cores, a exposição e a nitidez das imagens, bem como fazer uma série de outros ajustes e aplicar vários efeitos. Para usar o site, basta fazer um cadastro gratuito, embora alguns recursos do programa, como os efeitos especiais mais avançados, só estejam disponíveis para contas premium, que custam US$ 24,95 por ano.
A interface é bastante simples e organizada em abas, cada uma representando uma tarefa. Comece na aba Photos para escolher uma imagem em seu computador, ou importar uma de sites como o Flickr, Picasa Web Albums, Facebook e Photobucket. Também é possível pegar uma imagem de um site (basta dar a URL, e o Picnik mostra as imagens disponíveis) ou fazer buscas no Yahoo! e Flickr diretamente de dentro do “programa”.
Na aba Edit ficam as ferramentas de edição de imagens, como Auto-fix (faz uma série de ajustes automáticos na imagem, como cores e níveis), rotate (para girar ou “endireitar” uma imagem torta), crop (para fazer recortes), redimensionamento, ajustes de exposição, cor e nitidez e remoção de olhos vermelhos. Mesmo editando imagens grandes (2304×1728 pixels) todos os ajustes foram feitos rapidamente, e em nenhum momento o site engasgou ou deixou de responder.
A aba Create abriga uma série de efeitos, dos tradicionais preto-e-branco, sépia e negativo, gratuitos, a truques mais sofisticados, como desfocagem ou preto-e-branco seletivo, mapa de calor, Lomo e Holga (estes dois imitam a imagem produzida por câmeras fotográficas antigas), reservados para os usuários pro. Também há ferramentas para inserção de texto, formas geométricas, retoques (como remoção de marcas e manchas) e molduras.
Com tudo pronto, é só ir à aba Save & Share para salvar sua obra de arte. Você pode baixar o arquivo para seu computador (e escolher a resolução e o formato), mandar para alguém por e-mail, ou postá-la automaticamente no Flickr, entre outros sites.
O Picnik é um ótimo exemplo da nova geração de programas Web: é um excelente editor de imagens e, combinado com sites como o Flickr (e uma conta Pro) um substituto mais que adequado para programas como o Picasa ou o iPhoto. A interface em Flash é bonita, funcional e garante compatibilidade com qualquer navegador com um plugin compatível, afinal Flash é Flash e não tem os “detalhes” e bugs de implementação de cada engine HTML no mercado. O único porém foi que ele foi muito mais ágil no Firefox do que no Safari, em um Mac Mini G4 de 1,25 GHz com 512 MB de RAM.
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[…] Então, mais um produto incorporado à nave-mãe. Se vocês quiserem conhecer um pouco mais do Piknik, tem uma resenha a respeito dele nesse link aqui. […]
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