A LG anuncia hoje (18) o lançamento da sua linha 2020 de televisores com tecnologia OLED, com quatro novos modelos: três da família CX (55, 65 e 77 polegadas) e um da família GX (65″).
Estou com uma LG OLED CX de 55 polegadas (modelo OLED55CXPSA) em casa há duas semanas e muito empolgado com a nova tela. É excelente para ver filmes.
LG OLED CX: o que importa
- Qualidade de imagem para ver conteúdo HD e 4K é excepcional, com diversos ajustes finos de imagem e até um modo profissional para ver como o diretor imaginou o filme, tem Dolby Video/Audio em vídeos selecionados (Netflix e AppleTV+).
- Qualidade de imagem para ver TV a cabo (lembrando que a fonte da Claro/NET é 1080i) é variável, podendo ficar com artefatos de imagem dependendo do canal. Mas é aceitável o upscaling.
- Qualidade do som é impressionante, mesmo sem uma sound bar e dá uma percepção de som que passeia no ambiente.
- Tem Google Assistente e Amazon Alexa, o que é legal.
- O controle remoto é irritante com o cursor de mouse.
- Eu compraria uma? Sim. Tecnologia OLED ainda é muito cara, mas sou saudosista das telas de plasma e é o que mais parece com minha velha TV enviada para reciclagem.
- Aviso: esta TV OLED foi oferecida para review como doação pela LG. Aceitei a TV com a condição de manter imparcialidade e ser 100% independente na avaliação. E checar as chances de ocorrer algum problema de burn-in na tela a médio-longo prazo (a fabricante diz que é muito raro isso acontecer, mas se acontecer, atualizo este texto).
Design, especificações técnicas
A TV da LG é um modelo com tela de 55 polegadas com resolução 4K, com tecnologia OLED no display, que utiliza LEDs orgânicos que se auto-iluminam, criando uma imagem com maior nitidez e maior qualidade de reprodução de cor e contraste. O televisor vem com um processador LG α9 de terceira geração, recursos de inteligência artificial integrados, diversos assistentes virtuais (LG ThinQ, Google Assistente e Amazon Alexa), 120 Hz de frequência da tela e compatibilidade com Apple Home Kit.
A LG OLED CX roda Web OS 5.0 e tem quatro portas HDMI 2.1, três portas USB, uma RF, uma saída de áudio óptico digital e conectividade Wi-Fi, Bluetooth e uma porta Ethernet. O alto-falante tem 40W RMS de potência e fica integrado na traseira.
O design da TV é ultra-fino na parte superior até a metade – já que não tem um painel traseiro de retroiluminação como nas TVs LED – e fica mais espessa na outra metade inferior, onde se integra à base. O modelo pode ser instalado na parede também. Algo curioso para esse tipo de TV é que a base deixa a TV muito pouco elevada e próxima à superfície da bancada onde ela está instalada. Assim, usar a LG OLED CX com uma sound bar (ou mesmo deixar objetos na frente) pode ser um pouco incômodo.
Vale lembrar que a LG não tem modelos OLED 8K à venda no Brasil, como no exterior. A marca tem dois modelos recém-chegados ao varejo com tecnologia de tela NanoCell de 65” e 75“, que podemos comparar às telas QLED 8K da Samsung e TCL.
Controle remoto
O controle remoto Smart Magic é um controle nada convencional, apesar de parecer com um. Você pode usá-lo para navegar usando as setas direcionais (como um humano normal) ou passar raiva quando ele ativa sozinho o modo “mágico”, que ativa um cursor na tela, como um mouse.
Sei que é uma questão de prática (deixei mais lento e menor nas configurações), mas seria melhor para a TV como um todo desativar esse cursor dos infernos (suprimi diversas vezes o desejo de jogar o controle na parede, relevado pela ótima qualidade de imagem da TV).
Não entendi também (e não encontrei onde desativar) o modo de iniciar a reprodução automática do Netflix após uma pausa no programa… que volta sozinho não ao dar play, mas ao MOVER o controle remoto (nem sempre estamos prontos para continuar a ver, certo?).
Mas tem um app
De qualquer forma, o app LG ThinQ para Android funciona como controle remoto também, muito mais amigável e um melhor substituto que quase sempre está à mão. E os botões dedicados para Netflix e Amazon Prime Video são úteis. Além disso, o microfone integrado ao controle remoto permite usar seu assistente digital favorito – Amazon Alexa ou Google Assistente (tem também o ThinQ da própria LG, mas acredito que ele precisa de um tempo de treinamento para entender o que você realmente gosta para sugerir programas/canais/filmes relevantes).
Escolhi a Alexa como assistente principal, mas acabo não usando muito por ter um Echo Studio ao lado, que serve para comandar a luz da sala, imitar dinossauro e contar piada sem graça. Porém a configuração do Google Assistente, que uso menos, é bem fácil também (pelo que entendi, dá para deixar os dois ativos ao mesmo tempo). Mas aqui consigo ligar e desligar a TV pela Alexa – no modelo da Samsung com Tizen era possível apenas desligar a TV, não ligar, usando o comando de voz.
barra de apps configurações rápidas configurações completas painel de controle Loja de apps lista de canais de TV IP
O uso do Web OS na LG é muito simples e fácil. A interface principal se divide por um menu ativado pelo botão Home do controle remoto, que abre a barra de apps favoritos, e um segundo menu de configuração rápida, que se expande ao menu principal. Tem ainda um Painel de Controle, que mostra tudo conectado ao equipamento e as opções disponíveis.
A loja de apps (LG Content Store) é bem completa no geral – tem os apps mais necessários (não encontrei meu streaming de música favorito, o Tidal – que está na plataforma Tizen da Samsung). Em comparação ainda ao Tizen, a LG traz uma lista de canais de TV por IP/streaming pré-carregada – a maioria em inglês, com qualidade de imagem variável. É algo que pode ser desativado com facilidade.
Galeria de Arte
A LG OLED CX tem um modo de ~ descanso de tela ~ chamado Galeria de Arte nas opções de menu. Como o modo Ambiente da Samsung Crystal, mostra fotos com moldura, e dá uma ideia da qualidade da imagem do produto. Tem opções de fotos da natureza, quadros famosos, imagens tranquilas para meditação. Não é algo que eu uso no dia a dia, mas é legal ter na TV de casa.
Qualidade da imagem/som
Confesso que me surpreendi (mentira, já sabia que era boa) com a imagem da LG OLED CX. As telas LED estão cada vez melhores e mais baratas (vide a Samsung Crystal TU8000), mas um display mais caro tem seus motivos de ser. É aqui que você vê que o pixel que se auto-ilumina faz a diferença: o contraste é perfeito, a nitidez é impressionante e realmente os tons pretos são pretos mesmo, não cinza-escuro/muito-escuro.
A TV vem com vários modos de cena ajustáveis, com pequenas variações de cor (mais azulado, mais amarelado, mais claro, mais escuro e por aí vai). Eu não gosto de muito brilho na tela, e acho que o Filmmaker (que é o da “visão do diretor” que citei lá em cima) se adapta melhor ao que gosto.
No geral, streamings HD (Netflix) e 4K (Prime Video) são excelentes para ver na TV OLED, com uma imagem imersiva e muito bem definida. Mas quando comecei a ver algumas coisas na Apple TV+ com conteúdo Dolby Vision, o televisor ativa o modo CINEMA EM CASA e, sinceramente, com pandemia e gente mal-educada nos cinemas, duvido pisar tão cedo num Cinemark da vida.
TV a cabo 1080i é mais complicado, porque nem todo canal tem sinal de boa qualidade. Mas as coisas que vejo (Discovery ID, Smithsonian, CNN International, GloboNews, NatGeo) não tiveram nada excepcionalmente ruim, exceto um ou outro artefato (falha) na imagem. Canais de filmes, como o MegaPix, deram um pouco de motion blur na tela – mas mudei de canal rapidinho.
A qualidade de som é muito boa também. Deixei no modo IA Pro, que ajusta tudo sozinho, e o resultado preenche o ambiente. Dependendo da cena, parece que estou com um home-theater em casa, mesmo sem ter um.
Netflix Netflix Amazon Prime Video Apple TV+ Apple TV+ Apple TV+ TV a cabo HD. Argh.
LG OLED CX: resumo
O que é isso? TV OLED conectada com resolução 4K e tela de 55 polegadas.
O que é legal? Qualidade de imagem impressionante para filmes, upscaling bom de fontes com resolução menor impressionante, som excepcional. E dá para controlar por voz, com Alexa e Google Assistente.
O que é imoral? O controle remoto com sua navegação estilo mouse. Felizmente, ela pode ser ignorada (parcialmente).
O que mais? Existem outros tamanhos de tela desse modelo (65 e 77 polegadas).
Avaliação: 9 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: de R$ 8.399 (modelo de 55″) a R$ 39.999 (77″). Varejistas podem ter preços melhores.
Onde encontrar: LG
Bônus: LG OLED GX
Além da série LG OLED CX, a fabricante coreana lança também a família GX, que é um pouco mais sofisticada. A tela é de 65″ (também resolução 4K) com 20 mm de espessura em toda a traseira, sem a caixa maior da série CX. É feita para pendurar na parede (não tem um suporte de mesa), tem som melhor que a CX e uma pegada mais “artística” no design. Começa a ser vendida em setembro, com o preço sugerido de R$ 19.000.
[…] apps que eu mais uso na minha TV 4K são praticamente iguais: Apple TV+, Netflix, Amazon Prime Video, GloboPlay. Mas não testei o Roku […]
É o futuro aí na nossa cara, logo custarão comos as LCD Led, talvez mais alguns pares de anos.
Oled não é futuro, é transição. Futuro mesmo serão as micro LED, que não têm vida útil pré determinada por não ser orgânica.
Verdade, tinha me esquecido desta tecnologia
OLED é um futuro que é tão futuro faz tanto tempo que desde 2007 quando vi a primeira tela com a tecnologia… nunca baixou o preço 🙁
Que venha a Micro Led então, acho que é mais certeiro que OLED, como disse o colega acima
Tenho uma LG mais antiga. Acho que ela é da primeira geração com o Magic Remote. Na época ele era bem mais simples:
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Minha esposa detesta o controle remoto tradicional que também veio com a televisão. Pra mim, tanto faz, uso o controle que estiver por perto (ou o aplicativo do celular).
Acho que é só uma questão de se acostumar com o uso.
Essa GX é sensacional, mas os cabos ficaram em conduítes dentro da parede, né não? O ideal é ter casa própria para passar vários conduítes e assim esconder os fios, embora por wifi já seja possível acessar praticamente qualquer tipo de conteúdo.
Gostei do comentário sobre TV Plasma. A minha Panasonic P50V20B continua viva aqui. Utilizo agora no modo dinâmico para explorar o máximo de nível de preto e contraste com meu PS4. Já deve estar prestes a morrer, então agora quero curtir o máximo que ela tem a oferecer. Mas vem aí o PS5, o que deve exigir uma Oled como a da matéria, pena que os preços subiram.
a minha plasma durou 12 anos (2008-2020). de um ano para cá ela demorava a ligar, ficava um “clique clique clique” por até meia hora até pegar no tranco. até o dia que não ligou mais…
Se souber a peça que precisa, se não tiver no Brasil, especialmente no Mercado Livre e OLX onde tem muita coisa usada, você pode tentar encontrar no AliExpress ou Ebay e importar.
nesse momento ela já está descansando no centro de reciclagem 🙂