Chromebooks: a plataforma do Google para notebooks está pronta para um uso generalizado, só precisam avisar os fabricantes de hardware para fazer um equipamento um pouquinho mais parrudo por fora.
É o caso do Samsung Chromebook, primeiro modelo da fabricante coreana a ser lançado por aqui. Passei as duas últimas semanas com um e, bem, sobrevivi. A máquina, bem, tire suas conclusões.
Não tenho o que reclamar da configuração de componentes do Samsung Chromebook (modelo XE303C12-AD1BR), com um processador Exynos 5 Dual de 1,7 GHz, 2 GB de RAM, 16 GB de armazenamento interno (expansível com cartões SD), tela de 11,6″ LED (1.366 x 768), duas portas USB (uma 3.0 e uma 2.0), Bluetooth e Wi-Fi, trackpad multitoque e bateria de 2 células com duração estimada de até 7 horas pela fabricante. (fotos do aparelho no hands-on)
A bateria durou em média quatro horas por sessão de uso (tela em 100%, Wi-Fi ligado), o sistema operacional liga muito rápido (pela ausência de disco rígido) e, bem, pela simples ausência de outros meios de verificar o desempenho de um computador que é apenas um navegador, dá para dizer que a experiência geral de uso do Samsung Chromebook é boa.
Existem, porém, os problemas externos:
O primeiro é o teclado estilo chiclet.
Teclas confortáveis, tudo em português e… um problema na hora de escrever algo. Procure o ponto de interrogação “?” ou a barra “/” que costumam ficar no lado direito de teclados no mundo Windows ou Mac.
Achou! Do outro lado, esquerdo, longe de tudo e com a necessidade de usar um atalho (Alt-Gr) para acessar. Tudo bem, é algo que dá para se acostumar, não é um problema sério, só não é intuitivo.
Problema sério mesmo é na hora de preparar a máquina para devolução e encontrar ranhuras abertas nas laterais da tela. O acabamento em plástico prateado do Chromebook já me dava uma impressão de fragilidade (lembrando sempre que o uso de componentes mais baratos leva a um produto final mais barato).
Uma leve pressão no ponto encaixa a peça de novo, mas temo por quem gasta seu rico dinheirinho numa máquina que pode desmontar. E a Samsung diz que esse Chromebook é voltado para estudantes, que vão usar o portátil pra cima e para baixo – e dá-lhe desgaste com o transporte diário.
O uso diário do Samsung Chromebook não difere em nada do que já vimos no modelo da Acer, mas é uma enorme (gigante?) evolução daquele distante protótipo de CR-48 do próprio Google. Uma grande área de trabalho (mais porta-retratos do que “área de trabalho” propriamente dita)…
… com atalhos para os apps principais, um pequeno menu de apps e uma barra de notificações/configurações.
Por conta dos 16 GB internos e da natureza do sistema operacional baseado em arquivos na nuvem do Google, o Samsung Chromebook permite usar um pouco para guardar arquivos offline. Não espere muito: apesar de sincronizar parte do meu Google Drive (hoje com 19 GB ocupados), apenas 7 GB estavam disponíveis na pasta Downloads (sem nada baixado, são 8,5 GB livres).
Mas não importa: ao sincronizar sua conta do Google com o Chromebook, 100 GB adicionais de Google Drive são adicionados por dois anos.
De resto, se você já usou o navegador Chrome, seus apps e extensões, já usou um Chromebook.
O uso do Samsung Chromebook também revelou alguns segredos (pra mim). O primeiro é que o touchpad pode ser usado no modo tradicional (rolagem para cima sobe, para baixo desce), como na maioria dos notebooks com Windows. E em um modo chamado pelo Google de “rolagem australiana”, que inverte a ordem (rolagem para cima desce, para baixo sobe), como no… Mac OS (e é muito mais intuitivo de usar).
Ah sim, a tela de 1.366 x 768 vai até 683 x 384 para baixo…
…ou 1536 x 864 na resolução máxima (e se torna ilegível com caracteres tão pequenos).
E, para ver vídeos, o Chromebook não encontrou nenhum problema para reproduzir arquivos AVI/MP4.
Na parte de apps, sempre comentei que meu principal problema com essas máquinas Chromecast era a falta de apps dedicados para edição de imagem. Utilitários online como o Pixlr Express e o Pixlr Editor (ambos da Autodesk) salvam o dia se você estiver conectado – abaixo o Pixlr Editor:
No fim do dia, o Samsung Chromebook é um notebook para quem precisa de navegador (e hoje 90% do meu dia é na frente de um) e acesso a recursos básicos de produtividade, algo que o Google Docs resolve on e offline.
Como acontece com Android e Windows Phone, a oferta de apps fica sujeita a separar o joio do trigo – itens ótimos como o Pixlr e Angry Birds no meio de inúmeros “mude a cor do seu Facebook” e “use a câmera como espelho”, para ficar em dois exemplos.
Vale o preço sugerido de R$ 1.099 pela Samsung? Pela plataforma Chromebook sim, mais estável e perfeita para produtividade. Mas eu esperaria baixar o preço – e tomaria muito cuidado com a tela desencaixada na lateral e a carcaça de plástico frágil.
Resumo: Samsung Chromebook
O que é isso? Notebook com sistema operacional Chrome OS.
O que é legal? Rápido, 100 GB de Google Drive adicionais.
O que é imoral? teclas em local confuso, carcaça frágil e com problema de estrutura.
O que mais? Faz tudo que seu navegador Chrome faz. E precisa de conexão à internet 98% do tempo.
Avaliação: 5 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: R$ 1.099
Onde encontrar: Samsung
Eu comprei um, peguei uma promoção que apareceu no subcard 900 – 250 reais de desconto de léguas saiu por 650 reais. Gosto dele pois é leve, não tem ventoinha, posso usar em cima de almofadas na cama tranquilamente. Ele COMPLETA meu desktop de casa e do serviço. Mas para ser o único computador da pessoa acho que não da certo. EXTREMAMENTE leve, parece até que tem menos de 1 quilo. Mas ele é um complemento do desktop ou de outro notebook, ele como unico notebook acho que não da. E o uso do browser não é macioooooo, é macio, mas não é muito, as vezes da uma laguizinho leve.
Pagou um preço bom,embora devido ao desconto das leguas. E a resistência? Não tive chance de manusear,mas ja o vi em algumas vitrines….pareceu frágil. O uso offline como fica? Imagino que não existam todos os tipos de programas para ele,mas existe alguma categoria que não exista opção ?
Cara, ele parece ser meio fragil, pois é todo de plastico fino, para ficar mais leve, mas não me incomoda não, pois só tiro de uma mochila propria para notebook para mesa e da mesa para a mochila, carrego de um lado para o outro na faculdade, mas se cair acredito que vai ter problema, tem uma case super fina para vender no ebay que protege bem ele, o pessoal testa ela jogando ele no chão. Uso offilne é muito limitado, pois tudo vc tem que avisar antes que vai usar um arquivo ou alguma coisa, ele é para uso ONLINE mesmo, quando estou em um lugar sem internet conecto meu celualr nele pela usb e faço roteamento para não gastar bateria do cel, funciona perfeitamente. Existe, vários programas, exemplo, skype, vc não conseguir FALAR no skype. Acesso remoto tem, coisas mais especificas e profissionais não tem aplicativo, como eu disse tem que ter um computador com windows/mac/linux para completar
Tenho um há dois meses e adorei. O Samsung Chromebook ocupa pouco espaço e funciona como se fosse um Tablet com teclado fixo acoplado. O processador é suficientemente rápido e a bateria demora bastante para acabar. O editor de texto “on line” é suficientemente ágil. A máquina é frágil sim, mas quem disse que ela teria que ser robusta?
Também não aderi a um Chromebook por não ter como utilizar o Pacote Adobe e alguns programas de edição de áudio nele. Utilizo uns 20% do tempo e não pra aplicações pesadas, mas faz falta.
Eu compraria um chromebook se viesse com uma tela 2580X1600, com um processador 10 vezes mais rápido, com adaptador wireless padrão AC, com entrada para um chip 4G, com peso abaixo dos 1.2Kg e por um preço de até R$ 2.000,00. Estou pedindo muito?
A medida que o sistema se popularizar podem surgir opções assim,mas no momento oque os chromebooks precisam para emplacar é preço baixo…dos recursos que vc citou, entrada para chip GSM seria a mais desejada…afinal os Chromebooks foram feitos para trabalhar online.
Comprei um Notebook Positivo Sim+ com Core i3 1,8 GHZ, 4 GB de Ram e HD de 500 GB pra minha irma pelos mesmos R$ 1.099…
Sei lá, se custasse uns R$ 850,00 e viesse com 32 GB…
AFAIK economia de espaço. Esse layout com a “/” e “?” no Alt+gr era comum nos netbooks.
Depois de 9 meses de uso, a junção entre a dobradiça e a tela, simplesmente quebrou, meu uso é diário mas não justifica a quebra. Em suma é frágil mesmo.