A Microsoft, como já se sabe, bloqueou o acesso a determinadas partes centrais (kernel) do Windows Vista para desenvolvedores de outras empresas. É um direito dela, sem dúvida.
Só que agora a coisa começa a pegar fogo com acusações de quem seria beneficiado com esse acesso: os principais desenvolvedores de produtos de segurança, que podem integrar melhor seus produtos com o sistema operacional.
Hoje, durante a divulgação da Internet Security Threat, pesquisa semestral da Symantec sobre o status da segurança no mundo, o problema ficou mais evidente. Uma pergunta que eu tenho feito constantemente aos fabricantes de segurança é se os recursos de proteção incluídos no Vista não podem dar uma falsa impressão de proteção ao usuário, que deixaria de se preocupar com o assunto – e correr um possível risco. Eugene Kaspersky, da Kaspersky Lab, acredita que “muitos usuários sabem que o Windows não é seguro” e por isso vão se proteger.
O pessoal da Symantec é mais incisivo na resposta: “A Microsoft não fez nenhum esforço para oferecer acesso ao núcleo do sistema operacional para qualquer fabricante”, disse o porta-voz Bruno Rossini. Douglas Wallace, diretor de engenharia de sistemas, completa: “É um sistema totalmente descolhecido para nós. Acreditamos que o Vista trará novos padrões de ataque totalmente desconhecidos”, afirma. Para completar a confusão, a McAfee também diz que o Vista será inseguro.
Seguro ou não, só sei que quero começar a trabalhar com máquinas virtuais no PC de casa o mais rápido possível.
MUDANDO DE ASSUNTO, ainda na Microsoft: Michel Levy, ex-diretor de operações da TIM, é o novo presidente da Microsoft Brasil a partir de 23 de outubro. Veremos uma guinada pro mundo mobile nos próximos meses? (Eu acho que Vista – e suas consequências – será o tema dominante na Microsoft por um bom tempo…)
O Vista é mesmo seguro?