Depois de 10 anos do lançamento oficial nos EUA (e seis no México, três no Chile…) a Sony acordou e resolveu trazer a linha de notebooks Vaio (fotos abaixo) para o país. São duas linhas iniciais a serem vendidas, ambas topo de linha, com preços e recursos que devem brigar com LG, Dell e HP no mercado high-end. Por que a demora? “Costumo dizer que ainda são 6h no mercado brasileiro de notebooks”, diz Ricardo Domingues, gerente de produto da linha Vaio.
A Sony tem a meta ambiciosa de ter 12% de participação de mercado até 2008. “Nossa briga não é pelo preço”, afirma Domingues. Não é í toa. Por enquanto, o modelo mais barato, da linha SZ, custa R$ 7.999 (preço estimado) – é um modelo com processador Intel Core 2 Duo, 1 GB de RAM, 100 GB de HD e tela de 13″. O outro modelo, da linha TX, é um ultraportátil de 11″ com Intel Core Solo, 1 GB de RAM e 80 GB de disco – sai por R$ 10.999.
Sim, a Sony prevê o lançamento de novos modelos/linhas mais em conta para o futuro. “Começamos pelo topo de linha, depois vamos atrás de mais mercado”, conclui o gerente de produto. O ponto positivo de comprar o notebook via Sony, legalmente: ter garantia, assistência técnica e teclado em português.
A ironia do lançamento é o momento da Sony em relação í s baterias de notebooks em todo o mundo. Dell, Apple, Fujitsu e agora até a própria Sony estão envolvidas em processos gigantescos de recall (até o momento, são mais de 8 milhões de baterias envolvidas) – até a linha Vaio SZ foi atingida (aparentemente, são apenas baterias vendidas na ísia).
Sobre o Blu-Ray e o PlayStation 3
Já que alguns Vaio lá fora já têm drive Blu-ray, por aqui a Sony diz que “estuda a demanda e verifica a necessidade do mercado, tanto para o Blu-Ray quanto para o PlayStation 3”. No caso do PS3, a coisa se complica – a Sony diz que tem muita pirataria de software no Brasil. Como o console tem um drive Blu-ray, talvez possa facilitar um pouco o processo, “mas realmente a pirataria nos preocupa”, explica Marcus Trugilho, da comunicação e marketing da Sony Brasil. Se tem pirataria, tem mercado, não? E vir oficialmente não ajudaria a derrubar esse mercado ilegal, dona Sony?