Faz um certo tempo que o assunto “Yahoo! + Microsoft” andava parado. E hoje cedo o Yahoo! publicou uma carta aberta a Steve Ballmer, executivo-chefe da Microsoft, enfatizando mais uma vez que não quer ser comprado pela turma de Redmond. Quer dizer, agora eles falam que, bem, podem ser comprados se (e somente se) a proposta atingir o valor máximo que o Yahoo! entende por ter (e definitivamente não é o de US$ 31 por ação proposto pela Microsoft). A carta também é uma resposta ao ultimato da Microsoft divulgado na última sexta-feira.
O documento é assinado por Jerry Yang, CEO do Yahoo!, e Roy Bostock, presidente do conselho de acionistas da empresa. Alguns trechos interessantes, traduzidos livremente:
“Caro Steve:
Nosso conselho revisou sua carta mais recente nos lembrando da proposta não-solicitada que você fez para adquirir o Yahoo! em 31 de janeiro de 2008.
Nosso conselho considerou com cuidado a proposta não solicitada (…) e a rejeitou publicamente em 11 de fevereiro de 2008. (…)
Ao mesmo tempo, continuamos a deixar claro de que não nos operemos a uma transação com a Microsoft se ela é de interesse dos nossos acionistas. Nossa posição é simplesmente de que qualquer transação deva ser em um valor que reflita por completo o valor do Yahoo!, incluindo quaisquer benefícios estratégicos para a Microsoft, e em termos que garantam, sem dúvidas, benefícios aos acionistas.
Continuamos a lançar novos produtos e tomar ações que aumentem nossa escala, tecnologia, pessoas e plataformas, de modo a executarmos a estratégia que articulamos publicamente. Hoje, por sinal, anunciamos o lançamento do AMP!, uma nova plataforma de gerenciamento de publicidade projetada para simplificar o processo de compra e venda de anúncios online
(…) O ponto de vista do conselho sobre sua proposta não mudou. Continuamos a acreditar que a proposta não atinge os melhores interesses para o Yahoo! e seus acionistas. (…)
Para concluir, por favor nos permita reafirmar nossa posição, para evitar confusões. Estamos abertos a todas as alternativas que maximizem o valor para o acionista. Para ser claro, isso inclui uma transação com a Microsoft se ela representar um preço que reconheça por completo o valor do Yahoo! (…) Não iremos permitir que você ou qualquer outro adquira nossa empresa por nada menos que seu valor completo.“
E a novela continua…
As duas empresas não são gigantes à toa e chegaram onde estão por muito profissionalismo, e seguem o ritual da boa negociação onde buscam conhecer os limites de cada parte.
Não será uma batalha fácil, mas será uma ótima guerra entre duas potências do marketing e internet.