Ainda estamos a um ano de ver um Ubuntu Phone, o aparelho rodando a versão móvel do sistema operacional baseado em Linux, mas já dá para ter uma ideia do que vem por aí.
Um smartphone, rodando Ubuntu Phone, está em demonstração no estande da Canonical na CES 2013, e eu fui lá ver o que o mais novo entrante na guerra dos sistemas móveis tem a oferecer.
Eu, como quem usa/usou/testou aparelhos com Symbian, Maemo, Meego, Windows Mobile, Windows Phone, iOS, Palm OS e Android nos últimos anos, fica com a impressão de que o Ubuntu Phone é um grande remix das boas ideias do que já foi oferecido antes.
A sua interface, totalmente baseada em gestos, é bonita e fluida na demonstração – note que as fotos deste post foram todas feitas na mão do demonstrador da Canonical, que não deixa ninguém da imprensa tocar no aparelho.
A foto que abre este post é da tela de travamento do Ubuntu Phone, que traz diversas informações sobre a vida online do usuário – emails, tweets, mensagens etc. Um gesto (arrastar) na lateral esquerda da tela traz o que se pode chamar de “menu principal”, que nada mais é que uma lista de ícones de aplicativos.
Arraste de novo a tela da direita para a esquerda e aparece uma espécie de tela principal, com os apps mais usados e uma lista de notificações, seguida por uma lista de mídia (sugestões de filmes, por exemplo) baseada no interesse do consumidor (isso é esquisito) e assim vai. Não existe uma lista fixa de aplicativos como no iOS ou no Android. Depois de estar nessa tela home, o gesto direita-para-esquerda se transforma em alternar entre apps.
Arrastar de cima para baixo traz um menu longo contextual, que traz mensagens e que pode ser re-arrastado para a esquerda, trazendo novas informações e configurações sobre o aparelho.
Como data e hora, por exemplo.
O mais interessante do Ubuntu Phone, na rápida demo, foi a integração entre aplicativos e serviços web (calendários, fotos no Facebook e assim por diante). A organização de ícones no calendário…
… e nas fotos é bem bonita e parece bastante fluida para navegação.
Entre os demais gestos, arrastar a tela de baixo para cima traz um menu contextual de botões, para mostrar opções de compartilhamento de uma imagem, por exemplo. Simples e funcional.
No fim das contas, acredito que muita coisa vai mudar nesse Ubuntu Phone até ele ser lançado em algum momento de 2014, o que ainda está longe. A primeira impressão é que o sistema e sua interface se apropriaram de várias ideias presentes no Maemo/Meego e até mesmo no Windows Phone (com notificações centralizadas em pessoas, independente do meio que foram enviadas – SMS, e-mail, Facebook ou o que mais inventarem). É um trabalho em evolução, e que pode melhorar bastante até o ano que vem. A conferir, claro, em um futuro não tão próximo.