Chromebooks no Brasil são um pouco como cabeça de bacalhau: você sabe que existe, mas é difícil de ver – mesmo com marcas como Acer, Samsung, Positivo e Multilaser tendo produtos no mercado.
Semana passada, durante o Google Cloud Summit 2018, a Acer mostrou seus modelos mais recentes, com atenção especial aos mercados de educação e corporativo (o que explica bastante a razão da raridade dos Chromebooks no varejo brasileiro).
A conexão à internet no Memorial da América Latina, onde ocorreu o Cloud Summit, estava muito ruim (por isso sem fotos das telas/interfaces dos aparelhos, mas é… o navegador Chrome, afinal). Algo muito interessante foi que a Acer emprestou Chromebooks para os participantes do evento – bastava deixar o documento em garantia e devolver no final do dia. A ideia era dizer que, em empresas que usam Chromebooks como equipamento principal (a Whirpool é uma delas), você não tem mais computador pessoal – qualquer um serve, já que tudo está na nuvem.
Falando com Chung-Min Cheng, gerente de produto sênior da Acer, durante o evento, deu a entender que consumidor final não faz parte (ainda) da estratégia de Chromebooks da marca para o Brasil.
O primeiro passo foi dado com o mercado educacional (o modelo Chromebook 11 N7 tem fabricação local e, esse modelo, para mim, é tudo que os netbooks nunca conseguiram ser direito – robustos e eficientes). A próxima iniciativa – ainda com máquinas importadas – é o mercado corporativo e a impessoalidade da máquina por usuário, só chegar na firma e pegar seu Chromebook.
Dei uma olhada rápida nos modelos – como não são vendidos direto ao consumidor, não têm preço sugerido.
Corporativo
Acer Chromebook 514
É um modelo com chassi em alumínio, tela de 14″ Full HD, touchpad de vidro protegido por Gorilla Glass, webcam e duas portas USB-C e duas USB 3.0, com duração de bateria de até 12 horas e processador Intel (Celeron ou Core).
Acer Chromebook Spin 13
Esse é o modelo avançado para empresas, com tela QHD (2256 x 1504) em proporção 3:2, processador Intel de 8a geração, autonomia de bateria de até 10 horas e uso de caneta stylus (Wacom) com a tela – a caneta fica escondida na base do portátil. Tem o design mais bonito, ao meu ver, entre todos os modelos.
Educacional
Acer Chromebook 11 N7
Fabricado no Brasil, é o que o Nagano chama de “notebook pra tomar pancada”: como é vendido para escolas, é cheio de proteções (queda de até 1,20, reforço na dobradiça da tela para não quebrar se for pego pelo topo do monitor, certificação militar, teclado-que-não-solta-tecla-com-a-tampa-da-caneta e – o mais legal pra mim – o teclado resistente a água: até 330 ml de líquido (=um copo d’água) podem ser derramados e escorrem pelos furinhos embaixo do portátil. Tem processador Intel Celeron e 32 GB de armazenamento.
No uso em sala de aula, o Google oferece um “armário” para guardar os Chromebooks com segurança e recarregar a bateria em conjunto.
Acer Chromebook Spin 11 (segunda geração)
Ainda no mercado educacional, o Spin 11 é uma versão do 11 N7 com a tela conversível e um design melhorado e caneta stylus, mais sofisticado-porém-ainda-resistente-a-criancinhas. Processador Intel Celeron (dual ou quad-core), 8 GB de RAM e até 64 GB de armazenamento interno. Não vem para o Brasil ainda (uma terceira geração deve ser anunciada em breve).
[Acer]
Estéticamente, nenhum deles me passou uma boa impressão.
Agora, a maior curiosidade que eu tenho, sendo um profissional de TI, é em como o Google Garante que os dados da minha empresa não serão vazados. Aonde está o controle do meu ambiente, assim como no Azure.
Para a galera mais tradicional – falando em profissionais de TI -, falta uma palavra que eles gostam bastante de ouvir: controle.
Minha experiência com chromebooks see resume a instalação da versão do ChromeOS da neverware. Um Netbook HP e um note LG. O teste do sistema acabou sendo minha esposa que utiliza o note sem sequer notar o sistema novo. Acredito no potencial do produto, até ja sinto que os tablets Android vao ser descontinuados e teremos tablets chrome. Para a máquina principal, ainda acho o sistema não maduro, quase como substituir um Pc Windows por um iPad. Mas com o preço correto, que o consumidor brasileiro ainda não viu, ele pode ser o PC “extra” de muitos…ou máquina principal para quem não precisa fazer muito e so pode pagar pouco. Iniciativas como a da neverware , autorizada pelo Google podem auxiliar no crescimento do sistema, dando nova vida a hardware velho e possibilitando que mais pessoas testem o sistema.
Quando a gente vê chromebooks com tela full hd (ou mais resolução) e tem dificuldade pra achar computadores sem ser de nicho (gamer, ultraleve premium) sem tela 768p é porque nosso mercado tá todo errado mesmo…
Achei mais bonito o Chromebook 14, porque certamente está me lembrando o MacBook Air, mas o tipo de memória é MMC e não SSD. Já o preto tem um tipo de dobradiça que acho esteticamente ruim e que me parece mais frágil. No folder do link tem o Chromebook 514, este sim bem bonito, embora não dê para ver o tipo de dobradiça.
Ainda no link, tem um bacaninha Acer Chromebox que fiquei curioso para ver um review. Não consta o armazenamento. Fiquei curioso para saber sobre o “gerenciável” do título, como sendo o melhor do produto. Tem também um tablet com promete realidade aumentada. Vale a pena a empresa ceder os produtos para você.
Atualizando: o 514 tem as mesmas belas dobradiças do 14. Já o Chromebox custa absurdos $726, sendo que o Mac Mini custa pouco mais que isso, $799.
[…] Acer do Brasil participa ativamente segmento de Chromebooks no País (já falamos muito sobre isso aqui e aqui) oferecendo diversos modelos para o mercado local que, aos poucos, começa a adotar esses […]