No próximo dia 5 de agosto, a Samsung anuncia (online, óbvio, por causa da pandemia) a próxima geração do smartphone com caneta stylus, o Galaxy Note 20.
Eu estive em quase todos os eventos oficiais de anúncio do Galaxy Note e lembro um pouco da história – que se mistura com a minha própria história no jornalismo de tecnologia.
Galaxy Note (2011)
O Galaxy Note original foi anunciado em 01 de setembro de 2011, na coletiva de imprensa da Samsung durante a IFA Berlin. Lembro que foi um produto a mais no meio dos anúncios – 2011 era a era dos tablets Android querendo criar alguma concorrência para o iPad da Apple, e o destaque na época era o Galaxy Tab 7.7. A coletiva foi em uma sala de conferências da própria IFA.
Escrevi na época: “Além do Galaxy Tab 7.7, a Samsung anunciou hoje na IFA 2011 o Galaxy Note, um smartphone da categoria “está feliz de me ver ou tem um gadget no seu bolso?”, com tela de 5,3 polegadas e caneta stylus para tomar notas.”
No hands-on, um comentário que volta como um soco na cara (a minha, claro) anos depois:
“E na mão: na minha – e não tenho mãos pequenas – mal cabe direito”.
O review do Note original é divertido de reler:
O Samsung Galaxy Note é um dispositivo que gera controvérsias: dá para amá-lo e odiá-lo em poucos minutos de uso. É o aparelho Android mais rápido do mercado hoje, com recursos multimídia incríveis, mas nos leva a questionar se é mesmo um smartphone? Ou é um tablet?
O termo “foblet” (fone+tablet) me parece mais eficaz e joga o Galaxy Note para um novo nicho, mais específico e focado no público-alvo. No meu ponto de vista, o comprador potencial do aparelho é artista/desenhista/quer-ser-artista ou que toma notas compulsivamente em um caderninho (jornalistas? advogados?).
O Samsung Galaxy Note é o típico aparelho criado para testar o mercado. A atual situação financeira da Samsung permite esse tipo de experimento, entretanto. Não se pode negar o capricho no hardware e no software vindo da turma de Seul, mas a facilidade de uso (independente do tamanho da mão do consumidor) é um grande problema para o Galaxy Note. Vale a pena investir o preço sugerido de R$ 1.999 em um aparelho desses? Se você não precisa da canetinha stylus para desenhar ou criar (e nisso o Note é realmente digno de nota), a resposta é não.
Galaxy Note II (2012)
O Note II (perceba os numerais romanos, que duraram por mais um tempo) foi anunciado em 28 de agosto de 2012 já como produto principal em um evento de nome Unpacked, não mais um no meio de um monte de outros, algo comum em grandes feiras como a IFA. Mas teve seus coadjuvantes, como a primeira Galaxy Camera (com Android!).
Já foi anunciado com previsão de lançamento no Brasil: outubro.
Seu design é uma mistura do tamanho grande do Galaxy Note original, anunciado na IFA Berlin 2011, e o smartphone topo de linha Galaxy S III.
Do hands-on (e eu provando de novo que estava errado!):
De qualquer modo e mesmo sendo um sucesso de vendas da Samsung, eu ainda acredito que o formato de foblet (smartphone + tablet) não é lá dos melhores para colocar no bolso e lidar o dia todo. Como dá pra ver abaixo, em uma mão qualquer ele parece gigante – e é. Talvez o próximo passo da evolução humana seja ter dedões maiores para tocar o canto superior dessas telas imensas (meu limite pessoal é 4,3″).
O Note II chegou ao Brasil pelo preço sugerido de R$ 2.299.
Galaxy Note 3 (2013)
Em 04 de setembro, estava eu de novo em Berlin para ver os Galaxy Note envoltos em couro falso (argh) e sem algarismos romanos no nome no Unpacked no Tempodrom e a Samsung prometer um lançamento para o mês seguinte por aqui.
Foi um aparelho da época da transição do 3G para o 4G no Brasil, e um dos primeiros a ser apenas compatível com redes 4G por aqui – e já filmava em 4K. Aqui a Samsung já mostrava o potencial de tela-grande-com-estrutura-menor que vemos nos Notes atuais e trazia uma grande evolução no software da S-Pen.
O novo foblet Samsung Galaxy Note 3, anunciado ontem à noite em Berlim, será lançado no mercado brasileiro no início de outubro. Seu companheiro, o relógio-esperto Galaxy Gear, também chega na mesma época – e fabricado no Brasil. Ah sim, a câmera de 13 megapixels faz vídeos em 4K, mas ela tem algumas limitações por enquanto, como desabilitar fotos simultâneas à captura de vídeo ou fotos com as duas câmeras simultaneamente:
Seus aparelhos-companheiros foram o Galaxy Gear e o tablet Note 10.1.
Galaxy Note 4 (2014)
Em 2014 o nome “foblet” era a melhor definição para a linha Note. E foi o ano que eu não estive em Berlim (mas tinha uma representante lá), também trazendo a informação do lançamento no mês seguinte e a confirmação de que o Brasil era um mercado grande para a Samsung. Seu companheiro de lançamento foi o Galaxy Note Edge, o primeiro aparelho com borda escorrida (que depois apareceu no Galaxy S6 Edge, S7 Edge e virou padrão a partir do S8).
A Samsung confirmou hoje que o novo foblet Galaxy Note 4 e o smartwatch independente (que tem 3G embutido) Gear S serão lançados no mercado brasileiro já no mês de outubro. De acordo com Roberto Soboll, diretor de produtos de telecom da Samsung Brasil, “nosso país é importante o suficiente para isso”. Entretanto, nenhum preço sugerido foi divulgado.
O aparelho chegou aqui por R$ 2.899 também. E já ocupava um lugar quentinho no meu coração:
Já disse isso por aqui, e vale sempre repetir: a linha Galaxy Note é a mais interessante da Samsung, com recursos de produtividade (e até mesmo inovação de hardware) que surgem nos seus modelos anuais e vão se espalhando aos poucos para as demais linhas de produto da marca (entre os Android, a única companhia que vejo fazendo isso é a LG, mas ainda bem longe). Claro que tal produto com tais configurações topo de linha tem seu preço, que acaba sendo até mais caro que um notebook.
Galaxy Note 5 (2015)
No meio de agosto, o cenário mudou de Berlin para Nova York no Unpacked mais estranho que já fui (e eu estava em um ano estranho também, então combinou): foi um evento menor, com menos gente, cheio de lugares vazios.
A linha de produtos da Samsung estava na transição do Galaxy S6 para a linha S7 no ano seguinte (talvez a melhor geração de Galaxy S já lançada até hoje). Alguns sinais de que mudanças viriam com o anúncio em paralelo do S6 Edge Plus.
A Samsung antecipou sua agenda de lançamentos e anunciou hoje em Nova York seus dois novos aparelhos topo de linha: Galaxy Note 5 e S6 Edge Plus. São dois aparelhos muito parecidos nas especificações técnicas, com pequenas diferenças de estilo e design, e que chegam ao mercado brasileiro em setembro.
A apresentação da Samsung (com menos convidados do que de costume em comparação com feiras e com recepção fria da plateia para os novos anúncios) teve um foco muito grande no interesse do consumidor em telas grandes (mercado que a Samsung abriu as portas com o Note original em 2011). Some a isso a explicação de que o Note 5 é para quem procura um foblet (híbrido de smartphone com tablet) para multitarefa/produtividade e o S6 Edge Plus, para quem procura entretenimento/diversão na tela grande.
Galaxy Note 7 (2016)
2016 parecia ser o ano excelente da Samsung. O Galaxy S7 já tinha sido lançado, era ano de Jogos Olímpicos no Brasil e a marca fez um anúncio global simultâneo em Nova York, Londres e Rio de Janeiro (no parque olímpico). A companhia decidiu pular o Note 6 e mudar o nome para Note 7, alinhando a numeração com a linha principal.
E o Note 7 era o aparelho perfeito: design lindo, acabamento metálico, um S7 Edge grande com telas escorrendo pelas bordas, câmera promissora.
A Samsung inventou a categoria do foblet (fone+tablet) em 2011 ao anunciar o primeiro Galaxy Note. Era um trambolho (para os padrões da época, com sua telona de 5,3″) com o conceito de ser um smartphone para produtividade, por conta da área útil da tela e sua caneta S Pen.
Só que o que era esquisito virou padrão nesses últimos cinco anos: a tela de 5″ ou mais se tornou comum, e o Galaxy Note ficou mesmo com essa cara de “smartphone de negócios” (exceção feita ao Note 4 Edge, o primeiro com tela curvada, ainda que só de um lado).
Para ajudar, nossos amigos coreanos perderam um pouco a mão no design dos Galaxy topo de linha (notadamente o S5) e começaram a se reencontrar no S6, acertando em cheio no S7 e no S7 Edge (um favorito deste blog em 2016, por sinal).
O Galaxy Note7 é a consolidação dos acertos de design e hardware da Samsung. Tela curvada e grande, processador rápido, novos recursos de segurança, câmera veloz: está tudo lá, assim como a velha e boa canetinha S Pen, agora com poderes renovados.
mas não era pra ser o ano perfeito
O Galaxy Note 7, semanas após seu anúncio, chegou às lojas no exterior. E começou a pegar fogo e explodir, a Samsung fez um recall e o produto saiu de linha.
As explosões da primeira leva fizeram a Samsung fazer um recall mundial do produto – o Brasil não estava na primeira leva de lançamentos, logo não foi afetado (só a mídia especializada estava testando o aparelho, e teve que devolver rapidinho).
Desta vez, a Samsung pediu (ontem, 10/10) para seus parceiros (varejo, operadoras) suspender as vendas dos Note 7 com a falha explosiva corrigida – ao menos cinco aparelhos “novos” explodiram na última semana. É a morte prematura – e veloz – de um smartphone global. Nesses anos todos nesta indústria vital, já vi problemas afetarem novos produtos, mas não me lembro de produtos descontinuados em tempo tão rápido.
E eu consegui escrever um review de homenagem ao smartphone natimorto:
O Galaxy Note 7 é a referência da Samsung para aparelhos topo de linha: recursos que estão nele devem aparecer nos demais produtos na geração seguinte, e por aí vai. É um grande aparelho – no tamanho, na tela, nos recursos.
Como o produto está sendo recolhido no exterior (e minha unidade de testes está pronta pra ir embora), resolvi escrever um review-relâmpago sobre os recursos de software que mais gostei. Sim, o Note 7 é o grande aparelho da Samsung neste ano (não fale isso perto do S7 edge, que ele fica com ciúmes).
Fato é que 35 unidades do Galaxy Note7 explodiram mundo afora e, por precaução máxima, a Samsung fez recall do produto. O Brasil não é afetado por isso, já que o lançamento estava previsto para 23 de setembro.
Uma “fan edition” do Note 7 chegou a ser vendida na Coreia meses depois (teve muito americano que não devolveu!), e o aparelho ficou conhecido por aparecer em avisos de embarque em aviões por mais uns dois anos, mesmo com o recall. Não era o ano da Samsung.
Galaxy Note 8 (2017)
Em agosto de 2017 voltei a Nova York para ver o que a Samsung fez para mudar a imagem de “aparelho que explode” na nova geração do Galaxy Note. Segurança foi a mensagem principal.
A Samsung anunciou hoje em Nova York seu mais novo smartphone topo de linha, o Galaxy Note 8. O aparelho chega com configuração premium, novos recursos para a caneta stylus S Pen e uma reforço na mensagem de aumento de segurança na bateria.
E teve o palco mais legal que já vi em um evento/coletiva nesses 21 anos de jornalismo de tecnologia:
Teve um preview e um review de 50 dias de uso:
A Samsung lança hoje no Brasil seu smartphone topo de topo de linha, o Galaxy Note 8. Em vez de escrever um longo review falando de novo que já disse antes (e repetindo o eco de outros reviews), resolvi listar as coisas que eu mais gostei no aparelho. Conseguir amostras de produtos para teste um dia após o seu anúncio mundial é algo muito raro.
Nesse meio tempo outros celulares foram anunciados, mas me mantive 75% do tempo com o Note 8. E cheguei a uma conclusão importante após esse tempo – mais do que qualquer outro período que eu tenha passado com um modelo da linha Galaxy Note: a danada da caneta Stylus, ops, S Pen, é viciante. Agora eu entendo porque muitos consumidores no exterior ficaram bravos quando ocorreu o recall do Note 7. Como ficar sem a canetinha? (Samir me fala isso faz tempo, mas olha, era difícil me convencer).
Galaxy Note 9 (2018)
De novo em Nova York, com a mancha do Note 7 borrada pelo bom desempenho do Note 8, o Galaxy Note 9 é o mais pessoal para mim: foi o único Note que tive até hoje.
Do preview:
A Samsung anunciou hoje em Nova York seu novo smartphone Galaxy Note 9. O aparelho, conhecido pela S Pen integrada, é nada mais que uma versão turbinada (e com a stylus, claro) do Galaxy S9+, anunciado em fevereiro – com novos truques na manga, ops, na caneta.
Mas a adição do controle remoto é bem interessante – dá para controlar apresentações na tela externa usando DeX, usar como disparador para selfies, ativar a câmera traseira, abrir apps – a lista de funções é grande. Infelizmente, a S Pen com Bluetooth não é compatível com modelos antigos de Galaxy Note (meio óbvio, mas bom citar).
E do review fotográfico e o de quase sete meses de uso:
A One UI é bem mais simples de usar que a Samsung Experience anterior, e a navegação por gestos me deixou contente – nem todo mundo se adapta a ela na base da tela, mas não vejo como um problema. Não vejo problemas de lentidão conforme o tempo, então o Note 9 continua firme e forte.
Tem a Bixby e seu botão dedicado, mas ambos continuam desativados. E tem o DeX, a experiência desktop de ligar o Note 9 a uma tela e usá-lo como um “computador”, tendo a tela do smartphone como um trackpad e – se quiser – conectar um teclado externo.
Tem um hardware topo de linha (ao menos até agosto-setembro deste ano, quando um novo Note deve ser anunciado), a câmera é muito boa, a bateria também e é um Samsung sem intervenções na tela, talvez o último em algum tempo. E a S Pen é uma adição muito útil para produtividade.
Galaxy Note 10/10+ (2019)
Nova York de novo, agosto de novo, nos Galaxy Note com acabamento mais divertido/bonito/surreal que a Samsung inventou. Dois modelos de Galaxy Note (10 e 10+):
A linha Galaxy Note 10, da Samsung, cresceu. Agora, além de apenas um modelo por ano, são dois – o Note 10, com tela Full HD de 6,3 polegadas, e o Note 10+, com tela Quad HD de 6,8 polegadas, anunciados hoje em Nova York.
A lógica por trás dos dois modelos segue a mesma estratégia adotada pela Samsung na série S10, compartilhando a mesma configuração geral e uma ou outra diferença no irmão maior (mais RAM e armazenamento, bateria, resolução de tela e um sensor a mais na câmera, em resumo).
A própria Samsung comenta que a existência de dois modelos significa expandir seu público-alvo da linha Note, até então o pessoal já viciado em usar a canetinha (como eu) e um mercado mais profissional, digamos assim. O modelo Note 10+ é pensado em quem procura desempenho máximo, e o Note 10 para novos consumidores que podem conhecer essa experiência de usar a canetinha S-Pen.
Chegou aqui caro (começando em R$ 5.299 e chegando em R$ 6.799) e uma grande câmera:
- Gosto muito da tela grande, quase sem bordas e muito nítida (como sempre, mas ainda acredito que o modelo menor é mais interessante). Ainda preciso confirmar umas coisas, mas acho que é o modelo da Samsung com notch/entalhe que menos me incomoda durante o uso.
- A tela veio com película instalada (isso é novo, Samsung?)
- A câmera traseira é interessante e bem parecida com a do S10+, com algumas brincadeiras divertidas no processo. O modo noturno parece promissor também.
- Estou ainda um pouco confuso com o botão liga/desliga do lado esquerdo (pelo menos o botão da Bixby foi embora).
- O leitor de impressões digitais foi para uma posição mais para cima da tela – também é uma questão de se acostumar com a nova posição – e errar bastante para encontrá-la. E eu sinto falta do leitor de íris do Note 9.
- Não usei nada da caneta S-Pen (e seus novos gestos) ainda.
- A cor Aura Glow lembra um velho e bom CD/DVD (obrigado @roniuj pela referência).
Evolução dos preços da linha Galaxy Note no Brasil
(ou como perceber que em menos de dez anos nosso poder de compra diminuiu bastante)
Modelo | Preço no lançamento brasileiro |
Galaxy Note | R$ 1.999 |
Galaxy Note II | R$ 2.299 |
Galaxy Note 3 | R$ 2.899 |
Galaxy Note 4 | R$ 2.899 |
Galaxy Note 5 | R$ 3.799 |
Galaxy Note 7 | R$ 4.299 |
Galaxy Note 8 | R$ 4.399/R$ 4.799 |
Galaxy Note 9 | R$ 5.499/R$ 6.499 |
Galaxy Note 10/10+ | R$ 5.299/R$ 5.999/R$ 6.700 |
Galaxy Note 20: o que esperar?
Em um ano de pandemia global, o evento será online – estou curioso para ver o formato que a Samsung vai adotar, desta vez em uma transmissão gravada na sede da companhia, na Digital City. Quase todos os detalhes da linha Galaxy Note (Note 20, Note 20+, Note 20 Ultra) já vazaram e aos poucos vejo a linha Note sendo deixada de lado pelos smartphones dobráveis.
O Galaxy Note já cumpriu bem sua função: levar o mercado inteiro de smartphones para telas maiores. Foi o pioneiro nisso, e a Samsung merece todo o crédito por investir em uma ideia que, olhando direito, parecia pouco provável de vingar em 2011. Se seu iPhone 11 Pro Max tem uma tela grande hoje, agradeça ao Galaxy Note.
Mas os dobráveis são o futuro do mercado de smartphones, e por isso a linha Note 20 pode ser (no meu ponto de vista) a última nesse formato: as telas grandes se consolidaram e os modelos topo de linha acabam espelhando o que o Note faz. Crie uma caneta S-Pen compatível com a tela dobrável de um Galaxy Fold (ou o vindouro Fold 2) e os Note passam a ser substituíveis. A conferir.
[…] história do Galaxy Note, esta é a segunda vez que não estou no evento oficial (perdi apenas o do Note 4). Mas a Samsung […]
[…] do produto indica que os dobráveis na Samsung são mesmo parte da família Z agora (lembrando: Galaxy Note/Galaxy S = topo de linha, Galaxy A/M = linha de entrada e intermediários), depois de um simples […]
triste com a futura morte da linha. tenho o note 9 e pensei em nunca mais ficar sem a spen
Henrique, no texto você dá a entender que não tem mais o Galaxy Note 9.
Sendo isso correto, pergunto: não estás sentindo saudades da canetinha?
mudei do Note9 para o S10+ (câmera melhor etc). e sim, estou!