A Nokia fez hoje sua ousada entrada no mundo dos foblets com o Lumia 1520. É um aparelho grande, cheio de números enormes e tecnologias novas – e que não deve chegar ao Brasil tão cedo.
A grandiosidade começa na tela: 6 polegadas, resolução Full HD, com todos os recursos presentes nos demais Lumia topo de linha: tecnologia Clear Black para maior nitidez, modo de alto brilho, visibilidade à luz do sol, proteção com Gorilla Glass 2 e possibilidade de uso com luvas/toque da unha. E na mão fica grande.
Falei com Jo Harlow, vice-presidente de Smart Devices da Nokia, sobre o 1520 e o advento dos foblets. O discurso geral é que é um aparelho que não precisa de caneta stylus para ser utilizado e que, no fim das contas, vai ser usado para produtividade por causa da tela grande e dos apps nativos da Microsoft (=Office).
A Nokia lança o 1520 primeiro no mercado asiático, que, nas palavras de Harlow, “é um grande motivador para esse novo formato de aparelho”; seu preço sugerido no exterior é de US$ 749. Não há previsão de lançamento do 1520 no Brasil ainda.
Tela grande também significa maior área útil de trabalho: a tela inicial agora permite até três colunas de Live Tiles igualmente grandes, o que é bom para quem gosta de botar tudo em uma tela principal (como eu). Nos testes iniciais com o Lumia 1020 nos últimos dias, percebi que o brilho da tela é diferente do usado no 920 – e isso é igualmente perceptível no novo foblet. Explicação técnica: 920 usa LCD, 1020 usa AMOLED, 1520 usa IPS – e está aí a grande diferença.
E por enquanto a Nokia (ou a Microsoft) não entendeu que uma tela de 6″ permite mais espaço para espalhar itens pela tela, aproveitando melhor a área útil – como no teclado, que não tem uma fileira numérica ainda.
De qualquer modo, para ler coisas é uma excelente tela (e consumir mídia e, por que não, usar para produtividade. Afinal, o pacote Office em versão mobile já está ali presente mesmo…)
Aqui, Lumia 1020 parece um anão perto do 1520. E é o primeiro Nokia a vir com um processador quad-core – um Qualcomm Snapdragon 800 de 2,2 GHz.
O design segue a linha consistente dos demais Lumia: corpo único, com acabamento em plástico reforçado. Dá uma sensação de segurança e integridade. Aqui, vemos os slots do SIM card e cartão de memória para expansão do lado esquerdo…
Agora os botões de controle de volume/liga-desliga e disparador da câmera seguem a cor do aparelho (eram feitos em preto em Lumias antigos).
E tem a câmera. O Lumia 1520 vem com uma câmera de 20 megapixels de resolução com tecnologia Pureview. Não são os 41 megapixels do 1020, mas deve manter a experiência e resultados, ainda que em menor escala. Uma das novidades para os modelos com Pureview já presente no 1520 é a capacidade de ajustar foco com toque/refocar/trocar cores/focar tudo, estilo câmera Lytro. Basicamente isso significa o fim das fotos sem foco feitas com telefone, uma inovação monstruosa por parte da Nokia.
O 1520 vem com mais um app novo de câmera, uma melhoria em relação ao app nativo do Windows Phone com ajustes manuais vindos do aplicativo Nokia Pro Cam.
Ainda no software, o novo Nokia Storyteller unifica histórias de fotos – reúne imagens por locais (geolocalizados) independente de onde foram feitas (Pro Cam, Smart Cam, Cinemagraph) para contar uma historinha. 
Finalmente, o 1520 virá em branco, preto…
…amarelo e um novo tom de vermelho/laranja.
Entre os acessórios disponíveis, uma capinha estilo Smart Cover dobrável que funciona como apoio para a tela. O curioso é que enquanto eu mexia na capinha…
A demonstradora chamou atenção para algo interessante: o 1520 tem QUATRO microfones para melhorar a qualidade do áudio em ligações e gravações de vídeo. São dois na frente e dois atrás:
O irmão mais barato do Lumia 1520 é o Lumia 1320 – talvez a única novidade que não vazou antes deste Nokia World – com preço sugerido de US$ 339. Também tem uma tela de 6″, só que com resolução menor (720p), processador dual-core (Qualcomm Snapdragon 400 de 1,7 GHz) e uma câmera ~comum~ de 5 megapixels. Também sai primeiro na Ásia, sem previsão para o Brasil.
