Estava eu esperando o papo sobre drones pessoais no SXSW Interactive 2015 e vi uma apresentação bem legal sobre como os wearables – e mais notadamente seus aplicativos para smartphone – nos ajudam, mas acabamos desistindo deles por diversos motivos (exemplo pessoal: já usei a Fitbit, a Sony Smartband e hoje tento usar o Pebble, que esqueci em casa).
A apresentação de David Caygill, da Iris Worldwide, deu a entender – e eu dou razão total ao autor – de que os wearables e seus apps acabam deixando a gente frustrado ao longo do tempo. Nos EUA, o uso de pulseiras fitness dura, em média, seis meses antes de o gadget ficar esquecido na gaveta.
Então, como resolver isso – e melhorar a saúde, o sono, andar mais e, por que não, melhorar a qualidade de vida no geral?
1) Se encaixe no meu dia-a-dia ou vou te esquecer.
Não precisa ser radical como o Pavlok (wearable que te dá choques), mas forneça maior contexto. Exemplo bacana: o UP, da Jawbone, que não é chato/radical com o usuário.
2) Não faça tudo ser sobre mim, ou vou me entediar.
Aqui, é a questão das metas dos apps. Programas como o Strava inserem um contexto de comunidade, e isso é legal para incentivar seu uso sem esquecer o resto
3) Faça o relacionamento funcionar ou vou te jogar fora
Ir além das metas. Apps como o Duolingo (que não é de saúde, mas ensino de línguas) ou o Headspace (de relaxamento) inserem elementos interessantes na interação com o usuário, e outros como o Carrot oferecem recompensas (ou uma folga nas regras, mesmo que você tenha que pagar por isso).
“O problema é que a humanidade é preguiçosa”, diz Caygill. “E não somos cães ou ratos para usar métodos de Pavlov ou Skinner, temos metas e desafios mais complexos, como ter menos stress, sermos mais conscientes, evitarmos ataques do coração”, conclui.
ZTOP cobre o SXSW 2015 a convite e patrocínio da Dell.