As chinesas Vivo e Meizu mostraram esta semana seus conceitos de smartphones topo de linha sem nenhum botão – o Vivo Apex 2019 e o Meizu Zero.
Um tanto radical (para o momento), porém mostra um passo além no design de novos aparelhos.
Meizu Zero
O Meizu Zero, segundo a fabricante, “não tem botões nem orifícios para alto-falantes, SIM card e porta de energia”. E um acabamento (que nas fotos parece muito bonito) em cerâmica.
Peraí, nada? Nada: na falta de botões, resposta tátil com botões virtuais na lateral e na tela de 5,9 polegadas.
Sem alto-falantes, a tela atua como um deles, graças à tecnologia mSound 2.0 da Meizu – imagino que funcione como nas TVs OLED da Sony, onde o som sai da TV. A entrada de SIM card se resolve com a adoção de um eSIM (que precisa se popularizar mundo afora…) e, sem um conector USB-C, o Meizu Zero usa carregamento rápido (18W!) sem fios.
Nada de preço ou configurações sobre o aparelho, mas o MWC está a um mês de distância em Barcelona.
Meizu Zero: Galeria de Fotos
Vivo Apex 2019
O Vivo Apex 2019, anunciado hoje (24) segue o mesmo conceito do Meizu Zero: nada de botões. A grande diferença é que, em vez de carregamento sem fios, o Apex usa um ímã na traseira (chamado de MagPort pela fabricante e que também serve para trocar dados com um computador) e – chocante para um fabricante asiático – não tem câmera frontal. O leitor de impressões digitais é integrado à tela e funciona em qualquer parte do display.
A VIVO deu alguns (mas não todos) detalhes de configurações – será um modelo com processador Qualcomm Snapdragon 855, 12 GB de RAM (!) e compatível com redes 5G, câmera dupla traseira (12 e 13 megapixels de resolução). Assim como o modelo da Meizu, deve dar as caras no MWC em fevereiro.
VIVO Apex 2019: galeria de fotos
Por que telefones sem botão importam?
Pelo simples motivo de mostrar que ainda existe inovação em design de smartphones. Os fabricantes chineses – Xiaomi, VIVO, Oppo, Meizu – têm dentro de casa um mercado enorme e conseguem experimentar novos desenhos.
Das grandes marcas globais chinesas, a Huawei tem mais escala (e ousadia) em design. A Asus com a troca de CEO e história do fim da divisão Zenfone me parece uma incógnita (tanto que rumores indicam que eles cancelaram a participação em Barcelona).
Faz sentido hoje um aparelho 100% sem botões?
Não – ainda não temos disseminado o uso de carregadores sem fio em todo lugar (e levar um na mochila ocupa mais espaço que um simples cabo…), ainda gostamos de fones de ouvido com cabo (eu, pelo menos) e mesmo baterias portáteis sem fio não são tão populares.
Daqui a cinco anos a resposta pode ser bem diferente.
E é muito interessante ver o mundo de design além das caixinhas da Apple (presa no seu entalhe/notch do topo da linha XS/XR) e Samsung (que, apesar de fazer smartphones lindos, ainda é bem conservadora em comparação aos chineses).
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