A Telefônica unifica suas marcas no Brasil a partir do próximo domingo (15) sob o nome Vivo, e diz que quer se transformar em uma empresa de internet, de acordo com a estratégia divulgada hoje em São Paulo pela companhia.
A mudança atinge milhões de clientes em todo o Brasil: 16 milhões de assinantes de telefonia móvel pós-paga, 57 milhões de clientes de telefonia móvel pré-paga e 10,6 milhões de assinantes de telefonia fixa (fora os de TV a cabo). E, pelo menos, em São Paulo, alguns milhares de orelhões públicos que já começaram a ser substituídos, como os da foto acima.
Na prática, para o consumidor, o nome Telefônica deixa de existir – será apenas a identidade institucional da empresa, como já ocorre na Europa e América Latina com as marcas O2 e Movistar.
Todo o resto (lojas, contas, comunicação com o cliente, pontos de venda etc.) passa a atender por Vivo. Em um primeiro momento, apenas algumas ofertas envolvem telefonia fixa e móvel (como Speedy com celular, por exemplo), mas a nova Vivo afirma que em breve mais ações devem ocorrer para reduzir tarifas e aumentar o uso dos produtos da marca (TV por assinatura, internet fixa, telefonia fixa e telefonia móvel).
“A Vivo é uma empresa de internet”, explica Paulo Cesar Teixeira, diretor geral e executivo da Vivo. O que ele quis dizer com isso? Mesmo com a Vivo atuando em quatro áreas principais, sabe que a internet – ou melhor, o acesso a dados, seja ele no smartphone ou em uma conexão fixa em casa – é o negócio principal da megaoperadora para os próximos anos (números da Anatel e IBGE confirmando mais celulares que fixos no Brasil não me deixam mentir).
Por internet, a Vivo entende o Vivo Speedy, Vivo Box (=Speedy para fora de São Paulo) e Vivo Fibra (banda larga fixa) e 3G Plus (rede HSPA+ para celulares). Pode apostar que o futuro da companhia está nesses serviços – os porta-vozes mal citaram o ato de falar ao telefone.
A principal mudança vai ser mesmo no estado de São Paulo, onde a Vivo tem a concessão de telefonia fixa – e tentar mudar a percepção de marca ruim que a Telefonica tinha como prestadora de serviços (um antigo exemplo pessoal aqui).
A campanha publicitária com o bordão (ops, mantra) “vivo, vivo” (o mesmo de quando a marca nasceu em 2003 da fusão de várias operadoras locais) entra no ar no próximo domingo para tentar educar o consumidor de que agora é tudo uma coisa só – e o tempo vai dizer se o esforço de unir um monte de coisas sob o mesmo guarda-chuva deu certo – começa com boas ofertas para uso de serviços integrados, não?
Em tempo 1: quem montou a campanha publicitária não conhece o blog WTFQRCodes (ou acredita que, sim, humanos normais usam QR Code):
Em tempo 2: Mozilla e Telefônica Vivo farão um anúncio em conjunto semana que vem. Será que é isso aqui?
Espero que role uma promoçãozinha também 😉
Mas a dúvida que fica é: quanto tempo vão levar para queimar no nome "Vivo" também?
A Vivo podia expandir seus produtos para outros lugares do Brasil, ficar só em SP ou Rio não é o Bastante.
Assim como a Oi, que faz tempo que não muda seu conceito e vem sofrendo com isso.
mas a vivo não está só no Rio e SP. Tem vivo aqui no RS também.
"…sem QR code, por favor". Estraga prazer mesmo esse blogger! Nada a ver uma coisa com a outra. Não ver que os QR Codes da Vivo são mais bonitos.
Nada nada mais uns 6 meses e já alcançam a Telefônica em reclamações, porque fato é que quanto mais essas empresas no ramo da comunicação crescem, mais podres ficam os seus serviços. Bem que podia aparecer um Chapolin Colorado nessa hora, em forma de uma empresa voltada exclusivamente a telefonia, e fazer cumprir seu dever de oferecer orelhões preservados, linhas que funcionem, um SAC educado e eficiente, sem ficar nessa babaquice de se misturar com TV, banda larga, etc. Quem assina NET, SKY, ou tem um celular na Claro e vive na amargura da Claro TV e 3G, sabe do que estou falando.
É cruzar os dedos e esperar que essa nhaca toda dê certo.
Só o nome mudou mesmo, pelo que vejo dos orelhões estão somente com cara nova.
[…] Vendo a demo em vídeo e ouvindo o conceito do projeto, me lembrei do falecido WebOS, da Palm – que tinha essa mesma ideia de rodar apps da web. Para a Vivo/Telefonica, é um bom negócio: ela apoia o desenvolvimento de uma plataforma aberta e consegue fugir de restrições de mercado de fabricantes de smartphones (oi, Apple!). Se o projeto chegar ao mundo real no final do ano ou início de 2013, com certeza a Vivo vai oferecer preços baixíssimos para aumentar o uso de internet móvel (lembre que ela é uma empresa de internet agora). […]