OK, a gente já sabe que máquina virtual é uma coisa bacana para servidores (vide o que roda este Zumo que vos fala). Mas… celular com sistema operacional virtualizado é algo que eu nunca havia ouvido falar (ou imaginado uma coisa dessas). Culpe a VMware, que anuncia hoje uma plataforma de virtualização para celulares.
Chamada de VMWare Mobile Platform (MVP), a nova tecnologia permite ‘aos fabricantes de aparelhos reduzir o tempo de desenvolvimento e lançar celulares com mais serviços. E os usuários finais poderão rodar perfis múltiplos – um para uso pessoal e outro para profissional – no mesmo aparelho’. (nota do Zumo: o Nokia E71 faz isso com um sistema operacional só, mas sem os recursos de virtualização).
A idéia é inserir uma camada de software no celular que separa os aplicativos e os dados do hardware, rodando em modo de pouco consumo de energia e memória. Pelo que entendi, os fabricantes agora vão poder criar software e sistema operacional para o celular que funcionam de modo independente do hardware. Assim fica mais fácil portar o software para distintos aparelhos.
Se você pensar que hoje em dia os fabricantes tendem cada vez mais a usar sistemas operacionais open source – vide Android, o futuro Symbian e várias coisas que a Motorola já fez -, isso (se funcionar direito) vai ser uma mão na roda para popularizar sistemas abertos e “poderosos”. Crie um sistema que funciona em todos – poupa tempo e recursos dos desenvolvedores.
Do ponto de visa do consumidor, tem o lance dos perfis múltiplos (ei, eu tenho um smartphone 24×7, quero usar corporativo de dia e pessoal à noite) e uma novidade que parece interessante – criar “personas” no celular que são transferidas de um aparelho para outro com todas as suas configurações (de novo, seria algo parecido com o que a Nokia já faz – tem um assistente de migração que copia arquivos, mensagens, contatos, música, fotos, vídeos etc – de um dispositivo para outro).
O comunicado oficial da VMWare cita uma analista do Gartner que prevê que “até 2012, mais de 50% dos smartphones terão sistemas virtualizados”. Entretanto, não cita potenciais parceiros de hardware ou até mesmo de software para a empreitada do MVP.