A Ovi Store, loja de aplicativos da Nokia, vai passar a aceitar cobrança via cartão de crédito e direto na conta telefônica (via operadora) “em breve”. Pelo que deu a entender com um papo com Fábio Ranieri, gerente de vendas de serviços Ovi no Brasil, a lojina não tem a menor pretensão de ficar restrita aos smartphones. Antes disso, entretanto, precisa atrair os desenvolvedores de software – e por esse motivo que Ovi é um dos temas mais fortes da Bossa Conference, que acontece esta semana em Manaus.
Ranieri diz que a Nokia não acredita que os smartphones têm que ser a única alternativa de acesso a aplicativos no celular: para um desenvolvedor, isso é coisa de nicho. Então, se ele pode sair de 5% do mercado de celulares (smartphones) e pular para participação em 60% do bolo, por que não migrar? A Ovi Store hoje funciona nos aparelhos top da marca, mas também nos aparelhos com sistema S40, mais básicos, porém igualmente conectados – e aí está o grande desafio.
Nagano comenta: Adoro ver as letras miudinhas dessas telas de apresentação. Neste caso me chamou a atenção os itens no canto inferior direito — SmartPhones (da Nokia), Java Phones (da Nokia e da concorrência) e Ultra Low (???). Seria esse último o diminutivo carinhoso de Computadores Móveis Equipados com Processadores Ultra Low Voltage da Intel que irão rodar o futuro sistema operacional Meego? (wink! wink!).
Os números da Ovi Store, em comparação:
1 mês de operação, junho de 2009:
– 20 mil aplicativos disponíveis
– 70 aparelhos compatíveis em 5 idiomas
– 27 operadoras com pagamento em conta
– visitas de 147 países
Setembro de 2009:
– compatível com mais de 100 aparelhos
– desenvolvedores em 65 países
– usuários ativos em 180 países
– 500 novos apps publicados por semana
– média de 6 downloads por mês por usuário
Hoje (març0 2010):
– 1 mi de downloads por dia
– média de 12 itens baixados por usuário/mês
– 60 operadoras em 18 países com cobrança direta (mais operadoras, mais receita para elas, já que trafegam mais dados)
A meta da Nokia é atingir 300 milhões de donos de aparelhos da marca até 2012 (se o mundo não acabar antes, claro) – com 50 novos aparelhos lançados por ano pela Nokia, não acredito ser um número muito difícil de alcançar. A única parte não atingida pela Ovi são dos aparelhos definidos como “ultra-low”, só com voz e SMS – mas que o consumidor desse tipo de aparelho barato e básico tende a migrar para, pelo menos, algo compatível com Java (S40). A mágica, pro lado dos desenvolvedores, ocorre por conta da plataforma Qt, que, com um único código-fonte, consegue gerar aplicativos para todos os sistemas usados hoje pela Nokia (Maemo, Symbian, S40).
E como chegar a esse consumidor “médio” para usar a Ovi Store? A resposta é simples: nada. “Tendo o aplicativo, não precisa fazer muito. O celular é a própria mídia”. O que podemos esperar, a médio prazo, é que a Nokia anuncie acordos de distribuição e cobrança com as operadoras brasileiras (prioridade em negociações da companhia) e venda de aplicativos com cartão de crédito – hoje só existem aplicativos gratuitos para baixar. “Temos que pensar que existe um mercado aqui que não se baseia nos americanos apenas, que não tem alto tráfego de dados por mês nem smartphone de última geração”, conclui Ranieri.
Em tempo: Ovi Store agora é citada sempre ao lado da marca Nokia agora – e é um alinhamento global da marca.
Zumo viajou a Manaus a convite do Instituto Nokia de Tecnologia
aproveite para saborear um bom peixe!
eu sou um fã do tambaqui 😉
[…] Fonte: UOL Tecnologia – RSS Leia o restante do artigo Ovi Store: novidades a caminho? […]
Nagano, Ultra Low não é "ultra low cost", os modelos mais de entrada que a Nokia tem?
Ou eu que fui devagar e não entendi uma piada hehe?