Dos novos recursos do Mac OS X 10.5 (“Leopard”) apresentados pelo Jobs na keynote de hoje, sem dúvida o que mais me impressionou foi a Time Machine, uma mistura de software de backup automático com um sistema de controle de versões. O programa faz backup automático de seus dados em um disco rígido externo (pode ir economizando praqueles 120 GB) ou servidor e pode restaurar, a qualquer momento, qualquer versão de qualquer arquivo que já tenha sido criado, modificado ou apagado em sua máquina.
Funciona mais ou menos assim: imagine que você está trabalhando em um projeto (um texto, uma ilustração, whatever) e de repente descobre que o arquivo simplesmente desapareceu da pasta onde deveria estar. “Puxa, mas eu tinha certeza de que ele estava aqui ontem!”. Nada de pânico, basta voltar no tempo: abra a pasta que continha o arquivo fujão, abra a time machine e “viaje” pelo histórico da pasta, visualmente, até encontrar o que procura. Daí basta selecionar o arquivo, clicar em restore e pronto: restauração instantânea. E como isso é integrado ao sistema, funciona com arquivos no Finder, com endereços do Address Book, com imagens no iPhoto, provavelmente com mensagens do Mail e por aí vai. É difícil explicar todo o conceito, mas um vídeo no YouTube vale mais que um milhão de palavras.
É o Finder na quarta dimensão
Não sei quanto a vocês, mas eu descobri um excelente motivo para migrar para o Leopard: Time Machine.
Realmente um recurso como esse “pré-instalado” e disponÃvel para leigos é bastante interessante, mas vale lembrar que não se trata de uma grande novidade… Isso é basicamente o mesmo que faz o Source Safe, da Microsoft, ou qualquer um dos seus similares (Subversion, CVS, Clearcase…).
Sim Eduardo, grosso modo um sistema desses não é novidade (tanto que mencionei sistemas de controle de versões no texto). A inovação é o backup incremental automático, sem intervenção do usuário, e a restauração usando uma interface agradável e conhecida: a mesma do programa onde estavam os dados “sumidos”.
E note que os sistemas que você mencionou são voltados a desenvolvimento e controle de código fonte. Quantas pessoas você conhece que usam o CVS para guardar uma coleção de fotos? 🙂
http://www.lifehacker.com/software/top/hack-attack-how-to-set-up-a-personal-home-subversion-server-188582.php
😀
Ainda assim Eduardo, citando o texto no começo do link:
“However, Subversion can be useful for many different purposes, whether you’re a web developer or a novelist – especially if you like to work in plain text.”
Ou seja, não é uma boa para músicas, vÃdeo, fotos e dados binários, coisas com as quais o Time Machine parece (pelo video) lidar bem. Mas entendi o seu ponto.
Foi o recurso que mais me impressionou, não pelo que é, mas pelo modo como foi implementado. Claro que já existem programas de backup, mas nenhum com interface tão intuitiva como o Time Machine… A Apple ganha da Microsoft na implementação para usuários leigos, que são a vasta maioria… pena que aqui ainda é tão caro.