Com o Aspire R7, a Acer leva o contorcionismo dos notebooks híbridos a um novo patamar. O modelo, com quatro modos de uso, tem configurações avançadas e uma tela sensível ao toque – mas nada mais parece do que um grande tablet de 15,6″ de tela com teclado não removível.
As configurações do Acer Aspire R7 incluem processador Intel Core i5, 6 GB de RAM, 500 GB de HD/24 GB de SSD, teclado retroiluminado, tela full HD, portas HDMI, leitor de cartões SD, três portas USB, mais Bluetooth e Wi-Fi. Mas aí você olha pro produto e pensa: mas é um notebook ou um tablet?
Segundo a Acer, o Aspire R7 funciona de quatro modos distintos graças ao encaixe traseiro (único) do produto, chamado Ezel Hinge. No modo Ezel, a tela pode ficar suspensa, na horizontal, paralela sobre a mesa – a Acer diz que “ao deixar a tela próxima, alternar entre tela sensível ao toque, teclado e touchpad é uma experiência direta”. O touchpad, por sinal, fica localizado acima do teclado, não abaixo dele (algo que não dá para perceber na foto de divulgação).
Já no Notebook, é um… notebook, como diz o nome. No modo Display, basta virar a tela para ver filmes (usando o teclado como base, mas do outro lado. sim, é complicado). E o modo Pad transforma o computador em um tablet, com a tela sobre o teclado.
Basicamente, o que a Acer fez foi pegar o conceito de máquinas tudo-em-um, de maior porte e com tela grande, e adaptá-lo a um notebook híbrido. É curioso ver o anúncio da Acer agora, menos de um mês da Computex de Taipei – acredito que este ano falta aos fabricantes de PCs a grande novidade (como foi o Windows 8 em 2012) para impulsionar o evento.
Segundo a Acer, o Aspire R7 sai ainda este mês nos Estados Unidos pelo preço sugerido de US$ 999, com venda exclusiva nas lojas Best Buy.
Nagano comenta: Esse design do R7 lembra vagamente um conceito desenvolvido pela Intel em 2007/2008 que virou produto na mão da empresa Dialogue de Taiwan — 0 Flybook VM:
Concebido originalmente como uma proposta para melhorar a ergonomia dos notebooks, ele ficou famoso porque a própria Intel tirava um sarro dessa idéia afirmando que ela seria o modelo ideal para ser usado nas poltronas da classe econômica dos aviões de linha, já que o usuário pode elevar a tela e enfiar as mãos por baixo para usar o teclado. Dai seu apelido “Coach Class Notebook”. 🙂