Existem gadgets que, ao serem atualizados, ganham inúmeros novos recursos que muitas vezes mudam a opinião dos seus donos – vide smartphones e tablets da vida. O leitor de e-books Amazon Kindle Paperwhite é o contrário disso: o produto é constante, com mudanças simples e que trazem benefícios ao consumidor. Talvez seja o objeto tecnológico mais constante que tenho contato, e isso é excelente.
O Paperwhite novo, à venda desde o começo do mês no mercado brasileiro – é a terceira geração do e-reader com tela retroiluminada. Hoje a Amazon vende três modelos, todos com telas de 6″:
- Kindle com tela touch/Wi-Fi/sem retroiluminação;
- Kindle Paperwhite com tela touch e suas variações com Wi-Fi apenas/Wi-Fi e 3G;
- o novo Kindle Voyage, que é um Paperwhite com esteróides (um sensor lateral para mudar páginas e ajuste automático de brilho na tela), somente com Wi-Fi.
Reviews de Kindles anteriores no ZTOP: Kindle 6″ Global Wireless (2009) / Kindle Paperwhite (1a geração) / Kindle Paperwhite (2a geração)
O design do Paperwhite segue minimalista. Na parte frontal, até a marca está em relevo no mesmo plástico que recobre o aparelho (nas versões anteriores o “Kindle” estava escrito em branco). A tela de e-ink tem acabamento fosco, como o restante do plástico preto.
Na base do Paperwhite estão o conector microUSB (cabo incluído na caixa), LED indicador de carga da bateria (acende quando está em modo de recarga ou pressiona o liga/desliga) e o botão para ligar/desligar o leitor. E só.
Atrás, um logotipo da Amazon (nos modelos anteriores o termo era Kindle).
…e os selos de certificação internacional, incluindo o da Anatel. Juro que só percebi que o Kindle que a Amazon Brasil me mandou era 3G quando vi a foto abaixo 😛
(em resumo: ligo Wi-Fi pra sincronizar itens e deixo o Kindle em modo avião a maior parte do tempo para economizar bateria). Sim, se estiver em modo avião, a bateria do Paperwhite dura “semanas” conforme o prometido.
A primeira grande e enorme evolução do Kindle Paperwhite é a tela de 6″: tem resolução maior (300 pontos por polegada contra 212 das gerações anteriores) e mais contraste, o que deixa a leitura muito mais agradável aos olhos.
Aqui, temos um Paperwhite de primeira geração à esquerda e o novo Paperwhite à direita, ambos com brilho máximo (nível 24). Dá para perceber como a tela está mais branca, com mais contraste e clara. Se fosse comparar com papel, o modelo antigo emula papel reciclado (embora continue excelente para ler), o novo é uma folha branquinha nova de fábrica. É a diferença do “ótimo” para o “excelente” em uma imagem:
Outra novidade bem-vinda é a fonte Bookerly, desenvolvida pela Amazon para os novos Kindle (Paperwhite e Voyage apenas). Diz a Amazon sobre o tema: “Com melhor espaçamento de texto, a adição de hifenização e texto justificado, a leitura ficou mais fácil e rápida, com menos mudanças de páginas”. E fica mesmo.
Aqui, um trecho do manual de usuário do Kindle com Bookerly…
E aqui com fonte Helvetica (uma favorita deste ZTOP desde sempre):
Já que a Amazon me mandou um Kindle “normal” (e a anta aqui esqueceu numa estante, sorry!) e eu tenho o Paperwhite “1”, resolvi comparar suas telas com o Paperwhite “3”. Para evitar distorções, deixei o brilho em zero (já que o Kindle-atual não tem iluminação da tela)
Aqui, o Kindle e sua tela ótima de ler (mas sem retroiluminação) de 167 pontos por polegada:
E o Paperwhite “3” (300 ppi). Os símbolos da lupa e do Wi-Fi vão melhorando conforme o produto.
Aqui, uma imagem (a capa do excelente “Perdido em Marte“)
Paperwhite 1:
Paperwhite 3 (com a imagem mais nítida):
Lendo livros (fonte Helvetica):
Fonte no tamanho máximo, recorte no termo “capítulo 1” – note o interior do “O”e a parte superior do “1”:
O novo Kindle Paperwhite é mais rápido que os anteriores (notadamente na troca de páginas), tem uma tela melhor (seus olhos agradecem!) e mais contraste que um tablet ou smartphone convencionais (que, por acaso, a Amazon tem apps Kindle para leitura de livros).
No caso de um e-book reader como o Paperwhite novo, novos recursos são uma ótima adição, mas acredito que vale a máxima: se o modelo antigo continua bom, não precisa comprar um novo (a não ser que mais resolução na tela seja essencial para mudar sua vida de leitor). A não ser que você seja muito fã do aparelho e, bem, esses pequenos detalhes façam a diferença (reza a lenda que as pessoas compram Kindles pra… esconder do resto do mundo suas leituras de origem duvidosa)
O Kindle Paperwhite, na linha de produtos da Amazon no Brasil, é a melhor opção ao consumidor na opinião deste ZTOP.
O Kindle de entrada (preço sugerido: R$ 299) tem preço não muito distante do Paperwhite Wi-Fi (preço sugerido: R$ 479/R$ 699 com 3G), o que vale a diferença com tela retroiluminada, maior definição de texto e melhor contraste.
Já o Kindle Voyage entra na categoria “objeto de desejo”: tem a mesma tela do Paperwhite novo, mas traz ainda controle de brilho automático e a tecnologia que a Amazon chama de “PagePress”, que nada mais é que sensores na borda do aparelho para trocar de página no livro (em vez de só tocar na tela) – só que seu preço sugerido é de R$ 899, um tanto mais caro por pequenos adicionais. É aquele gadget lindo, mas que não sai da prateleira da loja, ao menos para o consumidor médio (e que se preocupa com o bolso em tempos de crise econômica).
Resumo: Amazon Kindle Paperwhite
O que é isso? Leitor de e-books com tela retroiluminada.
O que é legal? Simples de configurar e usar, bateria dura semanas (mesmo). Design simples e funcional, ótimo para ler. Loja de e-books integrada com milhares de opções.
O que é imoral? Só falta o controle automático de brilho presente no topo de linha Kindle Voyage.
O que mais? Ótimo contraste na tela, armazenamento quase ilimitado de livros (com backup na nuvem)
Avaliação: 9,0 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: R$ 479 (versão com Wi-Fi) / R$ 699 (versão com Wi-Fi e 3G)
Onde encontrar: Amazon
Parece um ótimo aparelho. Eu uso bastante o serviço do kindle, no celular, tablet, cloud reader etc, mas tenho uma resistência a comprar um kindle. O aparelho parece muito bom, mas já me sinto muito bem atendido com os outros devices, os quais já fazem mais coisas e não vou me desfazer.
Enfim, tem o seu mercado..
Estou exatamente na mesma situação que você. Mas agora, depois desse review, se comprar um Kindle algum dia, terá de ser o Paperwhite de 3ª geração, no mínimo.
Exatamente. Se for comprar vou pegar o top, pra dar o diferencial, se não fica só mais uma linha na fatura do cartão que não ajudou em nada kkkk
Anyway, tem o seu mercado. Tenho algumas pessoas na família que não são tão heavy users dos seus gadgets, então um leitor de livros de poucos gramas é legal pra eles.
apesar do modo multiplataformas/telas, não consigo ler livros no smartphone ou no iPad: a luz branca da tela me incomoda demais
Me incomoda tb, daí eu comecei a usar fundo preto com fonte branca. De noite o brilho fica no mínimo, se não a patroa reclama.
btw, o livro é realmente mto bom =)
já tive dois, e quebraram.
O primeiro foi descuido, caiu e quebrou a tela.
O segundo foi erro no firmware – pedi uma cópia pra reinstalar (é reconhecido no PC) mas não enviaram. :-/
Por enquanto, fico no tablet, smart ou conversível até criar coragem de comprar uma 3ª vez – mas agora seria um Paperwhite 2.
P.S.: a legenda das duas últimas fotos estão repetidas.
Apenas uma pequena correção, a nova fonte Bookerly também está disponível para o Kindle comum, através de uma atualização do software (que já estou usando, por acaso): http://www.amazon.com/gp/help/customer/display.html?nodeId=201605570
que ótima notícia. obrigado!