Dá para dizer que os curitibanos da BeeNoculus têm culhões: foram a única empresa 100% brasileira a expor um produto na CES 2015, na área mais quente (e concorrida) do Eureka Park, voltado somente a companhias inovadoras.
O mais legal? O produto começa a ser vendido em breve.
O conceito do BeeNoculus é simples: é um óculos de realidade virtual que vem com diversos encaixes para encaixar tipos distintos de smartphones (lista completa aqui) .
Por não vir com o hardware de VR (e você traz o seu), seu preço sugerido é bem menor que o de soluções completas de realidade virtual, como o Samsung Gear VR ou o Oculus Rift: R$ 99. Compre os óculos, traga seu smartphone (de preferência, topo de linha).
O BeeNoculus consiste em capas com encaixe magnético…
(os modelos com uma janela são para uso em soluções de realidade aumentada)
E cada base/capa tem uma borda de borracha para encaixar modelos distintos de smartphones. Essa capa se encaixa na frente dos óculos propriamente ditos…
… que, ao serem colocados, te inserem num mundo de realidade virtual. A estratégia de negócios da BeeNoculus envolve vender os óculos e criar um ecossistema de aplicativos de VR integrados em uma loja própria, vendendo apps certificados.
Números enormes? O projeto teve investimentos de R$ 2,5 milhões (recursos dos sócios da empresa) e apoio da Incubadora Tecnológica do Instituto Paranaense de Tecnologia (Tecpar).
Os óculos têm ainda um ajuste de posição/foco na parte interna.
E como é usar? Vi duas demos de apps no BeeNoculus: uma bem simples de telemedicina, numa viagem dentro do tímpano humano (sem cera, felizmente) e outra de VR numa paisagem. É divertido? Sem dúvida? É imersivo? muito – de fazer você se perder a referência de localização na hora de tirar os óculos. O que falta? Melhorar a definição dos apps – já que muitos smartphones high-end já têm telas 2K (Moto Maxx, Galaxy Note 4) para deixar de ter a sensação de que você está num mundo virtual 8-bit.
De qualquer modo, é um baita esforço da Bee Noculus para popularizar o uso de soluções de realidade virtual no Brasil. O produto para consumidor final já está em pré-venda no site da empresa…
..Assim como um kit de desenvolvimento (preço sugerido: R$ 500) com mais itens.
Nagano comenta:
Esse dispositivo me lembra um daqueles projetos doidos do Google — o CardBox:
Para quem não conhece, trata-se de um visor de VR feito de papelão…
… cuja funcionalidade me parece ser a mesma do BeeNoculus. Mas como sempre, o grande atrativo desses produtos nem é o hardware em si, e sim as aplicações disponíveis para o mesmo.
Sorte a empresa nacional. E parabéns a ztop por ser a única a mostrar ela na CES.
Pode ser uma comprovação de uma velha teoria nossa: Se não está em destaque nos sites gringos, o produto não existe.
Pois é Nagano, mas cabe aos sites nacionais dar valor aos nossos poucos “heróis”. Não é enaltecer e dizer que é o melhor. Mas mostrar que existe. A VR ainda está engatinhando, para o consumidor final. E achei legal ter brasileiros inv3stindo nisso.
Lembro nos anos noventa (não lembro exatamente quando) de jogar Doom no Shopping Rio Sul aqui no Rio de Janeiro. Com óculos sobre uma plataforma. Com um controle em uma das mãos. Apesar de ser algo para a época fantástico me lembro de ficar meio desorientado…
o G1 e o iG fizeram posts sobre o BeeNoculus também – e acho que só.
Não li nada em outros lugares. Mas se falaram melhor.
Desejo sucesso à empresa e Parabéns ao zumo por mostrar algo além de geradores de page view.
Um pequeno problema, eu só consegui ver a lista de aparelhos compatíveis quando pedi pra comprar, então apareceu uma lista com os adaptadores disponíveis.
Sim, aquele esse menu é o único local onde vimos uma relação de aparelhos compatíveis.
Ué! Desde quando o Samsung Gear VR é solução completa de Realidade Virtual? Pelo que eu sei, também precisa de um Smartphone!
É a mesma tecnologia, porém, mais afre$calhada por fora.