Quanto você pagaria por um DVD que viesse com um cartão de memória com uma versão compatível com seu celular? Ou será que você compraria um celular que vem com um filme em formato mini/micro SD pra ver na telinha do telefone ou na TV, com seu aparelho se transformando em um player portátil? Esse tipo de questão começa a surgir na cabeça dos grandes estúdios e produtores de cinema em Hollywood. E como resolver? Não há resposta ainda, mas já existem algumas tentativas.
“Os grandes estúdios começam a buscar novas opções de distribuir conteúdo“, diz Angel Orengo, vice-presidente sênior da Sony Pictures Television International para América Latina. Ele esteve em Buenos Aires semana passada para falar sobre a mais recente iniciativa da empresa, que incluiu uma versão do Homem-Aranha 3 em celulares Nokia N73 e N95 (ainda o modelo original, não o de 8 GB acima que só chega ao Brasil no ano que vem).
Não é a primeira inciativa da Nokia nesse sentido: o mesmo N73 já teve versões com Missão: Impossível III (Paramount) e O Poderoso Chefão (também da Paramount). (Eu, particularmente, tenho um N73 com M:I 3 e… nunca tive muita paciência de ver!).
Apesar do nome “Sony” no nome, o contrato da Sony Pictures com a Nokia não envolve exclusividade – afinal, a Sony Pictures é “parente” daquela Sony Ericsson, concorrente da Nokia. Mas o modelo parece ser mesmo de abertura completa, quem quiser filmes, seriados, diversão no celular, os caras parecem estar bem interessados em novos modelos de distribuição que contemplem, claro, proteção contra cópias.
O DRM embutido nos cartões de memória com os filmes une o software ao hardware. Dá para copiar o filme para o disco rígido para fazer backup e até apagá-lo do cartão. Para ver, copie de novo para lá e pronto, volta a funcionar. O curioso é que os filmes têm som original e legendas em português. Um filme como Homem-Aranha 3 ocupa cerca de 500 MB de um cartão de 1 GB, que vem também com alguns extras (ringtones, wallpapers, screensavers).
O próximo passo é começar a levar o tal conteúdo para outros meios. “Depende muito ainda de infra-estrutura”, diz Orengo. “Conteúdo vive em muitas coisas, e podemos ter soluções completas que rodem em um celular, computador de mão, na TV, no iPod, mas a mudança completa só virá quando tivermos casas completamente conectadas. Vem aí uma mudança de modelo”, afirma o executivo.
Mas isso não acaba sendo limitado pelo medo dos estúdios em inovar? “A Sony é uma empresa conservadora. Só que toda essa mudança é uma questão de tempo para acontecer, e não uma discussão se vai ocorrer ou não”, conclui.
Eu acredito na teoria “mais opções, melhor para o consumidor”. Mesmo sem uma casa conectada, adoraria comprar um box de seriados como Lost ou CSI e eles viessem com opções para dispositivos móveis. E, por que não, só um cartão de memória que rodasse em tudo? Sonho meu, sonho meu…
Ecrã grande não é prático, ecrã pequeno não tem graça. Enquanto não estandardizarem, aperfeiçoarem e baratearem ecrã tipo papel, óculos com ecrã, projetor portátil e sei lá o quê tá difÃcil o pessoal aderir a esses troços.
E quando tudo parece perfeito surge o DRM, que certamente não durará mais que um mês, pra atralhar a vida.
Se eu pago por um vÃdeo, seja qual for a mÃdia pela qual adquiri, por que restringir onde posso assisti-lo?