O Samsung Z1 é o primeiro aparelho da Samsung com sistema operacional Tizen. O modelo, vendido apenas na Índia e Bangladesh por um valor médio de US$ 90, é voltado a consumidores que saíram do celular básico e têm no Z1 seu primeiro smartphone.
O Tizen, pra quem não lembra, tem uma longa história. Anos atrás, um sistema operacional baseado em Linux chamado Maemo, criado pela Nokia, que se fundiu com o Moblin, da Intel, e juntos passaram a adotar o nome civil de MeeGo. MeeGo, pai solteiro do filho único Nokia N9, pegou fogo com a plataforma da Nokia e ressurgiu das cinzas como Tizen, prontamente adotado pela Samsung.
Reza a lenda que a Samsung em algum momento irá adotar o Tizen como substituto do Android. O sistema já está presente em smartwatches da marca e, a partir deste ano, será a principal plataforma para suas Smart TVs. É um primeiro passo para começar a integrar os produtos da companhia no mundo da internet das coisas (mantra repetido diversas vezes durante a CES 2015).
Vale sempre ressaltar que o Z1 é um smartphone de nicho para um mercado emergente, e não deve ser lançado no Brasil tão cedo, de acordo com a subsidiária local da Samsung. E, se vier algum dia, o sistema não deve ser usado em aparelhos de alto desempenho, como o Galaxy S6 ou suas futuras variantes.
Hardware
O Samsung Z1 usa um processador dual-core de 1,2 GHz, com 768 MB de RAM e 4 GB de armazenamento interno (expansível a 64 GB com microSD), suporte a dois SIM cards de operadoras, bateria de 1.500 mAH (duração estimada: 7 horas de reprodução de vídeo ou 8 horas de conversação), tela de 4″(800 x 480) e câmera traseira de 3,1 megapixels (frontal: VGA).
Seu design lembra os modelos mais básicos da Samsung que rodam Android, com estrutura de plástico e posicionamento parecido de botões e controles:
Software
O software usado no Z1 é bastante interessante. Se versões anteriores de Samsung + Tizen tinham cara de Android, o Z1 é um pouco mais refinado. O aparelho traz múltiplas telas iniciais com widgets, apps e atalhos com ícones para os aplicativos principais nas duas linhas da parte inferior da tela, que ficam em uma posição fixa.
Para chamar o menu de aplicativos, não é preciso pressionar nenhum botão (como no Android): basta puxar as duas linhas inferiores para cima e surge a lista de apps instalados. O modelo de demo tinha o básico: Facebook, Youtube, fone, câmera, vídeo, e-mail, agenda, tarefas, previsão do tempo, segurança e até alguns joguinhos, como Bejewled.
Editar os widgets e ícones é simples e rápido:
O menu superior de notificações / configurações, porém, é igualzinho ao usado pela interface TouchWiz da Samsung nos modelos com Android.
Ou mesmo a interface de galeria de fotos:
A loja Tizen Store oferece apps baseados em HTML5 que rodam no Z1. Diz a Samsung que fez parcerias de conteúdo na Índia para música, filmes, TV e rádio, além de cotas de dados gratuitas de 500 MB com operadoras locais para planos 3G.
Mais fotos do Tizen no Samsung Z1 (clique para ampliar):
Um grande diferencial do Mae,o (v.4 no N800 e N810, v5 no N900) era a facilidade de portar aplicativos linux para ele. Tem Debian, open office, Stelarium Servidor SMB, Transmission e tantos outros programas do Palm Pre.
Se o Tizen não for fechado e a Samsung deixa-lo acessível aos programadores, teria possibilidade de ser uma alternativa ao android (cada vez mais fechado).
E meu N900 está firme e forte aqui.
Nunca mais liguei o N810 aqui…mas lembro da quantidade de software linux disponível. Tinha até um port do jogo quake !