O primeiro processador da Intel para smartphones sai (finalmente) este ano, de acordo com Paul Otellini, CEO da empresa. Ele participou do painel “A Evolução da Internet Móvel” hoje no Mobile World Congress, em Barcelona, – e ainda mostrou um futuro tablet da Dell, sem dar mais especificações.
Otellini:
Sobre tablets: “Ano passado os tablets não estavam aqui, não existiam. Hoje eles são mainstream. É uma enorme oportunidade para toda a indústria”
Sobre necessidades da internet móvel: “Dispositivos precisam ter desempenho somado à economia de energia, conectividade e segurança”.
Sobre a Intel nesse mercado: “Somos a arquitetura de escolha. Estamos com Apple, Windows, Android, Linux, Chrome, Meego. HTML5 vai tornar desenvolvedores capazes de usar e reutilizar capacidades em inúmeros dispositivos, e precisamos ser capazes de catalisar todo desenvolvedor no mundo”.
Sobre o smartphone movido a Intel: “Sai este ano. É ‘pretty exciting'”.
Sobre a parceria Microsoft/Nokia: “Usei a palavra que Carol (Bartz, CEO do Yahoo!, também presente no painel) usa (a com a letra F). Brincadeira (Carol diz que é uma garota boazinha). Entendo a razão deles, e quando fazem algo assim estão mudando a companhia. São o último fabricante a se tornar horizontal, do mesmo modo que ocorreu na indústria de PCs está acontecendo com os smartphones, tudo muito rápido e sem um fabricante principal. Como consequência, veremos mais inovação e competição em breve”.
E as fotos dos tablets (o da Dell é o primeiro à esquerda, junto com outros dispositivos):
Seja qual for, esse não será o primeiro processador da Intel para smartphones. O que dizer dos finados Intel Xscale usados em vários smatphones, como exemplo os Qtek? É um erro do passado que a Intel não quer admitir, quer fazer de conta que não passou por isso, não acreditou nesse mercado, desistiu dele e hoje vê o bonde já longe.
Sim os Xscale realmente existiram mas eles eram uma evolução dos chips StrongARM que eles herdaram na época da compra da DEC.
Uma vez conversei sobre isso com Anand Chandrasekher (na época VP de ultramobilidade da Intel) e ele me confirmou que venderam o Xscale para a Marvell pq eles queriam substituir o mesmo por um chip x86 de baixíssimo consumo, nesse caso o Atom para assim ter uma linha de produtos (de um celular até um data-center) que falasse uma única linguagem de máquina.