Intel: o ultrabook vai substituir seu notebook?
Início » NOVOS PRODUTOS » Design » Intel: o ultrabook vai substituir seu notebook?

Intel: o ultrabook vai substituir seu notebook?

RESUMO

Depois do notebook e do netbook, vem aí o ultrabook. Pelo menos é o que a Intel acredita como forte tendência de mercado para o segmento de portáteis em 2012.

Depois do notebook e do netbook, vem aí o ultrabook. Pelo menos é o que a Intel acredita como tendência de mercado para o segmento de portáteis em 2012.

Em seu keynote na Computex 2011, Sean Maloney, vice-presidente executivo da Intel, disse que “até o final de 2012, 40% do segmento de portáteis para consumidores será composto por uma nova geração de computadores chamados ‘Ultrabook’, que vão combinar o melhor desempenho, tempo de resposta e segurança em formatos finos e elegantes”.

Do ponto de vista do usuário comum (como eu), um ultrabook faz todo sentido para ter em casa/na rua – é mais rápido que um netbook, tela maior e é mais leve de carregar (não é à toa que estou doido por um MacBook Air), com um preço um pouco mais “premium” que os netbooks. Preço? faixa dos 1.000 dólares.

Maloney acredita ainda que os Ultrabooks serão uma espécie de fusão entre os laptops de hoje com recursos de tablets, mais os já citados tempo de resposta, design e segurança. Exemplos desse tipo de produto são aparelhos como o Asus UX21, que foi lançado pela fabricante taiwanesa durante a Computex (o bonitão magricelo que ilustra este post, por sinal)

O executivo citou ainda que os “Ultrabooks” são baseados na segunda geração de processadores Core da Intel (codinome “Sandy Bridge”) e, a partir da segunda metade do ano, na nova plataforma de processadores codinome “Ivy Bridge”, que terão melhor controle de consumo de bateria, melhorias no desempenho de vídeo e de tempo de resposta e aumento na segurança. O “Ivy Bridge” é o primeiro chip da Intel a usar o processo de fabricação de 22 nanômetros com transistores “3D” (Tri-Gate), anunciados em maio.

Portas USB 3.0 e Thunderbolt também serão padrão no novo mundo dos ultrabooks, de acordo com Maloney (e só quero ver o que a Apple vai fazer no seu próximo Macbook Air…).  Em 2013, os ultrabooks usarão chips codinome “Haswell”, que deve mudar o paradigma de design de consumo de energia nos laptops.

Mas se você achava (como eu) que o netbook estava morto por causa dos tablets e, por que não, dos ultrabooks, a Intel diz ainda que eles seguem firmes e fortes, com uma nova geração de processadores Atom (“Cedar Trail”) que funcionam também em tablets e smartphones (“Medfield”).

Previsão da Intel? O Atom vai ultrapassar a Lei de Moore e pular de 32 nanômetros para 22 nm e 14 nm em apenas três anos seguidos. A adoção rápida do “Cedar Trail” eu boto fé  – é voltado para netbooks, afinal -, mas o “Medfeld” é a grande questão: será que a Intel consegue quebrar a barreira dos chips baseados em ARM e entrar de vez no mundo dos tablets e smartphones?

Maloney mostrou, no keynote, dez tablets com distintos sistemas operacionais, incluindo Android 3.0 e MeeGo. Assim que a Intel liberar fotos, eu atualizo este post.

Nagano comenta: Para mim, essa história de Ultrabook é apenas um novo nome bonito que a Intel bolou para descrever o que até hoje eles já chamam de Thin and Light, ou seja, portáteis ligeriamente maiores que um netbook mas equipados com processadores de ultra baixa voltagem baseados no Core 2 Duo/Pentium Dual Core. Essa plataforma foi descrita detalhadamente por Paul Otellini num IDF anos atrás quando ele explicou que a intenção era de oferecer um produto para aqueles que adoraram o conceito dos netbooks mas odiaram o seu desempenho. No brasil, bons exemplos de Thin and Light são o ThinkPad X100, o Asus 1201T e o Positivo Aureum.

Só espero que a Intel faça alguma coisa para melhorar seus gráficos integrados (em especial no suporte para DX11) para fazer frente ao Fusion da AMD.

De qualquer modo é legal saber que Sean Maloney voltou a ativa depois de sofrer aquele terrível derrame em 2010. Antes disso, ele era o executivo mais cotado para suceder Otellini como CEO da Intel.

 

 

 

Escrito por
Henrique Martin
21 comentários