Semana curta (feliz ano novo!), muita coisa no Mobile World Congress de Barcelona – mas com importância menor em comparação ao passado recente com todos os fabricantes por lá.

Tem guerra (infelizmente) e tem a história sensacional do Kickstarter do Brandon Sanderson e seus livros lançados de surpresa por crowdfunding. Boa leitura e até a próxima edição.

ELETRÔNICOS DE CONSUMO

O QUE ROLOU DE IMPORTANTE NO MWC

• Honor lançou fones de ouvido que medem sua temperatura.
• E o smartphone Magic 4 Pro com carregador de 100W (ou 50% da carga em 15 minutos).
• Realme lançou os topo de linha (agora vai) GT 2 e GT 2 Pro, de olho na… Apple.
• E também mostrou protótipos de carregador super rápido (a tendência do momento – se você não consegue colocar baterias maiores, faça com que elas sejam carregadas rápido).
• 100W é pouco para a Oppo, que demonstrou um protótipo de 240W – ou carga completa em 9 minutos. Única coisa que ninguém conta é quanto tempo útil de bateria se perde a longo prazo com essas cargas rápidas.
• Samsung admitiu que a marca Galaxy Note morreu mesmo. E lançou notebooks.
• TCL mostrou (de novo) protótipos de dobráveis e smartphones 5G “que cabem no bolso”
• Nokia anunciou novos smartphones de entrada da linha C (C21, C21 Plus e C2).
• Huawei (resiste) com o produto que achamos mais legal no evento, um tablet com tela de e-ink.
• A mesma Huawei fez as pazes com o governo brasileiro por conta do 5G (dinheiro na mão, discurso no chão).
• Teve também um produto bizarríssimo: um gadget para ajudar a dormir usando gás carbônico (o assessor de vai dar errado faltou na reunião de produto e na aula de química).

NÃO É NADA, SÓ UM SMARTPHONE
Carl Pei, co-fundador da One Plus, pensa em lançar um telemóvel com sua nova marca, a Nothing.

MAC NANO
Quinn Nelson é o youtuber gringo com “f**k you money” suficiente para mandar fazer um Mac Mini realmente pequeno.

MACKENSTEIN
Rumores indicam um híbrido de MacBook com iPad dobrável (faz sentido? talvez não). Mas semana que vem, dia 8, tem o primeiro evento do ano – e devemos ver novo iPad Air e o iPhone SE renovado, agora com 5G.

MCPROCESSO
A Kytch descobriu como consertar de forma fácil as máquinas de sorvete que vivem quebradas nos McDonalds dos EUA. Os donos de franquias ficaram felizes por poder vender mais sorvete, mas a corporação do Ronald não curtiu e resolveu proibir o serviço externo – e agora a Kytch processou o McDonalds em US$ 900 milhões.

ONDAS CEREBRAIS
A Wave Neuroscience criou um gadget que escaneia seu cérebro em busca de padrões elétricos, e a repórter da Protocol testou a coisa para descobrir que… tem mente de CEO (!). Que medo disso na mão de empreendedor empolgado brasileiro que vende curso.

CULTURA DIGITAL

TIKTOK E A GUERRA
A rede social da guerra da Ucrânia é o TikTok. Seguimos (céticos) com muita informação, mas tem bastante gente isolada em vários locais do país atacado pela Rússia publicando coisas relevantes na rede das dancinhas.

Já em outras redes, a desinformação (também) corre solta – e mostra como é fácil partir para o ataque pessoal contra jornalistas. Até tuiteiro de fofoca brasileiro resolveu se meter na cobertura da guerra, que rende engajamento mesmo escrevendo muita besteira.

Mas tem gente no Only Fans que segue tirando a roupa também, independente do conflito. E ontem à noite ficamos estupefatos com o ataque à usina nuclear de Zaporizhzhia sendo transmitido em tempo real, pelo YouTube.

Crescer nos anos 80 com a ameaça demonstrada por The Day After causa arrepios (e noites mal-dormidas) até hoje.

Tem uma lista de quase tudo que as empresas de tecnologia estão fazendo contra a Rússia (que, pelo visto, ainda consegue ler a BBC em busca de informação real, não propaganda de Putin).

Destaque para o Sabre, software de gerenciamento de sistemas das companhias aéreas, cortando serviços para a Aeroflot – tire o software do ar, a cia. aérea para de funcionar porque não tem como gerenciar reservas e equipes.

Um efeito colateral imediato das sanções econômicas é o crescimento das criptomoedas – e ver os mercados se negando a cumprir ordens dos países para congelar contas russas.

LEITURAS ALEATÓRIAS PARA TIRAR A CABEÇA DA GUERRA

• Jerry Seinfeld vai produzir um filme sobre Pop Tarts (em uma comparação tosca, o bolinho Ana Maria dos gringos).
• Tom Hanks vai responder a uma lenda antiga sobre ter mandado demitir um ator de Band of Brothers porque tinha “olhos mortos“.
• Quem é um dos maiores nomes de produção de K-Pop na Coreia? Uma herdeira da Samsung, claro.
• A antiga história da bala de morango e outros doces “velhos”.
• Second Life ainda existe e paga uma grana alta para seus usuários – que agora terão de coletar impostos no mundo real, fora do metaverso.

ZAP ELEITO
Para o WhatsApp, as eleições brasileiras são “as mais importantes do mundo”. É mais uma prova do tamanho do zap por aqui. E de que a Meta tem noção da responsabilidade que tem em mãos – só não consegue limpar a catástrofe que causa.

LITERATURA 2.0
Brandon Sanderson – não confundir com Sanderson, personagem de Marcelo Médici – é um escritor de fantasia que escreve muito e rápido. São livros do tamanho da saga de “O Senhor dos Anéis” lançados duas vezes ao ano.

Em um vídeo ele revelou ter escrito cinco livros durante a pandemia e que está lançando um Kickstarter.

A meta de Sanderson era arrecadar US$ 1 milhão, passou desse valor em apenas 35 minutos de campanha no ar. Enquanto escrevemos esta edição, Sanderson estava na casa dos US$ 20 milhões arrecadado e passou o smartwatch Pebble como o maior valor da plataforma.

Mas qual a importância disso? Sanderson e sua equipe vêm experimentando como fugir do monopólio da Amazon no mercado editorial e como vender produtos – especificamente literatura – por diferentes métodos.

EPIC E BANDCAMP
A Epic comprou o BandCamp, plataforma de músicas para criadores. É uma jogada interessante e diz muito sobre a intersecção que a indústria cultural já vive, com filmes, músicas e agora jogos em um mesmo mercado.

MONSTROS DE BOLSO
O movimento para que a Nintendo localize os novos jogos de Pokémon cresceu, bastante, contando com apoio de personalidades como Juliette e Casimiro (dois conhecidos por movimentarem montanhas em forma de engajamento), além do grande Advogado Paloma.

LEITURAS LONGAS

PELE
Na Hollywood Reporter, o que tatuagens, filmes, séries de TV e direitos autorais têm em comum.

FUTUROS
Já no NYT, uma ideia sobre o que o Twitter deve vir a ser. E uma história do quiz da Netflix que sai em abril – sim, é um game.

DO CONTRA
Na Wired, como o Telegram se tornou uma plataforma anti-Facebook.

TOKEN, NÃO TOLKIEN
E no Verge, uma atualização daqueles malucos que compraram o roteiro de Duna e queriam vender como NFT.

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