Oi, bom dia!
A história se repete e estamos em 2021 falando de novo sobre a realização ou não de eventos grandes de tecnologia. O Mobile World Congress de Barcelona deve acontecer em junho, mas quem vai até lá para encontrar (e esbarrar) em gente do mundo todo?
Essa semana tem ainda a Barbie do Paraná, os Galaxy A52 vindo sem fone de ouvido e a Apple pensando no 6G. Boa leitura e até a semana que vem – Henrique e Samir
MWC, SÉRIO?
Ainda estamos em fevereiro, o mundo segue em pandemia e os organizadores do Mobile World Congress querem porque querem realizar o congresso de Barcelona em junho (alguém aí gritou “evento super espalhador” de Covid?). O MWC Shanghai acontece semana que vem e será usado como um campo de teste para Barcelona.
Pelo menos são conscientes de que nem todo participante estará vacinado até junho – mas que empresa em sã consciência vai mandar seus executivos e um monte de funcionários para um risco desses (como fez um investidor do Vale do Silício em janeiro). Por aqui, seguimos com o conceito de “vamos cobrir de longe mesmo” porque é mais seguro.
Ainda no tema pandemia, seguem as pesquisas com smartwatches e pulseiras para detectar sintomas da Covid-19. Mas os apps de rastreamento de contato no smartphone – tanto do Google como da Apple – não se provaram muito úteis. Henrique usa o Coronavírus SUS desde o ano passado, mas nunca teve nenhum alerta de proximidade de potenciais infectados.
OLHA MÃE, SEM PILHAS
A Roku testa um novo controle remoto para seus dispositivos com bateria recarregável (olha a Samsung lançando moda) e com uso de comandos de voz.
ALEXA, CHAMA O PROFESSOR PARDAL
A Amazon lançou (lá fora) o programa Build It para apresentar ideias de produtos pouco convencionais. As ideias são bem divertidas: um relógio-cuco, uma balança inteligente e uma impressora portátil para notas adesivas, tudo com Alexa integrada. Mas nenhum deles está disponível: o consumidor faz uma reserva agora, por tempo determinado. Se o número de pré-venda atingir uma meta (que a Amazon não divulga), os produtos serão fabricados.
DO FORNO PARA A TELA
Classificar em pesquisas científicas malucas: telas de tablets como o iPad são sensíveis a alguns itens de padaria ainda quentes, como um muffin. Até tem um potencial louco para o futuro, como identificar alimentos, mas parece absurdo demais para o momento.
COME QUIETO
A Realme começou a lançar produtos no Brasil em janeiro, com a ambiciosa meta de entrar para o restrito clube de vendedores no país (liderada por Samsung e Motorola e pulverizada entre o resto), inspirada pelo que a Xiaomi já fez por aqui. Mas antes tem que acertar fabricação local e distribuição no varejo além do online.
SEGUE O BONDE
O Android 12 vazou mais um pouco, mas uma versão para desenvolvedores já foi liberada.
OBRIGADO, NÃO
O Facebook estuda lançar um smartwatch, com foco principal em mensagens. Seria o ZAP de pulso?
De qualquer foram, as mudanças polêmicas de privacidade no WhatsApp vão aparecer em um banner no seu smartphone logo mais.
FUTURO
Uma visão geral da Alice, vista como o próximo passo nas câmeras digitais e uso de inteligência artificial nesses equipamentos – mas ainda em financiamento coletivo.
NADA É ESSENCIAL
Nothing, a nova empresa de Carl Pei (um dos fundadores da OnePlus), comprou a Essential, marca de smartphones não muito bem sucedida de Andy Rubin (um dos pais do Android).
REINADO
A App Store, da Apple, vai seguir solitária nos iPhones depois de um projeto de lei no estado de Dakota do Norte que queria acabar com a exclusividade nos smartphones.
E pensando no futuro, a Apple abriu vagas para quem quer trabalhar no desenvolvimento da tecnologia 6G (que não deve chegar antes de 2030).
FALTOU O FONE
O vindouro smartphone Samsung Galaxy A52 5G já passou pela Anatel, com um detalhe: virá sem fones de ouvido na caixa. É a moda de deixar a caixa do telefone com menos coisa dentro em nome da conservação ambiental chegando aos modelos intermediários.
LADO A LADO
Fotos feitas com o Samsung Galaxy S21 Ultra e com o iPhone 12 Pro Max são muito parecidas. A escolha mesmo é pelo sistema operacional e não pela supremacia fotográfica.
FOI MAL (WARE)
Já tem software malicioso para os Macs com chip Apple M1.
CHORANDO EM APPLE WATCH
A Garmin lançou um smartwatch esportivo (Enduro) com promessa de duração de bateria de até 65 dias. Para referência, um Samsung Galaxy Watch 3 dura uns três dias e o da Apple (série 6), dois no máximo.
CHEGANDO
Starlink, a empresa de internet por satélites de Elon Musk, poluidora do céu noturno, já tem CNPJ local para vender acesso (caro) aos brasileirinhos interessados. Precisa pedir a benção da Anatel ainda.
FALANDO EM CHEGADA
Vem aí o Office 2021 (até o final do ano), para quem prefere comprar a caixinha em vez de assinar o Microsoft 365.
SÓCIO DA LIGHT
Na semana que o Bitcoin atingiu uma alta histórica (US$ 50 mil), criptomoedas se provam um pesadelo de consumo de energia, mas também alternativa para cibercafés.
A demanda por placas de vídeo para mineração de cripto segue tão grande que a NVidia anunciou uma placa RTX 3060 com menos recursos para mineradores de Ethereum (é para gamers, diz a empresa) – mas tem uma linha nova específica para os profissionais do dinheiro virtual.
ACHADOS AMAZON DA SEMANA
- Caneta Caran d’Ache 849 Paul Smith Racing Green
- Aspirador de pó WAP Silent Speed
- Roku Express Streaming Player com 14% de desconto
- Água na Caixa (12 unidades)
- Boneco Funko d’A Criança
CULTURA DIGITAL
PORTEIRA ABERTA
O governo da Austrália decidiu que veículos de comunicação devem ser pagos por grandes empresas de tecnologia. É algo que outros países devem discutir e criar leis em algum momento de 2021, na velha discussão que a big tech (Google, Facebook, Amazon, Microsoft, Twitter) redirecionou verbas de publicidade da imprensa e deixou o jornalismo sem grana. Sim, redirecionou, mas em muita empresa (Brasil incluído) o problema é outro (má gestão, salários baixos e por aí vai, incluindo não entender a internet).
A legislação australiana cobre muita coisa – incluindo os riscos possíveis – e levou a duas ações principais: o Google decidiu seguir a lei e pagar os veículos de Rupert Murdoch (Wall Street Journal, New York Post, entre outros) para exposição global (via Google News Showcase, o sistema de destaques usado em alguns países, incluindo o Brasil), além de outras empresas de mídia local.
Já o Facebook resolveu puxar o plugue por considerar pequeno o tráfego de notícias na rede. E decidiu impedir o compartilhamento de qualquer site de notícias na sua plataforma para os usuários na Austrália (e de sites australianos por pessoas do resto do mundo), mas pegou o governo local no fogo cruzado.
Perguntando para um amigo: só vale tirar do ar links de notícias ou a disseminação de boatos, rumores e falsidades em sites obscuros fica no ar?
Enquanto Facebook e Google discutem se pagam ou não para a imprensa, a Microsoft come pipoca ao ver os acontecimentos. A turma de Redmond é a favor da legislação e quer que leis parecidas entrem em vigor nos Estados Unidos e na União Europeia. É bom demais não depender da difusão de notícias de qualquer jeito para manter seus lucros.
TWITTER PAGUE MEU DINHEIRO
Gostamos da ideia: o Twitter avalia liberar pagamentos individuais de seguidores, como já ocorre na Twitch.
Mas sempre é bom lembrar que ter um tweet viral não significa ganhar muitos seguidores novos.
EU VOLTEI (MAS NÃO VENHA ME VISITAR)
Com novos fornecedores de infraestrutura, o Parler está de volta após quase um mês offline, com troca de CEO (o anterior foi demitido porque, bem, tirou o site do ar, né?). As contas dos malucos, ops, usuários, foram restauradas, mas o conteúdo ainda não (felizmente tem backup na web dos abusos realizados na invasão do Capitólio em 6 de janeiro).
Curiosamente, Milo Yannopoulos, queridinho da direita nos EUA, já foi banido do Parler. Ué, e a liberdade de expressão prometida?
ALÔ ADM
O G1 falou com os administradores das redes sociais de alguns participantes do Big Brother Brasil (Gil, Juliette, Caio, Sarah e Thaís). Todos têm uma coisa em comum: são pessoas de confiança dos brothers
CAÇAMBA
O Reddit removeu 6% do seu conteúdo em 2020, ajustou políticas de moderação e baniu /TheDonald.
CORRE, CORRE
Hollywood segue com pressa para fazer um filme sobre o caso GameStop.
MURCHOU
O hype do ClubHouse caiu um pouco – menos gente nova entrando, discussões mais cabeça rolando. Mas há quem diga que a plataforma é inevitável. Seguimos observando. Quer dizer, ouvindo.
GRUPO DE RISCO
20 anos de All Your Base Are Belong to Us. Se você lembra disso, deve tomar a vacina logo contra o Covid-19.
TENDÊNCIAS
- Depois do mukbang (fazer vídeos comendo), a moda agora é transmitir seu sono no Twitch – e ganhar dinheiro para ser interrompido.
- Ah sim, tem ainda um rato prevendo o mercado financeiro no YouTube também.
- E conheçam a influenciadora-Barbie do Paraná, que mora em uma casa com tudo rosa.
- Rick Astley foi remasterizado usando inteligência artificial. Agora o rickroll é em 4K a 60 frames por segundo.
COP-RIGHT
Câmeras nos celulares ajudam a proteger a população de violência policial, certo? Mas em Beverly Hills, para derrubar quem faz live enquanto leva enquadrada e sofre com abordagens agressivas, a polícia deixa tocando músicas dos Beatles no fundo. O Instagram derruba por violação de copyright mais rápido que um mamilo à mostra no Facebook.
QUEREMOS VER NO STREAMING
- For All Mankind, segunda temporada, na Apple TV+ (e agora tem até podcast companheiro dos episódios, seguindo o que a HBO fez com um monte de séries nos EUA e no Brasil já).
- Cidade Invisível, a série brasileira com elementos da mitologia local, na Netflix (que é alvo de críticas de ativistas indígenas).
- Doutor Castor na Globoplay, com a história de Castor de Andrade, bicheiro lendário do Rio.
- O sétimo episódio de Wanda Vision na Disney+ (nos anos 2000 a inspiração é Modern Family)
GAMES
NINTENDO DIRECT
Apesar do choro dos fãs que esperavam muita coisa (Breath of The Wild 2, Metroid 4, coisas do tipo), o último Direct da Nintendo teve boas novidades.
JOGUINHO NO BROWSER
Não, não é a ressurreição do Kongregate, mas um preview de como será o XCloud, serviço de streaming de jogos da Microsoft, rodando em navegadores web.
LAN HOUSE É COISA DO PASSADO
A onda agora é alugar cinema para jogar videogames.
ANTES TARDE
Do que nunca… e o jogo brasileiro Heavy Metal Machines terá versão para consoles.
FREEFIRE NA PERIFA
O Free Fire é um sucesso na periferia e um exemplo de que é só tornar algo acessível de verdade que o público adere, pois ele existe e quer consumir.
LEITURAS LONGAS
TELE-TELE-GRAM
No Núcleo Jornalismo, uma análise dos canais de Telegram da extrema direita brasileira – um refúgio de banidos e radicais.
PARE TUDO
E volte ao passado para lembrar como eram as capas de fitas VHS virgens. A estética de aplicativos dos anos 2000 também voltou à moda (sim, 2000 é vintage).
QUE VIAGEM
No NYT, a história esquisita do Slate Star Codex, comunidade/site/blog que serviu como “espaço seguro” de pessoas do Vale do Silício
FALOU, VALEU
Noah Bardim, um dos fundadores do Waze, conta porque saiu do Google sete anos após a aquisição da sua empresa.
TECHBIZ
INTERFERÊNCIA
A TransferWise fez “ajustes operacionais” e encerrou a parceria com o MSBank, o que deixou a rota de remessa do Brasil temporariamente indisponível para mandar dinheiro daqui para o exterior.
Diz a empresa, em nota enviada a Interfaces, que as transações seguem seguras, o envio para o Brasil segue funcionando e vai avisar os clientes quando tudo voltar ao normal.
Curioso é ver o MSBank mandar um email aos clientes brasileiros que passou a falsa impressão de que a TransferWise tinha encerrado as operações locais. Na verdade, o banco criou um concorrente de envio de remessas financeiras.
Além de tudo levantou-se a questão dos endereços obtidos para enviar esse e-mail – os clientes são da TransferWise, certo? Beijos LGPD.
CONTA AQUELA DO BEZOS
Corey Quinn é comediante, consultor de tecnologia e especialista em computação em nuvem, especificamente AWS. Ganhou um perfil no New York Times.
LISTA
A Accenture listou as tecnologias que são tendência em 2021. Entre elas, arquitetura de tecnologia, trabalho remoto e “gêmeos digitais” dentro das empresas.
NÚMEROS ENORMES
1,75 milhão de catálogos de empresas brasileiras já foram criados no WhatsApp Business – ou 20% do total mundial.
AVATAR
Skittish é uma plataforma nova para eventos virtuais, e você pode ser um bichinho. Na verdade, você precisa ser um bichinho para participar. É sério.
PRECEDENTE
A Suprema Corte do Reino Unido decidiu que motoristas do Uber são “trabalhadores” e não “colaboradores independentes”. A decisão foi unânime e abre caminho para outros serviços da economia compartilhada terem que pagar salário mínimo aos entregadores, motoristas, motoqueiros…
IINTERFACES circula por e-mail toda sexta-feira de manhã
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