Galaxy S21 FE (Mini-Review) | Microsoft Blizzard
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Galaxy S21 FE (Mini-Review) | Microsoft Blizzard

RESUMO

Edição enviada em 21 de janeiro de 2022 aos assinantes da INTERFACES NEWSLETTER. Assine e receba toda sexta de manhã

Bom dia! Semana com review rápido na Interfaces, mais noticias (agora oficiais) do Galaxy S22 e a notícia-bomba da compra da Activision Blizzard pela Microsoft, que mexeu com as emoções de meio mundo.

Boa leitura e até semana que vem

ELETRÔNICOS DE CONSUMO

Galaxy S21 FE: cara de A72 com entranhas de S21 (Interfaces)

GALAXY S21 FE, UM REVIEW BREVE

Passamos uma semana com o Samsung Galaxy S21 FE. Algumas conclusões rápidas: a câmera é legal! Tem zoom de 30x (naquele esquema híbrido que serve para impressionar os amigos). Fotos nítidas e claras, boas mesmo. Mas o design lembrou mais o Galaxy A72 – um baita aparelho que custa metade do preço – do que o Galaxy S21. Talvez o acabamento em plástico atrás ajude nessa impressão.

É rápido, tem bastante RAM (mas menos que o S21 original) e para a gente o propósito da Samsung agora é só chocar com o preço – R$ 4.500. Mês que vem o Galaxy S22 vem aí e o valor do S21 FE vai começar a baixar (já começou, na verdade) – e aí a compra vai valer a pena daqui uns dois ou três meses.

O melhor argumento para ter um S21 FE agora é o sistema operacional: já vem com Android 12 de fábrica – algo que os modelos mais caros (Z Fold3, Z Flip3, por exemplo, começaram a receber agora). Então no quesito “pronto para o futuro” com muitas atualizações, o Galaxy S21 FE é uma ótima escolha – quando o preço cair.

Zoom no Samsung Galaxy S21 FE: da grande angular ao 30x (Interfaces)

DESCONECTADO

A Apple recebeu o velho e bom processinho por conta de um problema eterno dos fones PowerBeats Pro. Voltados para quem faz esportes, eles de vez em quando não se conectam direito ao estojo carregador e não funcionam na hora de usar de novo.

SEM CACA

O Verge testou dois aspiradores-robô de última geração da Samsung e da iRobot, com o motivo mais interessante possível para quem tem bicho em casa: ambos têm recursos de inteligência artificial para desviar de sujeira canina/felina fora do lugar. A internet está cheia de histórias de horror sobre aspiradores-robô e cocô de cachorro. Eca.

S22 VEM AÍ COM CANETINHA

A Samsung vai lançar em fevereiro a linha Galaxy S22 e soltou ontem (20) seu tradicional “editorial” do chefão de celulares para dar uma prévia do que vem por aí. E dá a entender que o modelo S22 Ultra vai virar o novo Galaxy Note, com canetinha integrada.

Tem até teaser do bicho, que nem foi anunciado ainda, mas já poderá ser comprado (!) a partir de hoje nos Estados Unidos. Isso que é um passo de fé.

https://youtu.be/W_kk-AfcbNI

Os aparelhos devem vir com os chips Exynos 2200, desenvolvidos em parceria com a AMD e que foram anunciados finalmente nesta semana. Em anos escrevendo sobre tecnologia, duas constatações: só a Samsung para fazer a gente dar link para um artigo assinado por executivo. Ou a Apple, quando até mesmo executivo de comunicação pede as contas e vira notícia.

Exynos 2200 com GPU AMD Xclipse: em breve em um Galaxy S22 perto de você (Samsung/Divulgação)


NÚMEROS ENORMES, EDIÇÃO SilÍCIO

Para tentar reverter um pouco a falta global de chips, a Intel vai investir em uma nova fábrica enorme em Ohio. Gigantesca? Bem, pensa em US$ 20 bilhões

CABEÇA

O Google prepara um novo headset de realidade aumentada. Peraí, e o Google Glass? 😛

5G VEM AÍ E…

Nos Estados Unidos tem uma “guerra” acontecendo entre aeroportos e companhias aéreas sobre potencial interferência de sinais 5G em aviões – mais notadamente, o Boeing 777. Imagina quando a discussão chegar por aqui. PS: queremos 5G para substituir banda larga fixa. Cadê? Quando? Quanto?

FINALMENTE ALGUÉM ACHOU

…Uma utilidade para drones, além de servir como pipa de rico: salvar cachorrinhos perdidos usando uma linguiça.

CULTURA DIGITAL


AREIA

Nerdolas com dinheiro de criptomoeda compraram um livro raro sobre “Duna” de Jodorowsky (o filme que nunca existiu). Mas tem toda uma discussão sobre direitos autorais e NFT – não é porque os caras têm o livro físico (apesar de raro) eles podem vender as coisas do livro como NFT. Argh.

O QUE O TWITTER FEZ CERTO ESTA SEMANA

Recebeu uma porrada de reclamações pedindo mais ação contra desinformação e, olha só, liberou o recurso de denúncia de fake news sobre a pandemia de Covid-19 no Brasil.

O QUE O TWITTER FEZ ERRADO ESTA SEMANA

Em vez de combater mais desinformação, lançou um recurso para colocar NFT no seu avatar. Argh (2).

PROJETO ONLYFANS

E o Instagram lançou um programa de assinaturas para os criadores dentro do app. Agora as pessoas poderão ganhar dinheiro sem roupa no OnlyFans e também no Instagram!

TELEGRAM, A TRETA

Em um cenário conturbado como o das eleições brasileiras, o Telegram vem aparecendo como o WhatsApp da vez.

Repetir o estrago de 2018 com fake news a rodo é improvável (não impossível) porque o Telegram tem menos gente usando. Mas a possibilidade de grupos com 20, 30 mil pessoas fomentando o chorume preocupa a Justiça e já se fala em bloquear o aplicativo – um exagero – que se nega a colaborar.

A SERVIÇO SECRETO (APENAS) DE SUA MAJESTADE

O governo britânico, ao que tudo indica, fará uma campanha contra a criptografia de ponta a ponta. Pelo direito do governo de conseguir te espionar. Oi Betinha!

FUTURO INCERTO DAS SENHAS

O melhor e mais amigável aplicativo de gerenciamento de senhas – o 1Password – tem um futuro que parece estar voltado para usuários corporativos, o que acende um sinal amarelo para usuários domésticos.

FIM DE UMA ERA

Google, te amamos, mas imperdoável você cancelar a licença gratuita de Gmail para empresas feita na pré-história da internet, quando o Workspace se chamava apenas Gsuite.

Vamos ter que nos virar com uns domínios antigos aqui ainda com conta de Gmail para um usuário :/

LEITURAS LONGAS

LENTE

No Verge, a dificuldade que é colocar uma câmera digital profissional para funcionar como webcam.

ONE HIT WONDER

Na Bloomberg, um desabafo sobre como a indústria do podcast (lá fora, pelo menos) não tem sido muito bem-sucedida.

ALEXA, REZA COMIGO

No G1, dois textos interessantes: o primeiro sobre as produções dramáticas de vídeo para o Kwai (o TikTok da geração X e superior) e outro sobre a vovó que reza o terço com a Alexa.

BIZ-GAMES


NEVASCA (DE GRANA)

A Microsoft comprou a Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões. É dinheiro que quase ninguém que tenha algum interesse no mercado de games tem em caixa.

O CEO-malvadão (sim, o mesmo que acobertou todas as denúncias de assédio sexual e ajudou a criar uma cultura muito ruim dentro da gigante dos games. É quase um vilão de jogo, só que com consequências terríveis na vida real: ele arquitetou toda a coisa para sair bem (mais rico). Pelo que conseguimos entender, só tinha a Microsoft mesmo como interessada.

Ou a situação seguiu para um caminho que sobrou a Microsoft apenas. Lembrou um pouco o que aconteceu com a Nokia em um passado não muito distante, com um executivo-chefe forçando e forçando até o board topar e a Microsoft embolsar (e depois matar). Só que a Nokia estava morrendo por incompetência própria, o que não é o caso da Activision Blizzard.

Tudo bem, faz parte da história da Microsoft comprar (e matar) coisas. Antes comprar que copiar, né, Meta (cof cof). Snapchat que o diga. Os funcionários seguem preocupados. O malvado favorito segue no poder, por enquanto.

A aposta a ser feita (com mais chances de acerto do que em uma lootbox) é que a Microsoft vai fazer o CEO se aposentar bilionário. Em vez de aparecer como fiadora da vida boa de um monstro, a Microsoft assume o papel de heroína como a responsável por removê-lo do poder.

Para a Microsoft, grande negócio, mais consolidação de força em games, vamos ver agora se os órgãos reguladores dos EUA e Europa vão deixar. Diz a companhia que a relação da Activision com a Sony segue igual, com títulos já existentes continuando a estar disponíveis para PlayStation.

A melhor leitura que tivemos sobre o tema foi da newsletter BIG, de Matt Stoller. Ele passa por todo o histórico péssimo da Microsoft no início da internet na guerra dos browsers, que culmina na grande transformação da imagem pública de Bill Gates.

Gates, até então um senhor Burns do software mais malvado, virou a chave de relações públicas ao se tornar um dos maiores (senão o maior) filantropo do planeta, doando dinheiro para pesquisas mundo afora. Deu tão certo a virada de imagem que os doidos conspiracionistas antivax acham que o bonzinho Gates quer colocar um chip no seu corpo (eu hein, smartphone serve para que além de rastrear humanos 24h por dia, 7 dias por semana?).

Se Gates seguisse seu script de malvado, não estaria nessa situação hoje. Preferimos o Gates bonzinho, porém. A própria Microsoft mudou seu estilo (ou pareceu mudar) quando Satya Nadella, o CEO gente boa, assumiu o cargo. Mas, como diz Stoller, a compra da Activision é a Microsoft chegando a uma luta de faca com um canhão (de dinheiro).

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