Qual será sua próxima tela? Um smartphone curvo? Uma TV ultrafina? Ou uma com resolução 8K? O pessoal da LG mostrou sua visão sobre telas (e TVs) para um futuro próximo.
Ao fazer o “tour secreto” (e não no grande estande da companhia coreana) em uma sala de reuniões do Las Vegas Convention Center na última sexta-feira (tks Fernanda!) deu para entender que:
- OLED é a tecnologia que a LG tem como principal aposta para hoje (mas sem deixar os populares painéis LED/LCD de lado)
- 4K é onipresente e em dois ou três anos não teremos mais TVs Full HD disponíveis no mercado
- 8K é tendência, mas ainda experimental
- Painéis ficam cada vez mais finos
- E cada vez mais adaptáveis a novas superfícies.
(clique nas imagens para ampliar)
Sobre a aposta em OLED, uma comparação estrutural responde às questões da sua importância. Um painel OLED é praticamente uma película que gera imagens + vidro, sem o backlight:
Enquanto um painel LCD/LED precisa de uma estrutura um tanto maior para fabricação:
Outra questão importante é contraste e ajuste de preto/cinza no OLED (melhor, à esquerda) que no LCD/LED (à direita):
Uma pequena tendência em TVs notada entre os grandes fabricantes na CES 2016 – LG, Samsung, Sony, Panasonic – foi a presença de modelos 4K/UHD com maior ajuste dinâmico (HDR) em imagens: mais um motivo para (pequenas) melhorias na imagem final.
Mas OLED abre outras possibilidades, como telas muito finas. Essa aqui – ainda um protótipo – tem tela de 55″ Full HD com somente 2,9 mm de espessura. Vista de frente, não impressiona muito…
Nagano comenta: Esse nariz que se meteu na foto (literalmente falando) não é do Ethevaldo Siqueira?
…Mas de lado, é outra coisa
Ao lado de um iPhone 6S Plus para efeito de comparação:
Outra possibilidade muito interessante para aplicação de OLED é a criação de TVs com telas… nos dois lados (!), capaz de mostrar imagens distintas em cada display. Segundo a LG, um modelo comercial dessa TV dupla será lançado ainda este ano – para aplicações comerciais, em resumo.
https://www.youtube.com/watch?v=_BMjIla-8vM
Ainda nos protótipos de uso comercial, TVs com tela côncava…
ou mesmo painéis curvos côncavos-e-convexos (diz que o aeroporto de Seul tem uma dessas):
Outra tendência – também vista na Samsung em toda CES e IFA nos últimos dois anos, pelo menos, e já em geladeiras de cerveja e refrigerante nos EUA – é a TV com tela transparente, para uso em vitrines e… refrigeradores 🙂
Mudando o foco de volta para o mundo LED, TVs com bordas mínimas também são tendência:
Assim como modos de economia de energia presentes nos próximos modelos da LG. Aqui, TVs com a tecnologias M+ de economia de energia são comparadas com um LCD convencional (no meio). O indicador abaixo de cada tela indica o consumo.
Telas 8K continuam a ser lindas – e a LG já tem um modelo à venda nos EUA – e extremamente cheias de detalhes:
Para finalizar a parte de produtos diferentes, um painel de 86″ para uso em lojas.
Mas o principal destaque da LG nessa sua visão de futuro é o P-OLED, ou OLED plástico, que permite usar telas adaptáveis a superfícies. Já vimos isso nos smartphones LG G Flex e G Flex 2 da fabricante coreana. Aqui, a ideia foi mostrar uma “tela enrolável” de 18″ com apenas 0,18 mm de espessura, resolução 810 x 1200 pixels, taxa de contraste de 100.000:1, e 300 nits de luminosidade.
A demonstração foi feita com um modelo ligado – com uma fonte de energia bem escondida, por sinal…
https://www.youtube.com/watch?v=d362_EkM9Rw
… e uma desligada, para mostrar como a coisa é “dobrável” mesmo. Parece um pedaço de papel alumínio plastificado. Dobrável – e impressionante a flexibilidade do material, sem deixar vincos ou marcas que poderiam estragar sua superfície.
Curioso é ver a LG demonstrando sua tela dobrável com exemplos de “jornal digital” ou “prancheta digital dobrável” (o que não faz muito sentido, diga-se de passagem).
Sendo que uma das respostas para o uso desse tipo de tela é bastante óbvia (e estava ao lado): painéis de carro com superfícies curvas.
Me diz uma coisa, a tv é super fina e onde fica as conexões, entrada para energia? é uma caixa a parte?
Agora são os conectores que precisam evoluir.
Lembro da promessa das telas flexíveis desde os tempos de PalmOs.
Aguardando na fila por soluções comerciais em dispositivos portáteis – um tablet ou smartphone que a tela não quebra quando cai.